FOLHA DE SP - 25/03/12
Alta do petróleo refletirá em maio na petroquímica
O aumento de 11,6% registrado neste ano no preço do petróleo deve impactar o segmento petroquímico a partir do próximo mês.
A nafta, principal matéria-prima do setor, tem seu valor calculado pela média do preço do petróleo dos três meses anteriores.
Na Europa, o valor do produto já aumentou 28,6% em 2012 e a tonelada dele alcançou US$ 1.080 neste mês, segundo Solange Stumpf, sócia-executiva da Maxiquim, consultoria da área.
"No Brasil, até agora, o incremento foi de 2%, mas, em maio, poderá ser de até 10%", afirma Stumpf.
A indústria plástica, porém, já sentiu incremento de 8% a 10% no preço da resina (feita a partir da nafta e do gás natural), diz o presidente da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), José Ricardo Roriz Coelho.
"As empresas [do setor plástico] estão tentando repassar o custo, mas fica difícil com a queda de demanda decorrente da crise."
O segmento deve ter retração de 2,5% a 3% nos primeiros três meses deste ano, na comparação com o último trimestre de 2011.
"Havendo aumento no custo do petróleo, a alta é transferida para a nafta e acaba pressionando a indústria do plástico", diz a diretora de economia da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), Fátima Giovanna Ferreira.
Na semana passada, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, afirmou que o preço do petróleo pode subir até 30% se as exportações do Irã reduzirem drasticamente.
O Ocidente está diminuindo as importações do país, que enfrenta sanções internacionais por causa de seu programa nuclear.
Os estoques americanos de petróleo também caíram, pressionando ainda mais os preços.
O que estou lendo
Gustavo Marin, presidente do Citi no Brasil
Depois de visitar com os filhos o memorial do campo de concentração de Dachau, perto de Munique, na Alemanha, Gustavo Marin, presidente do Citibank no Brasil, passou pela livraria e comprou "The Wages of Destruction", de Adam Tooze.
A obra trata da criação e da destruição da economia do regime nazista.
"O autor é um historiador que recebeu o prêmio Wolfson", diz Marin, que gosta de livros de história e ficou entusiasmado com a leitura do texto.
Cobre roubado
O prejuízo da indústria do cobre com o roubo do metal voltou a assustar o setor no início deste ano.
Apenas em fevereiro, a indústria registrou perda de R$ 1,8 milhão com o desvio do metal. Foram levadas 100 toneladas de fios, cabos e semimanufaturados de cobre em 11 ocorrências, segundo o Sindicel (Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não Ferrosos do Estado de São Paulo).
Nos dois primeiros meses deste ano, o prejuízo supera R$ 2 milhões, ante apenas R$ 131 mil em igual período do ano passado.
Os assaltos a cargas e fábricas, que ficaram mais frequentes entre 2006 e 2007, vinham em trajetória de queda nos últimos anos.
Na avaliação de dirigentes do sindicato, é preciso intensificar a fiscalização sobre a origem dos materiais vendidos no comércio de sucata e do metal em geral.
Rumo aos EUA
A TAM aumentará a sua oferta de assentos para Miami a partir de 12 de novembro. O trajeto passará a ser realizado por uma aeronave maior, o Boeing-777/300. Com isso, o número de lugares por voo passará dos atuais 223 para 362.
Desembarque
Após abrir sua primeira loja no Brasil, cuja inauguração ocorreu na semana passada, em São Paulo, a marca de bagagens e assessórios Tumi pretende começar a operar também na cidade do Rio de Janeiro.
Direção Centro-Oeste A Ativa, operadora logística de medicamentos e cosméticos que teve faturamento de R$ 105 milhões em 2011, abrirá neste ano filiais em Goiás e no Distrito Federal.
Nova leitura
O empresário Antonio Camarotti se prepara para lançar no Brasil, em junho, a edição brasileira da revista "Forbes". A publicação, que terá conteúdo nacional e estrangeiro, já teve passagem pelo país, pelas mãos de outros investidores, mas foi fechada e deixou de circular.
Molécula de memória
A nova molécula para o tratamento de Alzheimer da farmacêutica americana Eli Lilly está em fase de testes em seres humanos.
O medicamento que pode resultar da pesquisa deve ser lançado no Brasil em 2015, segundo a empresa.
A unidade brasileira, que está entre as cinco maiores da companhia no mundo, colabora com os estudos, segundo o presidente da Eli Lilly do Brasil, Antonio Alas.
No país há 400 centros de pesquisas parceiros e 3.000 pacientes que participam de estudos de novos tratamentos, segundo a empresa.
"Temos investimentos em pesquisas aqui no Brasil. O país participa não só nessa, mas também em outras moléculas", afirma Alas.
"Aproximadamente 6% dos idosos no país sofrem de Alzheimer", diz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário