Medida terá pouco impacto nas vendas, diz setor de material de construção
A nova linha de financiamento do governo federal para a compra de material de construção não será suficiente para melhorar as vendas, segundo empresas do setor.
A intenção de compra do consumidor continua mais baixa que a registrada há 12 meses, segundo estudo do Programa de Administração do Varejo e da Fundação Instituto de Administração.
"Esperamos que 2012 seja semelhante ou pouco melhor que o ano passado. Há muitos imóveis para serem entregues, então não haverá retração", diz o diretor-geral da C&C, Jorge Gonçalves Filho.
As vendas de 2011 foram 4,5% melhores que as do ano anterior, segundo a Anamaco (associação nacional dos comerciantes do setor).
O novo financiamento, que terá recursos do FGTS e sairá ainda neste mês, prevê juros de 12% ao ano e 120 meses para pagar.
Para o copresidente da Dicico, Jorge Letra, o governo poderia ter adotado uma medida mais eficiente. "O crédito não fará diferença. Não devemos ter resultados superiores aos de 2011."
A expectativa do setor é que as vendas melhorem a partir de março. "Está chovendo muito nos últimos meses. Quando parar, muita coisa terá de ser reconstruída no país", explica o presidente da Anamaco, Cláudio Conz.
A Telhanorte espera pequena desaceleração em 2012, mas prevê que a medida aumente a confiança de empresas e do consumidor.
"Não devemos ter retração em 2012 devido aos lançamentos que já estavam previstos desde o ano passado"
JORGE GONÇALVES FILHO
diretor-geral da C&C
"Em vez de crédito, o consumidor deveria poder antecipar seu FGTS para reformar, e não apenas para comprar a casa própria"
JORGE LETRA
copresidente da Dicico
Regulação decisiva
A regulação é o fator que mais influencia o trabalho dos executivos do setor financeiro, segundo a Accenture.
Mais da metade (53%) dos 536 entrevistados classificaram essa característica como sendo de "alto impacto".
Em seguida aparece a permanente volatilidade dos mercados, com 46%.
Para minimizar o problema da volatilidade, 67% dos executivos concentram seus esforços no gerenciamento de custos. Outras soluções indicadas são a administração dos riscos e o planejamento do fluxo do caixa.
Orçamento para gestão
Apenas 2% do faturamento das empresas é destinado ao aperfeiçoamento da gestão, segundo pesquisa da Fundação Nacional da Qualidade, entidade privada que reúne empresas como Braskem, Bradesco e Gerdau, entre outras.
O percentual, porém, é considerado suficiente pelo superintendente-geral da fundação, Jairo Martins.
"Entre 2% e 5% é razoável. As empresas já sabem que investir em gestão reduz custos."
Das 309 empresas ouvidas, 46% acreditam que o setor automobilístico é o que mais se preocupa com gestão.
Fundo Estocado
O volume de cotas de fundos abertos e fechados chegou a R$ 931,9 bilhões em janeiro na Cetip (depositária de títulos privados de renda fixa).
O valor é 20% superior ao registrado no mesmo período de 2011, quando o total era de R$ 772,4 bilhões.
A maior parte do estoque atual é formada por cotas de fundos abertos -R$ 859,9 bilhões contra R$ 55,3 bilhões de fundos fechados.
Idiomas A Fisk inaugura nesta semana sua primeira unidade na Flórida -a sexta nos Estados Unidos. Até o final do semestre, a empresa abrirá sua primeira franquia no Chile. A Cultura Inglesa, por sua vez, terá mais duas unidades próprias em SP neste ano.
com JOANA CUNHA, VITOR SION e LUCIANA DYNIEWICZ
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