“É bobagem, tudo isso”
Senadora Marta Suplicy (SP), negando que pretende sair do PT
CALOTE PODE AFASTAR THOMAZ BASTOS DE CACHOEIRA
Amigos afirmam que estão tensas as relações entre Carlos Cachoeira e seu advogado Márcio Thomaz Bastos. É que o ex-ministro da Justiça do governo Lula somente teria recebido, até agora, um terço dos R$ 15 milhões acertados inicialmente para atuar na causa. O pagamento seria de responsabilidade de um amigo do bicheiro e, como ele, empresário do setor farmacêutico.
SAIA JUSTA
O ex-presidente Lula teria ficado irritado por não poder contar com Thomaz Bastos no episódio com o ministro Gilmar Mendes, do STF.
SEM INTERLOCUTOR
Thomaz Bastos também soube da irritação do amigo Lula, para quem o advogado já não pode ser seu interlocutor no julgamento do mensalão.
À BEIRA DE ATAQUE
O líder do PDT, André Figueiredo (CE), cobra promessa de Dilma de se reunir com as bancadas: “As relações estão se atritando”, avisa.
FERIADÃO
Foi grande o congestionamento ontem na saída dos dólares do Brasil: US$ 37,7 bilhões, rumo à crise de 2008, aquela da “marolinha”.
HISTÓRICO DE BRIGA
A suposta ingerência para tentar adiar o julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal não foi a primeira rixa de Lula com a Justiça: num discurso em Vitória (ES), no início do primeiro mandato, defendeu controle externo e a abertura da “caixa-preta” do Judiciário, insinuando ligação de juízes com o crime organizado, para favorecer “os ricos”. Na ocasião, o ministro Gilmar Mendes determinou que Lula se explicasse em 48h, após interpelação de juízes e desembargadores do Paraná.
BAFAFÁ
A Advocacia-Geral da União alegou que Lula tinha “o direito de expressão”, mas o bafafá no Congresso e Judiciário foi grande.
PALANQUEIRO
A polêmica gerou a célebre carta do juiz Ruy Coppola, do Tribunal de Alçada paulista, lembrando que Lula “não estava mais em palanque”.
DESINTERESSE
No DF, só a deputada Celina Leão (PSD) foi ontem à sessão de abertura da CPI da Arapongagem. É a única integrante da oposição.
CAPA OU NÃO?
Já tem gente amolando facas no MS. O governador André Puccinelli (PMDB) prometeu: “corto meu saco se ele (Zeca do PT) conquistar 30 mil votos” para vereador, em Campo Grande.
TONINHO SE DESPEDE
Após mais de trinta anos de casa, o jornalista Toninho Drummond vai deixar a direção da Rede Globo em Brasília. Será substituído por Luiz Marcelo, hoje na Globo em Nova York. Muito querido e admirado, Toninho agora quer apenas curtir a família.
NO BATENTE
O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) foi um dos poucos parlamentares a trabalhar ontem, véspera de feriado. Ele estava na ativa apesar do esvaziamento típico do Congresso em ocasiões assim.
HORA CERTA
O deputado Alessandro Molón (PT-RJ), defende depoimento do ex-diretor da Delta, Fernando Cavendish, mas “na hora certa”: “Tem de reunir informações antes, para não ser igual ao do Cachoeira”.
VITÓRIA BRASILEIRA
O advogado Roberto Caldas foi eleito juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Derrotou o mexicano Eduardo MacGregor por 19x18 votos na assembleia geral da OEA, em Cochabamba, na Bolívia.
ME ERRE
Em meio à gritaria dos operários na obra no Estádio Nacional Mané Garrincha, ontem, alguém perguntou ao governador Agnelo Queiroz: “O senhor acha que é empolgação ou vaia?”. Ele deu um drible: “Não tenho nada a ver com isso, [a gritaria] é para o Romário...”.
SENTIMENTAL EU SOU
Presidente interina da Câmara, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES) chorou, ontem, ao receber um pescador artesanal de 80 anos que cantou uma música, de sua autoria, sobre a aflição da categoria.
MAIS DO MÍNIMO
Eram 395 assinaturas às 15h30 de quarta-feira na petição on-line em avaaz.org, pedindo votação dos projetos de lei reajustando os salários dos aposentados com mais de um mínimo. A Ficha Limpa teve cem mil.
PERGUNTA NO PALANQUE
Se Fernando Haddad perder a eleição em São Paulo, Lula, o número 1 do PT, vai pedir para sair?
PODER SEM PUDOR
UM JOGO QUE SE DISPUTA
Uma disputa de futebol no Maracanã, entre as seleções do Rio e de São Paulo, homenageou a visita da rainha Elizabeth II, em 1968. Os paulistas venceram por 2x1 o “jogo da rainha”, mas nem o gol de honra do craque Gerson fez a torcida carioca perdoar a atuação do juiz Amando Marques, francamente favorável aos visitantes. E o Maracanã lotado passou a gritar a plenos pulmões, sem parar, o palavrão representado pelas iniciais “f.d.p.”. Gritaram tanto o xingamento que, na tribuna de honra, sem entender nada, a rainha da Inglaterra perguntou ao governador Negrão de Lima, a seu lado, o que afinal a torcida exclamava. O elegante governador achou melhor mentir:
– A torcida grita “feliz disputa”, majestade, para desejar um bom jogo...
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