É meritória a preocupação do governo com as margens de crédito. São as segundas mais altas do mundo, dez vezes superiores às praticadas no Chile. Para isso, a Caixa Econômica Federal, seguindo o Banco do Brasil, anunciou um plano agressivo de redução de taxas.
O objetivo da ação é forçar as demais instituições a emprestarem mais barato. Com isso, haveria uma diminuição na inadimplência e um aumento na oferta de crédito com impactos positivos no consumo, no investimento e no crescimento do país. Lamentavelmente, o anúncio terá um efeito pífio. Sem subsídios não é possível. A estrutura de custos das duas instituições não suporta reduções expressivas nas taxas cobradas, vão continuar cobrando caro pelo crédito. Já foi tentado no passado e também não deu certo.
Há outras medidas complementares sendo estudadas para estreitar as margens de crédito como reduções de custos e melhorias nas garantias oferecidas. Estão na direção correta, mas não vão mudar de forma expressiva o quadro de crédito caro e instável. Entretanto, o fato de que os anúncios e as ações tomadas não derem certo não é necessariamente ruim. É a oportunidade para que a sociedade e o governo notem que é preciso ir além e enfrentar a raiz do problema que é a falta de política consistente para o setor.
O conjunto de regras para a intermediação financeira é uma colcha de retalhos da época da inflação alta. É imperativo substituí-la por uma política que objetive a eficiência e a estabilidade da oferta de crédito e que inclua regras de precificação apropriadas, uma agência de proteção ao consumidor financeiro, tributação adequada, custos de observância baixos, uma transparência maior e um Banco Central mais focado em fazer acontecer.
Mais de uma centena de países têm taxas menores que as brasileiras, o que prova que é possível reduzir as taxas praticadas de maneira expressiva. Há benefícios consideráveis eliminando as distorções existentes; aos bancos que podem emprestar mais, a taxas menores e com menos riscos e ao país que pode se desenvolver melhor.
O objetivo da ação é forçar as demais instituições a emprestarem mais barato. Com isso, haveria uma diminuição na inadimplência e um aumento na oferta de crédito com impactos positivos no consumo, no investimento e no crescimento do país. Lamentavelmente, o anúncio terá um efeito pífio. Sem subsídios não é possível. A estrutura de custos das duas instituições não suporta reduções expressivas nas taxas cobradas, vão continuar cobrando caro pelo crédito. Já foi tentado no passado e também não deu certo.
Há outras medidas complementares sendo estudadas para estreitar as margens de crédito como reduções de custos e melhorias nas garantias oferecidas. Estão na direção correta, mas não vão mudar de forma expressiva o quadro de crédito caro e instável. Entretanto, o fato de que os anúncios e as ações tomadas não derem certo não é necessariamente ruim. É a oportunidade para que a sociedade e o governo notem que é preciso ir além e enfrentar a raiz do problema que é a falta de política consistente para o setor.
O conjunto de regras para a intermediação financeira é uma colcha de retalhos da época da inflação alta. É imperativo substituí-la por uma política que objetive a eficiência e a estabilidade da oferta de crédito e que inclua regras de precificação apropriadas, uma agência de proteção ao consumidor financeiro, tributação adequada, custos de observância baixos, uma transparência maior e um Banco Central mais focado em fazer acontecer.
Mais de uma centena de países têm taxas menores que as brasileiras, o que prova que é possível reduzir as taxas praticadas de maneira expressiva. Há benefícios consideráveis eliminando as distorções existentes; aos bancos que podem emprestar mais, a taxas menores e com menos riscos e ao país que pode se desenvolver melhor.
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