FOLHA DE SP - 30/12/11
RIO DE JANEIRO - Levantamento da Folha revelou que, em 2011, os acidentes nas estradas custarão ao país R$ 15 bilhões em atendimento hospitalar, danos aos veículos e perda de produção -quando as pessoas envolvidas no acidente morrem ou ficam incapacitadas e deixam de produzir.
Outra conta de chegar, esta feita por responsáveis pela investigação do desvio de recursos em órgãos federais, acusou neste ano um rombo de R$ 1,1 bilhão em arrecadações indébitas, contratos superfaturados e propinas. A palmatória cabe ao Ministério dos Transportes, cujo titular, Alfredo Nascimento, docemente constrangido, "demitiu-se" em julho, deixando à PF o trabalho de descobrir o paradeiro de R$ 759 milhões. Quatro outros ministérios (Agricultura, Turismo, Esporte e Trabalho) respondem pelo resto do prejuízo.
E, na semana passada, a Polícia Civil encontrou quase R$ 4 milhões em notas de R$ 50, escondidos nos esgotos de uma casa na Barra da Tijuca, de propriedade de um parente de envolvido com o jogo do bicho. Tudo bem, R$ 4 milhões parecem troco diante dos rombos federais. Mas, por qualquer parâmetro, é muito dinheiro para ter em casa -são 80 mil notas de R$ 50 passando à margem da economia.
Some-se a isto o dinheiro que se esconde no tráfico de drogas, contrabando, ONGs irregulares, mensalões, obras-fantasmas, "gatos" de luz, bancadas de camelôs e até na mão dos flanelinhas -e se terá uma ideia de como o Brasil produz dinheiro que rola de bolso em bolso e até gera riqueza, mas não conta para a riqueza nacional.
Rouba-se de dia, de tarde e de noite, no atacado e no varejo, à mão armada e desarmada, e, com tudo isso, o país oficial, que presta contas, é agora a sexta economia do mundo. Quem explica? Os antigos. Eles viviam dizendo que o Brasil só tinha tamanho e pouca vergonha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário