quarta-feira, abril 13, 2011

RENATA LO PRETE - PAINEL


Atalho tucano
RENATA LO PRETE
FOLHA DE SÃO PAULO - 13/04/11

Diante da incerteza que ronda o leilão do trem-bala, o governo de São Paulo considera retomar o projeto do Expresso Bandeirante, ligação ferroviária rápida entre a capital e Campinas. Geraldo Alckmin avalia que, se o TAV custar a prosperar, será necessário apresentar alternativa de conexão com o aeroporto de Viracopos. Orçada em R$ 3,5 bi, a obra transportaria até 55 mil passageiros/dia num trajeto de 92 km.
À diferença de José Serra, crítico contundente do modelo concebido pela ANTT, Alckmin se diz pronto a cooperar com o trem desenhado pela agência federal, cujo traçado corta o Vale do Paraíba, seu reduto.
W.O. Palco de ataques da oposição ao trem-bala, a audiência pública realizada ontem no Senado foi ignorada por governistas, incluindo Marta Suplicy (PT-SP), relatora da medida provisória a ser votada hoje em plenário. Ciente de que o texto passará sem dificuldades, tucanos já engatilham uma ação para contestá-lo no Supremo.

Inflação

Um observador contou quatro "ministeriáveis da Fazenda" com Dilma em Pequim: Nelson Barbosa, atual número dois da pasta, Luciano Coutinho (BNDES), Fernando Pimentel (Desenvolvimento) e Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia). Guido Mantega, o ministro, permaneceu no Brasil.

Next 

No encontro entre a presidente e seu colega Hu Jintao, foi acertado que em maio virá ao Brasil uma missão com cerca de 300 empresários chineses, liderados pelo ministro do Comércio, para prospectar negócios.

Vamos lá! 

A diferença de fuso castiga o estafe brasileiro, que adoraria ter a manhã de hoje para descansar. Mas Dilma, embora cansada também, resolveu manter a visita à Cidade Proibida.

Lipo 
Por determinação da presidente, a comitiva brasileira, que de início teria cerca de 90 pessoas (fora os empresários), foi reduzida para o patamar de 60.

Fora do ar 
Em reunião de Paulo Bernardo (Comunicações) com integrantes das comissões de Ciência e Tecnologia do Senado e da Câmara, ficou acertado que o ministério irá elaborar regras mais rígidas para concessões de rádio e TV, depois que reportagens da Folha revelaram emissoras registradas em nome de "laranjas". Até lá, os congressistas se comprometem a não aprovar outorgas que contrariem os novos padrões desejados.

Abafa o caso 

Ciente de que sua decisão de afrouxar o controle de ponto dos funcionários pega mal com o público externo, José Sarney (PMDB-AP) pediu pressa à comissão que prepara a eternamente adiada reforma administrativa do Senado. O prazo estipulado era junho.

Dupla jornada
A nova direção do PSDB paulistano cederá a secretaria-geral aos vereadores, mas não encontra nomes que possam se dedicar integralmente ao cargo, já que toda a bancada deve disputar a reeleição.

Caiu 

Barros Munhoz, presidente da Assembleia paulista, levou um tombo e passou por pequena cirurgia no nariz, que o afastou da Casa.

Visitas à Folha Paulo 

Renato Souza (PSDB), ex-ministro da Educação e diretor da PRSouza Consultores, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço.

Maria Cristina Cescon, Roberto Barrieu e Marcos Rafael Flesch, advogados sócios do escritório Souza, Cescon, Barrieu & Flesch, visitaram ontem a Folha. Estavam com Cassio Namur, diretor de Comunicação, e Andréa Silva, assessora de imprensa.
com FABIO ZAMBELI e ANA FLOR

tiroteio

"Em vez de demitir, por preconceito, alguém que cumpria suas obrigações, o governador deveria se preocupar com as verdadeiras e inúmeras imoralidades do funcionalismo."
DO DEPUTADO DR. ROSINHA (PT-PR) sobre Beto Richa (PSDB), que afastou Valter Pagliosa, ator em filme de conteúdo erótico, do Instituto Ambiental.

tiroteio

Num lugar distante


Em episódio narrado no recém-lançado "Fragmentos de uma Vida", de Ignácio de Loyola Brandão, Ruth Cardoso resolveu dar uma bolsa de presente a uma amiga com quem passeava em Genebra. Ao ouvir as duas falando português, a vendedora se apresentou:
-Sou de São Paulo. E as senhoras?
-Nós também, mas moramos em Brasília.
-Brasília? Mas por quê? É um lugar horrível!
-Moramos lá porque nossos maridos trabalham lá.
A amiga da então primeira-dama tratou de explicar:
-O marido dela é o presidente Fernando Henrique.
- Não sei, sabe? Estou fora há muito tempo...

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