“Lutem pela distribuição [de royalties de petróleo] daqui pra frente”
Presidente Dilma, a um grupo de prefeitos, sugerindo que esqueçam o passado
PT: PRIORIDADE É ATACAR GOVERNADOR TUCANO NA CPI
A bancada do PT na CPI mista do Cachoeira se reuniu para definir o alvo principal, nos próximos dias: o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Orientados pelo ex-presidente Lula, os petistas vão apresentar requerimento para convocar Leonardo Almeida Ramos, sobrinho do bicheiro, que teria emitido três cheques, no valor total de R$ 1,4 milhão, para a compra de um imóvel que pertencia a Perillo.
ENDEREÇO CONHECIDO
Cachoeira estava nessa casa, localizada no Condomínio Alfaville, em Goiânia, quando foi preso em fevereiro pela Polícia Federal.
OUTRO COMPRADOR
Marconi Perillo sustenta que vendeu o imóvel para o dono de uma faculdade goiana, e não a Cachoeira. Para o PT, houve “triangulação”.
BUSCA DE ARMAMENTOS
Os petistas vão pedir também a quebra de sigilo fiscal e bancário das empresas de Cachoeira que atuavam em Goiás e em paraísos fiscais.
ESTÁ EXPLICADO
Do deputado Silvio Costa (PTB-PE) sobre ataque do PT a Perillo na CPI do Cachoeira: “No mensalão, quem mais bateu em Lula foi Perillo”.
FILIAÇÃO AO PMDB VIROU OPÇÃO PARA DEMÓSTENES
Sem partido desde que se desligou do DEM, o senador Demóstenes Torres (GO) dá sinais de que estaria interessado em atender ao convite que chegou a esnobar, antes da denúncia de seu envolvimento com o bicheiro Carlos Cachoeira: filiar-se ao PMDB. O objetivo seria escapar da cassação em troca de uma punição mais branda, como a suspensão temporária do mandato, por exemplo, durante o período de seis meses.
MAIOR BANCADA
Maior partido, hoje com 19 senadores, o PMDB tem direito a indicar o futuro presidente da Casa. O PT tem treze senadores, e o PSDB dez.
QUEM GANHA
A filiação de Demóstenes solidificaria o favoritismo de Renan Calheiros na briga interna no PMDB para indicar o futuro presidente do Senado.
TÔ FORA
A deputada Íris de Araújo (GO) fez chegar à cúpula do PMDB o aviso: se Demóstenes entrar no partido por uma porta, ela sairá por outra.
OLHOS BEM ABERTOS
O ministro Brizola Neto (Trabalho) tem apenas 32 anos, mas sofre de glaucoma. Enxerga muito pouco. Isso não o impede de ficar de olho no antecessor Carlos Lupi, que fez de tudo para impedir sua nomeação.
CONFRONTO
O senador Jorge Viana (PT-AC) lamentou o que chama de “confronto” entre Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República. Ele acha que a CPI precisa agir para impedir o desgaste das duas instituições.
TAQUES, O LEOPARDO
Durante reunião ontem da CPI mista do Cachoeira, seu presidente, Vital do Rêgo (PMDB-PB), rasgou seda para o senador matogrossense Pedro Taques (PDT): “Sua terra é uma área de grandes leopardos”.
HAJA PACIÊNCIA
Delegado de profissão, o deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) ficou impaciente com o falatório dos membros da CPI mista de Cachoeira ontem: “Quanta besteira, estamos perdendo tempo”.
PIZZA A BORDO
O senador Mário Couto (PSDB-PA) bradou contra decisão da Comissão de Ética da Presidência de arquivar denúncia contra a ministra Ideli Salvatti: “Ela comprou 38 lanchas, a preço superfaturado, sem licitação. E a empresa beneficiada bancou 80% da campanha eleitoral dela”.
BLINDAGEM FRUSTRADA
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que ocupa vaga do PSDB na CPI, admite pressão tucana para blindar o governador Marconi Perillo: “Se eles quiserem, peçam a vaga de volta. Não vou me omitir”.
PT EM SEU LABIRINTO
Candidato a prefeito de Salvador, Nelson Pellegrino (PT) diz ter apoio de oito partidos “emergentes” (sem votos, no dialeto dos políticos) mais o PSD. Para vice, hesita entre o esquerdista PCdoB ou o direitista PP.
OS SEM-CACHÊ
Alguns escritores reclamam o cachê de participação na Bienal do Livro de Brasília, mas os organizadores garantem que tudo será pago até o final do mês. Patrocinadores ainda não honraram seus compromissos.
FALA, BARÃO
Os tempos bicudos no Congresso fazem lembrar a sentença do Barão de Itararé: “Dizes-me com quem andas e eu te direi se vou contigo.”
PODER SEM PUDOR
SENTENÇA DE MORTE
Papel em branco aceita tudo. Em Vajota (CE), o candidato a prefeito Gentil Pires (PSB) convenceu um adversário a ser seu vice prometendo renunciar dois anos depois. E entregou a ele um papel em branco com sua assinatura. Eleito, Gentil não cumpriu o trato. E a vingança foi cruel: a Câmara Municipal recebeu uma carta-renúncia, onde ele confessava bater na mulher, beber muito e não se sentir “em condições morais” para o cargo. Destituído, ele reconheceu a sua assinatura, mas não a carta.
Moral da história: assinar em branco é a sentença de morte amanhã.
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