sexta-feira, abril 01, 2011

ILIMAR FRANCO

Dominó
ILIMAR FRANCO
O GLOBO - 01/03/11

Os senadores do PMDB não tratam mais de cargos no governo Dilma Rousseff antes que sejam resolvidos os casos dos ex-senadores Hélio Costa (MG) e José Maranhão (PB). Foi esse o recado que o ministro Palocci (Casa Civil) recebeu anteontem do líder Renan Calheiros (AL). Para o PMDB do Senado, sem resolver as prioridades, não dá para avançar no restante das posições.

Ligações perigosas

Estavam na conversa com Palocci, além de Renan Calheiros, Romero Jucá (RR) e José Sarney (AP). Eles disseram que era um desprestígio para o PMDB a não nomeação de Costa e de Maranhão. “O Hélio foi candidato a governador no segundo colégio eleitoral, Minas Gerais, onde a Dilma venceu. Não tem sentido nomear o (Fernando) Pimentel, que perdeu duas vezes, para o Aécio (Neves) e o Itamar (Franco), e não colocar o Hélio em lugar nenhum”, protestou Renan. Palocci explicou que Hélio Costa estava no limbo junto
à presidente Dilma por sua ligação com o deputado Eduardo Cunha (PMDB-MG) no caso de Furnas.

"O governo quer resolver, mas não encaixou uma solução” — Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, sobre as indicações prioritárias do PMDB

SPOT INFELIZ. O comercial de rádio veiculado pela Auditar, entidade dos auditores fiscais do TCU, segundo o ministro José Múcio, promove “um enfrentamento” quando pergunta: “O que você prefere: um nome técnico ou um indicado pela Câmara?” Múcio lembra que a Câmara já elegeu para o tribunal Aroldo Cedraz, quando este estava sem mandato, e que o Senado fez ministro um ex-secretário-geral da Mesa da Casa, Raimundo Carrero. “Eles deveriam articular e não provocar”, resume Múcio.

Explicação

A Auditar enviou nota em que nega “qualquer antagonismo com relação aos parlamentares”. A entidade diz que pretende apenas participar da escolha do futuro ministro do TCU, sugerindo um nome de origem técnica à Câmara dos Deputados.

O escolhido
O candidato dos auditores fiscais para a próxima vaga no TCU é o engenheiro mecânico Rosendo Severo dos Anjos. Servidor do tribunal desde 1990, ele trabalha há 18 anos como auditor de controle externo. Ele recebeu 43,6% dos votos.

Linha de crédito para mulheres
O governo Dilma vai lançar uma linha de crédito para mulheres, com juros mais baixos. Esse foi o último ato assinado por Maria Fernanda Coelho na presidência da Caixa Econômica. A ministra Iriny Lopes (Política para Mulheres) quer fechar acordo também com o Banco do Brasil. Para entrar em vigor, estados e municípios precisarão fazer convênios. O combate à feminização da pobreza é a principal bandeira do ministério.

Cadastro eleitoral
O governo de São Paulo pede o número do título de eleitor no cadastro da nota fiscal paulista, que devolve 30% do ICMS recolhido pelo estabelecimento a seus consumidores. A justificativa é “aumentar a confiabilidade do seu cadastro”.

Se a moda pega
O ministro Mário Negromonte (Cidades) levou para trabalhar na pasta a fiel assessora Maria da Costa, conhecida como “Wilma”. Mas ela continua recebendo salário pela Câmara, onde é comissionada. O salário do Executivo é mais baixo. 


 O CONSELHO de Administração da Eletrobras aprovou ontem a recondução do presidente da Eletronuclear, Othon da Silva. A presidente Dilma elogia sua postura no debate gerado pela crise nuclear do Japão. 
 NESTE MÊS passa a valer o reajuste do Bolsa Família. Desde que foi instituído, ele repassou R$ 67,6 bilhões. O benefício médio subirá de R$ 96 para R$ 115.
● O DIÁRIO OFICIAL publica hoje ato de criação do Ministério das Micro e Pequenas Empresas, vinculado à Presidência da República. Pela Lei de Diretrizes Orçamentárias, esse é o prazo final para a criação de cargos na administração federal.

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