Diferentes regiões de SP têm potencial eólico, diz estudo
MARIA CRISTINA FRIAS
FOLHA DE SP - 21/08/11
As características do potencial de energia eólica do Estado de São Paulo serão conhecidas com mais detalhes por investidores do setor a partir de novembro, quando um atlas eólico elaborado pela Bioenergy será lançado pela Secretaria de Energia.
O estudo deve mostrar que o fator de capacidade bruto do Estado é de 35% a 40%, segundo Sergio Marques, presidente da Bioenergy, que ainda não revela os municípios de maior potência.
"O fator de capacidade não está concentrado em poucos municípios. Está disperso."
Estados do Nordeste têm fator de capacidade que podem superar 50%.
Outra conclusão do estudo é que a capacidade de geração eólica paulista é semelhante à da Alemanha.
Já é possível conhecer a sazonalidade dos ventos. "No segundo semestre o vento é maior do que no primeiro."
Para o levantamento foram instaladas sete torres de medição, de cem metros. Durante um ano, o vento foi medido a cada 30 segundos.
Parte dos trabalhos foi desenvolvida em computadores na Dinamarca.
A elaboração do atlas em São Paulo pode contribuir para a atração de investidores, segundo Ricardo Simões, presidente da Abeeólica (associação do setor).
"Estados como Rio Grande do Norte, Bahia, Ceará e outros já estão mapeados. Dá segurança e informação ao investidor", afirma Simões.
"A oferta de informações sobre a fonte eólica no Estado pode atrair mais investimento a partir do ano que vem. A indústria do petróleo, que já é madura, tem muitas estatísticas"
RICARDO SIMÕES
presidente da Abeeólica
SILÍCIO DA ILHA
A Softplan/Poligraph, empresa de softwares de gestão de Santa Catarina, assina amanhã um contrato de R$ 23 milhões para a construção de sua nova sede.
Serão duas torres com 15 mil m2 para escritórios e áreas de pesquisa. A sede deve ser inaugurada em 2015.
O prédio ficará em Florianópolis, no Sapiens Parque, um polo tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina em parceria com o governo do Estado.
O projeto para implantação do parque é de US$ 1,6 bilhão. A instalação completa deve levar até 20 anos.
Hoje, três anos após seu lançamento, o polo tem 5% de sua área ocupada.
São dez empresas privadas em atuação, além de quatro centros de pesquisa ligados à universidade, à Petrobras e ao Ministério da Saúde.
Até agora, R$ 315 milhões foram aplicados no parque.
SEM CHÁVEZ
O ministro Alexandre Padilha, da Saúde, que deve assinar, no final de setembro, acordo de cooperação bilateral com Cuba para que o Brasil incorpore tecnologia de medicamentos contra câncer, proporá investimentos para que aquele país aumente a produção de remédios de interesse do Brasil.
O governo federal gasta cerca de R$ 2,5 bilhões ao ano com a importação de medicamentos contra câncer para o SUS. Laboratórios brasileiros como Bio-Manguinhos da Fiocruz, Eurofarma e Libbs estudam a possibilidade de firmar oito PPPs com Cuba.
Há em análise outros 50 projetos em áreas como terapia celular, neurociência e nanobiotecnologia.
Os acordos, até onde se sabe, não incluem o tratamento contra o câncer do presidente Hugo Chávez, da Venezuela, que vem sendo feito no país de Fidel.
Cai o ritmo de crescimento da arrecadação em São Paulo
A arrecadação tributária do governo estadual de São Paulo continua positiva, mas a taxa de crescimento caiu, segundo o secretário da Fazenda, Andrea Calabi.
A arrecadação alcançou R$ 8,97 bilhões em julho, com queda de 1% em relação a junho e alta de 9,4% ante o mesmo mês de 2010.
Como o ano de 2009 havia sido ruim, em razão da crise, dados de 2010 indicaram alta significativa. A taxa de crescimento, porém, vai caindo no acumulado de sete meses de 2011.
No acumulado do ano, a arrecadação soma pouco mais de R$ 68 bilhões. Em comparação com os sete primeiros meses de 2011, o crescimento nominal foi de 10,8% e o aumento real, considerando o IPCA, foi de 4,1%. Pelo IGP-DI, a alta foi de 0,5%.
"A taxa de crescimento real da arrecadação de São Paulo se aproxima da taxa real do PIB e a nominal, de 10,8%, da renda nominal do PIB", diz o secretário da Fazenda.
O que se destaca nos números é o crescimento da arrecadação de ICMS sobre importação de cerca de 15% em termos reais.
"É indicação de desindustrialização", afirma. "Ocorre uma 'desverticalização'. Por exemplo, na produção de automóveis, que continua, mas com muito menos fornecedores nacionais de peças. Parte delas é importada."
TERCEIRA IDADE CHINESA
O Brasil é um dos quatro países que apresentarão maior crescimento no número de pessoas com mais de 65 anos até 2030, de acordo com levantamento da consultoria britânica Hays.
Em 20 anos, haverá 16,2 milhões a mais de brasileiros idosos, segundo a pesquisa.
A alta no número de pessoas nessa faixa etária será maior apenas na China, na Índia e nos Estados Unidos.
Com o crescimento, daqui a duas décadas, a quantidade de brasileiros acima de 65 anos será proporcional a 19,7% da PEA (População Economicamente Ativa).
Em 2030, o Japão será o país com a maior quantidade de idosos em relação à PEA, com 52,8% do total.
A consultoria analisou os dados de 25 países.
BRINQUEDOTECA
A rede de lojas de brinquedos Pbkids vai investir R$ 19 milhões para abrir oito unidades em shoppings.
Até o final desse ano, serão inauguradas as lojas do Mooca Plaza Shopping, em São Paulo, com 700m2, e do ParkShopping São Caetano, com 881m2.
Outros pontos de venda serão abertos até 2013 em São Paulo, na Bahia, no Paraná e no Rio de Janeiro.
A empresa tem hoje 56 lojas. Dessas, apenas seis são de rua. "Precisamos de um fluxo alto de clientes, por isso sempre trabalhamos com shoppings. Além de não ter que se preocupar com a segurança", diz o diretor da empresa, Celso Pilnik.
Em 2010, a Pbkids faturou R$ 234 milhões. Pilnik planeja crescer entre 15% e 20% ao ano nos próximos cinco anos.
CONSUMO DESENFREADO
A loja de decoração Benedixt, de São Paulo, começou a vender a coleção Madam Rubens, do designer alemão Frank Willems.
São bancos, pufes e cadeiras, feitos com resíduos de colchões emborrachados, que aguentam até 80 quilos.
As peças são conceituais. Por isso, a marca não recomenda um uso excessivo.
A cadeira de Willems custa R$ 7.487.
A Tramontina completa cem anos e coloca à venda facas Damaski de uma edição limitada a 500 unidades.
A faca é fabricada em lâmina de aço Damasco, um dos metais mais resistentes, e o cabo é produzido artesanalmente em madeira e detalhes em osso. São dois modelos do produto, de seis e oito polegadas (R$ 1.995).
A marca francesa de panelas de ferro Le Creuset vai abrir sua primeira loja própria na América Latina, em Brasília (DF).
A unidade comercializará 350 itens de sua coleção.
O preço da panela de 24 centímetros é R$ 840.
Nos próximos três anos, a companhia pretende inaugurar outras lojas em Santiago, Rio de Janeiro, Buenos Aires, São Paulo e Bogotá.
com JOANA CUNHA, VITOR SION e LUCIANA DYNIEWICZ
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