Marco Polo
JORGE BASTOS MORENO -Nhenhenhém
O GLOBO - 08/10/11
Pezão caiu de cama!! Com estafa de terceiro grau, a mais grave. O motivo parece piada: excesso de viagens. — Vocês criticam muito as viagens do Pezão, mas dados do governo federal revelam que, em 2010, o Rio recebeu cerca de US$ 18 bi de investimentos nacionais e estrangeiros, quase 80% a mais que SP e Minas — justifica Sergio Cabral. O governador, numa grande manifestação de amor, exalta: — Devemos tudo isso ao Pezão, que acorda cedo e dorme tarde, que não tem medo de cara feia, que emociona a presidente e encanta o governo. Se não tivesse medo de avião, Cabral acha que também traria divisas para o RJ.
Estranhando o trono
Com a doença de Pezão, Cabral assume interinamente o governo do estado. Pela primeira vez.
Corrida
Patrono da candidatura de Márcio Lacerda em aliança com o PT, em 2008, Aécio Neves agora brinca com a deputada que quase o derrotou na época: — Desta vez, a Jô Moraes apoiou o Lacerda antes de mim.
Em nome do amor
Os partidos estão fazendo esdrúxulas alianças para 2012, como a citada acima. Tudo com o mesmo pretexto: eleger Manuela. Só que a maioria dessas alianças nada tem a ver com a disputa em Porto Alegre.
Uma princesa na corte
O sisudo Jarbas Vasconcelos confessando a Jean Wyllys que sempre viu o BBB; Geraldinho Carneiro mostrando sua carteirinha de PCdoB a Aldo Rebelo; e Peréio anunciando sua candidatura a vereador pelo PSB de SP. Tudo isso no jantar de Mariana Ximenes em Brasília. Manu brilhou.
Kassab atrai Meirelles, pensando em Afif
Kassab trouxe Meirelles, mas algo me diz que seu projeto ainda é fazer de Afif candidato a prefeito do PSD/PSDB.
P: — Meirelles não vem para emoldurar. Qual é o projeto?
R: — A estatura política, a biografia, a história de Henrique Meirelles, tudo isso é muito maior do que um projeto eleitoral. Ele significa uma marca política que, claro, tem grande significado eleitoral. Mas ele é muito maior que isso. Atribuem a mim a frase segundo a qual o PSD não seria nem de esquerda nem de centro nem de direita. Na verdade, o PSD não é nem de aplauso nem de vaia nem de apatia. É partido de ação, comprometido com princípios, claro, desde que ajudem a solucionar questões práticas da vida pública. E ninguém encarna melhor esse espírito do que o Meirelles.
P: — Depois de Meirelles, qual a próxima estrela que vem?
R: — Estrela? Como assim “estrela”? Você está querendo me comprometer? Eu já não disse mil vezes que o PSD é independente?
P: — Acreditas em alianças com o PSDB para 2012 e 2014?
R: — Eu acredito que a política é a arte de colocar a inteligência e o diálogo acima do rancor e do preconceito. E eu tenho certeza que o PSD irá construir alianças com quem enxergar a política por esse mesmo prisma.
Cabo de força
Fernando Haddad, cujo perfil chega às bancas pela “Piauí”, em matéria da brilhante Clara Becker, só pretende deixar o ministério depois do Sisu, em 7 de janeiro, coincidindo com a reforma ministerial. Se tiver prévias para a escolha do candidato, sai, mas de licença, e volta. Foi o que acertou com a Dilma. Esqueceu-se, porém, de acertar com Lula, coordenador da sua candidatura, que o
quer longe de Brasília a partir de... ontem.
Campanha
A Confederação dos Servidores pelo direito de greve dos funcionários públicos. O lançamento será em Goiânia, no próximo dia 28,
em show do garoto-propaganda da campanha: Gabriel O Pensador. A CUT, principal empresa estatal do país, está logicamente contra o direito de greve dos servidores públicos.
Que rei sou eu?
Albano Franco convidou o presidente em exercício para uma palestra em Sergipe, seguida de almoço. O governador em exercício,
Jackson Barreto, ficou enlouquecido. Não admitiu presidente da República visitar o estado sem ser por suas mãos. Permitiu a palestra, mas desde que Temer passasse antes pelo seu gabinete, o que era tecnicamente impossível. — Vocês acham que eu vou deixar presidente da República apertar as mãos de Albano antes das minhas? Nem mooorto! Se a montanha não vem a Maomé, Maomé vai ao aeroporto. Tudo resolvido? Que nada! Quando soube do almoço do Albano, “Maomé” rodou a baiana e determinou que o almoço
fosse no palácio. Michel tentou, mas não conseguiu dobrar o governador em exercício. De Roma, o titular, Marcelo Déda, acompanhou a confusão toda, apoiando seu vice.
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