“Exterminamos um câncer do futebol brasileiro”
Deputado Romário (PSB-RJ) comemorando a renúncia de Ricardo Teixeira da CBF
DILMA USA BRAGA PARA ‘PUNIR’ CÚPULA DO PMDB
A substituição de Romero Jucá (RR) por Eduardo Braga (AM), na liderança do governo, foi decidida por Dilma à revelia dos principais aliados no Senado, José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL). Irritada com a derrota da recondução do diretor-geral da Agência de Transportes Terrestres (ANTT), ela liberou senadores do PT como Lindbergh Farias (RJ), para criticar a atuação de Jucá, fragilizando-o, e convidou um político que se opõe à liderança de Calheiros no PMDB.
DESDE SEXTA
Eduardo Braga ouviu o convite de Dilma, por intermédio de Ideli Salvatti, numa reunião para a qual foi convocado às 9h30 de sexta.
FATO CONSUMADO
Nesta segunda, a presidente Dilma chamou o senador Renan Calheiros para uma conversa de 1h40 de duração, e o informou da mudança.
ÚLTIMOS A SABER
Jucá e Sarney ficaram sabendo da novidade nesta segunda pelo próprio Eduardo Braga, que já não aguentava esconder a novidade.
PROVIDENCIAL
Renan nem pode se queixar muito. Deslocando Braga para a liderança do governo, Dilma reduziu a bancada dos que o contestam no PMDB.
DILMA PODE AJUDAR SEU EX-PDT A SE REENCONTRAR
Com a escolha do novo ministro do Trabalho, que é da cota do PDT, a ex-pedetista Dilma Rousseff poderá ajudar o partido a reencontrar as origens após o longo domínio de sua banda podre. Ela recusou as indicações do ex-ministro Carlos Lupi, que chefia o partido, e queria no cargo o deputado Vieira da Cunha (RS), mas ele foi vetado. Com isso, Dilma se fixou no deputado Brizola Neto, que se opõe a Lupi, no PDT.
UMA BOA IDEIA...
Repercute bem no Congresso o projeto da Lei de Responsabilidade Funcional, concebido pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). É inspirado na Lei de Responsabilidade Fiscal, que pôs fim ao saque dos cofres públicos para pagar salários.
...DEFININDO PAPÉIS
A Lei de Responsabilidade Funcional definirá o papel de cada servidor, incluindo o governante, em eventuais malfeitorias com dinheiro público.
CARGOS QUE ‘FURAM POÇO’
A imparável ganância petista por cargos, que provocou a rebeldia dos partidos da base aliada, é traduzida em números: o PT-SP controla os treze principais ministérios e fundos de pensão bilionários, como Petros (Petrobras), Previ (Bando do Brasil) e Centrus (Banco Central).
MUITO A EXPLICAR
A oposição promete colocar Guido Mantega contra a parede. Querem explicações sobre as denúncias de corrupção do seu amigo Luiz Felipe Denucci na Casa da Moeda.
FICHA INÓCUA
Presidente da Frente contra a Corrupção, Francisco Praciano (PT) convidou a ministra Eliana Calmon para reunião na Câmara. Vai propor que o CNJ obrigue juízes a disponibilizar, na internet, os processos contra políticos. “Do jeito que está, a Ficha Limpa acaba inócua”.
NA TORCIDA
Se depender do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o candidato do PT à Prefeitura do Recife será o senador Humberto Costa. Em caso de vitória, assumiria seu suplente Joaquim Francisco, do PSB.
PAI DO KIT GAY
A guerra dos evangélicos não acabou. O deputado e pastor Marco Feliciano (PSC) acha até que Fernando Haddad (PT) “poderia ser eleito prefeito de São Paulo se não tivesse se tornado pai do kit gay”.
VAI DAR TRABALHO
Para o tucano Vanderlei Macris, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, terá dificuldade de levar o PSB a apoiar Fernando Haddad (PT) em São Paulo: “O PSDB abriu mão da prefeitura de Campinas para o PSB, que até ocupa secretaria no governo tucano”.
VIROU BANDEIRA
A bancada do PCdoB vai discutir se transforma em bandeira a proposta de Protógenes Queiroz (SP) de criar uma CPI para investigar o bicheiro Carlinhos Cachoeira. A proposta tem apoio do PT.
BIENAL DE BRASÍLIA
Brasília terá a 1ª Bienal do Livro e da Leitura, de 14 a 23 de abril, com escritores consagrados como o nigeriano Wole Soyinka. Gentis, os organizadores convidaram a Câmara Brasileira do Livro ao evento, sem ônus e sem trabalho. Recusou. Não admira a situação do livro no País.
PERGUNTA NA ESPLANADA
Após Eduardo Braga, qual o senador da bancada de descontentes do PMDB que vai trocar sua ”independência” por uma boquinha?
PODER SEM PUDOR
SÓ POR TELEFONE
Benedito Valadares estava no final do último mandato de senador, nos anos 70, e evitava jornalistas. Certo dia, acabou encurralado em um corredor do Senado. Atônito, pegou o telefone mais próximo e fingiu que falava com alguém. Conversa demorada. Os jornalistas se impacientaram e ele reagiu:
– Não têm respeito? Não veem que estou falando com o Carvalho Pinto?
– Mas o Carvalho Pinto está ali do lado! – apontou um jornalista.
Valadares deu uma olhada, viu o colega, mas insistiu na desculpa:
– É que eu só falo com ele por telefone.
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