O Rio vai pagar
ILIMAR FRANCO
O GLOBO - 14/09/11
O ministro Guido Mantega (Fazenda) apresentou ontem à noite, para um grupo de senadores, sua proposta para atender os estados não produtores na distribuição dos royalties do petróleo. Esses estados dividirão uma receita de R$3,75 bilhões. A União vai abrir mão de apenas R$1,4 bi de suas receitas. O peso maior recairá sobre os estados produtores, R$1,26 bi; municípios produtores, R$582 milhões; e municípios afetados, R$513 milhões.
Equilibrismo na incerteza
Todos os governadores envolvidos no debate dos royalties do petróleo consideram que a União deveria ser mais generosa e abrir mão de uma parcela maior da receita em favor dos estados e municípios não produtores. O maior temor dos atores políticos é que o veto do ex-presidente Lula seja derrubado no Congresso, em sessão marcada para o dia 5 de outubro. Se isso ocorrer, o tema vai para a Justiça. A decorrência imediata do desacordo federativo será bater às portas do STF. A pendência é ruim para todos, pois vai jogar na incerteza ou travar a exploração do pré-sal. No caso do Rio, colocará em risco seu equilíbrio financeiro.
"Não queremos reabrir feridas, mas temos a obrigação de mostrar à juventude como se passou nossa História, mostrar os erros para que não sejam repetidos" - José Gregori, secretário de Direitos Humanos no governo FH, sobre a criação da Comissão da Verdade
ESTADO DE ALERTA. Os principais líderes petistas se reuniram de forma reservada, na segunda-feira à noite, na casa da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Na pauta, viabilizar a aprovação da DRU, ameaçada pela calendário, e o financiamento da Saúde. Estavam lá os ministros Aloizio Mercadante, Ideli Salvatti e Paulo Bernardo, os líderes do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), e no Senado, Humberto Costa (PE).
No rumo
Depois de levantar cerca de 40 projetos de combate à corrupção, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) quer a criação de comissão especial para apresentar uma proposta em 90 dias. Ele diz: "Chega de bravata, e vamos ao concreto!"
Na festa
O plenário do Senado virou palco para um grupo de Marabaixo, dança negra típica do Amapá. Foi durante sessão, comandada pelo presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), em homenagem aos 68 anos de criação do Amapá.
PSD vê manobra para inviabilizá-lo
A cúpula do PSD interpretou o pedido de diligências, no processo de formação do partido, da procuradora eleitoral, Sandra Cureau, como uma manifestação de desconfiança nos cartórios eleitorais e nos TREs. Se seu pedido fosse acatado, o PSD não seria criado em tempo hábil para disputar as eleições municipais. Eles também consideram excessivo o prazo de dez dias que a relatora no TSE, ministra Nancy Andrighi, concedeu para que o Ministério Público Eleitoral reexamine o caso.
Contestando
O governador Marcelo Déda (SE) nega que tenha sido ouvido pelo PT do Rio sobre a presença de organizações sociais na gestão da Saúde. Diz que, lá, a gestão é diferente. Ela é compartilhada com fundações públicas de direito privado.
Chalita na TV
Começaram a ser veiculadas ontem as inserções na TV do PMDB paulista. O deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP), pré-candidato à prefeitura de São Paulo, será a estrela de 80% das inserções. O restante ficará com os líderes do interior.
ALIADO da candidatura da deputada Ana Arraes (PSB-PE) acredita que o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), ao se retirar, deve apoiá-la. Mas prevê que os ruralistas que estavam com ele devem aderir à candidatura do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).
O SENADOR Flecha Ribeiro (PSDB-PA) anda ameaçando deixar o partido. Ele vive cobrando do presidente do partido, deputado Sérgio Guerra (PE), uma intervenção no Diretório Regional do Pará.
A OEA fechou acordo de cooperação com a Polícia Federal. A parceria prevê capacitação de agentes com foco em eventos como Olimpíadas e Copa.
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