FOLHA DE SP - 16/12/11
BRASÍLIA - Quase dá para ouvir de fora dos palácios os suspiros de alívio e esperança com a perspectiva, mencionada à Folha pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo, de que eventuais penas relativas ao escândalo do mensalão, de seis anos atrás, acabem prescrevendo antes do julgamento.
Muito aborrecimento seria poupado para os três Poderes. Uma solução possível para um caso que não tem como terminar bem -não para todo mundo. O tribunal seria atacado pela morosidade e os acusados continuariam sendo suspeitos, mas com isso todos estão acostumados.
Um semelhante prazer momentâneo deve ter sido sentido pelos deputados que resolveram, sem motivo claro, deixar para depois a votação do projeto que tira dos futuros funcionários públicos a garantia de aposentadoria integral bancada pelos demais contribuintes.
É provável que surjam explicações para o adiamento, como disputas por cargos e outras questiúnculas do varejo político. Convém, entretanto, não descartar a hipótese de que sejam meras racionalizações para a velha, boa e macunaímica preguiça.
Não no sentido físico, pois suas excelências se dispõem a debates que atravessam madrugadas e maratonas de compromissos em seus redutos eleitorais. Mas preguiça de decidir quando os muitos beneficiários são anônimos e os poucos prejudicados são poderosos, barulhentos e conhecidos de longa data. De lidar com temas antipáticos e tecnicamente complexos. De dar palanque fácil à oposição hipócrita e oportunista.
O Executivo fez saber que ficou aborrecido com o atraso -depois de levar quatro anos para enviar seu projeto ao Congresso e outros quatro para tentar tirá-lo do lugar.
No mesmo dia, a Câmara aprovou uma emenda constitucional que amplia os direitos dos servidores. E um ministro do STF determinou que o Legislativo examine já a proposta de reajuste salarial para oJudiciário.
Muito aborrecimento seria poupado para os três Poderes. Uma solução possível para um caso que não tem como terminar bem -não para todo mundo. O tribunal seria atacado pela morosidade e os acusados continuariam sendo suspeitos, mas com isso todos estão acostumados.
Um semelhante prazer momentâneo deve ter sido sentido pelos deputados que resolveram, sem motivo claro, deixar para depois a votação do projeto que tira dos futuros funcionários públicos a garantia de aposentadoria integral bancada pelos demais contribuintes.
É provável que surjam explicações para o adiamento, como disputas por cargos e outras questiúnculas do varejo político. Convém, entretanto, não descartar a hipótese de que sejam meras racionalizações para a velha, boa e macunaímica preguiça.
Não no sentido físico, pois suas excelências se dispõem a debates que atravessam madrugadas e maratonas de compromissos em seus redutos eleitorais. Mas preguiça de decidir quando os muitos beneficiários são anônimos e os poucos prejudicados são poderosos, barulhentos e conhecidos de longa data. De lidar com temas antipáticos e tecnicamente complexos. De dar palanque fácil à oposição hipócrita e oportunista.
O Executivo fez saber que ficou aborrecido com o atraso -depois de levar quatro anos para enviar seu projeto ao Congresso e outros quatro para tentar tirá-lo do lugar.
No mesmo dia, a Câmara aprovou uma emenda constitucional que amplia os direitos dos servidores. E um ministro do STF determinou que o Legislativo examine já a proposta de reajuste salarial para oJudiciário.
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