FOLHA DE SP - 19/03/12
Playcenter fechará as portas em julho em SP
O tradicional parque de diversões Playcenter, em São Paulo, será fechado, no dia 29 de julho, após 40 anos em operação, de acordo com a companhia.
A decisão foi orientada por uma mudança estratégica nos planos da empresa.
Com investimentos de R$ 40 milhões, será aberto um novo empreendimento no mesmo terreno, pelas mãos do mesmo dono.
Com o novo projeto, a companhia deixa a área de parques com brinquedos custosos e radicais, como montanhas-russas, e passa a atuar em um novo segmento, de parques para crianças pequenas, acompanhadas dos pais.
O empreendimento, que deve ser inaugurado em julho do próximo ano, inclui apenas atrações como trem fantasma com dispositivos interativos, cinema com tecnologia 4D, carrosséis e outros.
O modelo segue a linha de parques estrangeiros como Legoland e Nickelodeon Universe. Foi projetada uma extensa área verde para recreação. Adolescentes desacompanhados estão fora do foco.
A capacidade máxima será de 4.500 pessoas por dia, segundo a empresa. O Playcenter pode, hoje, receber 7.000 diariamente.
Alguns dos atuais brinquedos, que estão dentro do novo conceito, serão aproveitados. O restante do ativo deve ser vendido.
A empresa ainda analisa se dará novo nome ao parque.
Nos últimos anos houve especulações de que a área do parque seria vendida a outros investimentos imobiliários.
Banco italiano espera do BC autorização para atuar no país
Maior banco de varejo da Itália, o banco Intesa Sanpaolo aguarda autorização do Banco Central do Brasil para atuar como banco múltiplo no país.
Diferentemente de outras instituições financeiras estrangeiras que chegam ao Brasil apenas como banco de investimentos, o Intesa Sanpaolo quer operar em várias frentes porque se denomina um "banco da economia real".
"Somos um banco comercial. Nossos resultados vêm de clientes, empresas", diz Andrea Beltratti, presidente do conselho de gestão.
"Estamos interessados no Brasil porque pensamos em ser úteis a companhias da Itália que querem vir ao país, tanto na oferta de financiamento quanto no aconselhamento das melhores oportunidades no mercado brasileiro", afirma Beltratti.
O banco tem também um braço, o BIIS, para atuar em financiamento a empresas privadas em grandes obras públicas de infraestrutura, em especial em PPPs.
Hoje o Intesa Sanpaolo tem apenas um escritório de representação no Brasil.
O capital do banco no país será R$ 200 milhões e pode chegar a ser R$ 3 bilhões no prazo de três anos.
Com relação aos bancos europeus, Beltratti, que é também professor de economia na Universidade Bocconi, diz que "as duas intervenções do Banco Central Europeu foram suficientes". "Trouxe [a última] um benefício imediato e a redução do spread de crédito."
"Diariamente uma empresa italiana procura informação para entrar no mercado brasileiro"
"Estamos entre os três primeiros bancos mais bem patrimoniados. Não obstante, somos um banco italiano e tivemos de suportar um 'haircut' ['corte de cabelo', no sentido literal, 'desconto', no jargão de mercado] nos títulos do país"
"Aumentamos o capital em € 5 bi em 2011. Passamos a crise fortes em capital e liquidez"
ANDREA BELTRATTI, presidente do conselho de gestão do banco italiano
PINOTE EM DOAÇÃO
O Hospital de Câncer de Barretos inaugura no próximo dia 24 o setor ambulatorial de sua unidade infantojuvenil.
O investimento, de R$ 20 milhões, foi obtido por meio de doações nos últimos dois anos e meio, de acordo com o gestor do hospital, Henrique Prata.
"Mas só conseguiremos inaugurar metade do projeto. A parte cirúrgica deverá ser concluída no mês de dezembro. Precisamos de mais R$ 10 milhões", afirma Prata.
Com a expansão, o hospital abre 600 novas vagas para crianças por ano.
No final dos anos 1980, devido às dívidas, Prata pretendia fechar o hospital pouco depois de assumir a administração, até então sob comando de seus pais.
Um dos médicos, porém, pediu que ele permitisse a realização de uma última cirurgia que poderia salvar a vida de um paciente.
"A história mudou minha vida e a de muita gente."
Atualmente, o hospital tem deficit mensal de cerca de R$ 4,5 milhões.
8.000 m2 será a área total da unidade, que será finalizada até dezembro
R$ 4,5 mi é o deficit que o hospital tem por mês
ESCADA CHINESA
A LGTECH, fabricante nacional de elevadores, acaba de fechar uma joint venture com a chinesa Koyo, de escadas rolantes.
Com o acordo, a empresa brasileira, responsável pela importação e pela manutenção dos equipamentos, espera vender 250 unidades.
"Depois de dois anos, avaliaremos com os chineses o custo de produção para decidir se construiremos uma fábrica aqui", afirma Lauro Galdino, presidente da LGTECH.
O preço das escadas rolantes menores varia de R$ 80 mil a R$ 250 mil. Para shopping centers e metrôs, o valor é de cerca de R$ 260 mil.
Um novo shopping em Bauru (SP) já fechou a compra de 14 equipamentos.
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