A Câmara dos Deputados negou ao PSD o pedido de ter participação proporcional ao seu tamanho, a terceira maior bancada, nas comissões da Casa porque os demais partidos temiam legitimar a solicitação, feita pela nova sigla ao TSE, para ter direito a tempo de TV e fundo partidário nas eleições deste ano. O julgamento deve ocorrer em abril. O comando de comissões em si é apenas um detalhe. Por isso, o PSD não aceitou a criação de duas novas comissões para compensá-lo.
Nem esquerda, nem direita, nem centro
Depois que Gilberto Kassab fez um giro de 180°, deixando a oposição e indo para os braços do governo federal, nenhum partido tem confiança na posição que ele adotará nas eleições em São Paulo. A cúpula do PSDB está pessimista quanto ao apoio do PSD a José Serra. Já dirigentes do PT admitem que ele vai abandonar as conversas em torno de Fernando Haddad para embarcar na candidatura tucana. No próprio PSD há análises divergentes. Um grupo diz que ele já avançou demais nas conversas com o PT e que sua prioridade é o projeto nacional. Outra corrente afirma que ainda há tempo hábil para ir com Serra.
"O contingenciamento era esperado. Compreendemos a necessidade de o governo fazer uma ação preventiva e esperamos a liberação ao longo do ano” — Henrique Alves, deputado (RN) e líder do PMDB
A ESCOLHA. A presidente Dilma pretende nomear o novo ministro do Trabalho em março. Se o PDT puder indicar um nome, será o secretário-geral do partido, Manoel Dias. Ele é afinado com o presidente da sigla, Carlos Lupi, que deixou a pasta após denúncias de corrupção. Já se a escolha for da presidente, o favorito é o deputado Vieira da Cunha (RS), na foto. O PDT está irritado com a demora na escolha, e Dilma está contrariada com a decisão do partido de votar conta o Funpresp.
Compensação
Para tentar conter a insatisfação dos pré-candidatos com a provável implosão das prévias para a prefeitura de São Paulo, a cúpula do PSDB acena com postos na coordenação da campanha de José Serra para José Aníbal e Ricardo Tripoli.
Será?
Apesar da entrada do PDT na administração de Geraldo Alckmin, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) afirma que manterá sua pré-candidatura à prefeitura de São Paulo. "Isso não tem nada a ver com 2012", disse ele.
Mãos abanando
A presidente Dilma não pretende substituir o ministro Paulo Sérgio Passos (Transportes) para atender ao PR, e não tem margem para compensar o partido com outro cargo equivalente. O mais irritado com a situação é o senador Alfredo Nascimento (PR-AM), que foi derrubado do ministério e não consegue fazer o sucessor. Mesmo com toda a revolta, o partido não cumpriu um dia o anúncio de "independência" em relação ao governo.
Causa própria
O governador Camilo Capiberibe (AP) pediu ao relator do Código Florestal, Paulo Piau (PMDB-MG), que retire do texto a redução da reserva legal, de 80% para 50%, para estados que tiverem mais de 65% de unidades de conservação.
No pé
Parlamentares que ficaram irritados com o deputado Romário (PSB-RJ) por ele ter criticado o ritmo de trabalho da Câmara, "onde nada acontece", cobram sua ausência na sessão de anteontem, quando 11 decretos-leis foram votados.
CARNAVALESCAS 1. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, vai ao Galo da Madrugada, em Recife, amanhã.
CARNAVALESCAS 2. O lançamento da campanha contra a exploração sexual de crianças e adolescentes, ontem, em Salvador, pelas ministras Maria do Rosário e Luiza Bairros, virou um ato de desagravo ao governador Jaques Wagner por causa da greve da PM.
VATICANO. Depois de passar a semana às voltas com lideranças evangélicas, o ministro Gilberto Carvalho viajou ontem para Roma, para a cerimônia de consagração de Dom João Braz de Aviz como cardeal.
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