"Todo mundo devia trazer um letreiro na testa. Que é pra gente saber: quem é que presta e quem é que não presta” — Dunga, compositor de samba
Cativando o público interno
Na sessão em que a Câmara aprovou a Lei Geral da Copa, na quarta-feira, o líder do PMDB, Henrique Alves (RN), aproveitou para vender sua candidatura à presidência da Casa. Ele foi várias vezes aplaudido, principalmente quando assumiu o compromisso de que, uma vez presidente da Casa, vai acabar com o desgastante processo de liberação das emendas. "O Orçamento já era para ser impositivo há muito tempo", afirmou.
Reagindo às acusações de fisiologismo, Alves disse: "Emenda não é concessão do governo. É direito nosso. Um deputado não é só para votar leis. Ele também é interlocutor de suas bases eleitorais".
UMA VERSÃO. O líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), esteve ontem com o ex-presidente Lula. Acompanhado pelo senador Jorge Viana (PT-AC), ambos conversaram durante duas horas com Lula. Bem-humorado com a volta da normalidade, o ex-presidente tratou como lenda o noticiário sobre sua interferência no governo Dilma: "Fiquei cinco meses fora. A Dilma resolveu tudo, trocou de líderes e de ministros. E eu não podia nem falar, quanto mais interferir".
Dois estilos
A primeira coisa que o experiente líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), fez foi dizer que não é candidato a presidir a Casa. Já o novato líder no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), tem sido dúbio sobre o tema.
Outro lado
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), escreve: "Em momento algum, na minha interinidade na Presidência da República, falei a frase "Este é o meu momento", nem utilizei qualquer expressão que pudesse insinuar tal ideia".
Acordo na biblioteca
Após a crise gerada pela demissão do editor da "Revista de História da Biblioteca Nacional", Luciano Figueiredo, ficou decidido ontem que a Sociedade de Amigos da Biblioteca cuidará exclusivamente da administração da publicação, enquanto o conselho editorial passa a responder tanto pelo conteúdo como pela indicação do diretor de redação. O conselho foi contra a demissão de Figueiredo.
Intrigante
Todos querem saber quem é o "ministro" citado pela Operação Vega da Polícia Federal. Numa das páginas, diz: "Resumo. Quenia - Kenia - Demissão - Senado - Caça às Bruxas - Fantasma - Zé Vicente - Assessor - Ministro - 99619461".
Amarrado
Lideranças do PT reclamam da demora de Fernando Haddad em montar a coordenação de sua campanha. Dizem que ele está receoso de propor nomes e enfrentar reações no partido. Reclamam que Haddad quer que Lula resolva.
PEGO pela Operação Caixa de Pandora, o ex-governador José Arruda (DF) durou 13 dias no DEM. O senador Demóstenes Torres (GO) segue no partido 27 dias após cair na Operação Monte Carlo.
NO DEM ninguém estranhou o fato de Demóstenes Torres chamar Carlinhos Cachoeira de "professor". Contam que ele tratava assim seus interlocutores.
O ADVOGADO Antonio Carlos de Almeida Castro explica por que pediu para Demóstenes se calar: "É kafikiano que a PGR não tenha dado à defesa o direito mínimo, básico, de ter acesso às provas".
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