ZERO HORA - 04/04/12
Na falta de força política para bancar a reforma tributária, o governo Dilma lança um pacote de ajuda à indústria visando a efeitos de curto prazo. As medidas apresentadas com pompa para uma plateia lotada de empresários servem, sim, para desafogar setores que flertam com a estagnação desde 2010. Desoneração da folha e linhas de financiamento devem alavancar a produção e o consumo. Por outro lado, os entraves estruturais continuam latentes, comprometendo a competitividade. Há burocracia e falta de investimento em infraestrutura. Em agosto de 2011, Dilma lançou a primeira versão do Brasil Maior e o resultado foi pífio. O desafio agora é não só colocar as promessas em prática, mas construir uma política industrial de fôlego para o país.
Fim da cascata
Técnicos da Receita Federal já estão estudando o fim do imposto cumulativo, aquele que vai crescendo em cascata, ao longo de toda a cadeia produtiva, até pesar no bolso do consumidor final. Empresários da confiança de Dilma Rousseff vêm insistindo nesta medida como parte de uma reforma tributária fatiada.
Máscara
Amigo do bicheiro Carlinhos Cachoeira, Demóstenes Torres só pediu a desfiliação do DEM para fugir do fiasco da expulsão. Mas continua agarrado ao mandato, por causa do foro privilegiado. Na carta ao DEM, o Senador ainda tentou manter-se o paladino da ética, negando que tenha se desviado do programa partidário e reclamando de prejulgamento. Depois das gravações, parece piada.
Regalo
O prefeito de Soledade, Gelson Renato Cainelli (PP, foto), não quis deixar passar em branco a sua primeira audiência com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Para marcar o encontro, levou um mimo do município: um colar de ágata, fabricado especialmente para Gleisi. Na conversa, Cainelli e outros quatro prefeitos gaúchos pleitearam a liberação de R$ 326 milhões do programa Pró-Transporte.
PARA CONFERIR ali adiante
Ciumeira - Não é só para um encontro privado com a Senadora Ana Amélia Lemos (PP) que o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, desembarca em Brasília na próxima terça. O pedetista quer um café da manhã igualzinho ao da bancada do PP com Manuela D"Ávila (PC do B). Ciente da movimentação, Manuela resolveu ampliar sua oferta em troca do apoio dos progressistas. Além da vaga de vice, propôs a coligação na proporcional.
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