Cautela
ILIMAR FRANCO
O GLOBO - 04/03/11
A tendência da presidente Dilma Rousseff é não fazer mudanças nos bancos do Nordeste (BNB) e da Amazônia (Basa) agora. A ideia é avaliar o desempenho dos atuais presidentes dessas instituições, Roberto Smith e Abidias de Sousa Júnior, respectivamente, durante este ano. Inicialmente, Dilma queria oxigenar principalmente o BNB, já que Smith está na presidência há oito anos. Mas ela não quer tomar uma atitude açodada.
Outros planos
A presidente Dilma Rousseff tem outros planos para o ex-ministro Geddel Vieira Lima e para o ex-governador José Maranhão (PB), indicados para as vice-presidências de Pessoa Jurídica e de Loterias da Caixa Econômica, respectivamente. Dilma quer nomes
técnicos no banco e vai realocar os peemedebistas em outros cargos. Os ministros Antonio Palocci (Casa Civil) e Luiz Sérgio (Relações Institucionais) farão nova rodada de conversas com o PMDB, depois do carnaval, sobre o segundo escalão. As nomeações
já foram adiadas duas vezes: esperaram a eleição do presidente da Câmara e, depois, a votação do salário mínimo.
CONTRA-ATAQUE. Além de ter subido o tom em relação ao prefeito Gilberto Kassab (na foto), dando como irreversível sua saída do partido, a cúpula do DEM vai pressionar agora cada deputado e senador que também pretenda deixar a sigla. A intenção é alertar para o risco da perda de mandato e dizer que a eventual saída não será nada amigável. O DEM pode perder de três a dez deputados federais, de um total de 46.
Anencefalia
O ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello concluiu seu voto sobre a permissão de aborto no caso de fetos sem cérebro. Agora só falta o presidente do Supremo, ministro Cezar Peluso, marcar a data do julgamento.
Fla x Flu
Os ministros do STF Luiz Fux, que tomou posse ontem, e Marco Aurélio Mello, ambos cariocas, são muito amigos, mas terão um tema de discórdia no Supremo. Fux torce para o Fluminense e Marco Aurélio é rubronegro de carteirinha.
Namoro
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) marcou nova conversa com as centrais sindicais, com exceção da CUT, após o Carnaval, para buscar pontos de convergência na pauta do Congresso e tentar parcerias nos estados governados por tucanos, como cursos de
qualificação profissional. Será mais uma fonte de irritação do Palácio do Planalto com o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP).
Reaproximação
A presidente Dilma Rousseff jantou na noite de anteontem com a cúpula do PCdoB. A relação estava um pouco estremecida desde a montagem do primeiro escalão do governo. “Ajudou a distensionar”, disse o líder Osmar Júnior (PI).
Sempre alerta
Como passará o Carnaval em Natal, a presidente Dilma brincou com o líder do P M D B , Henrique Alves (RN), que aproveitaria para sobrevoar a área do aeroporto de São Gonçalo do Amarante. Ele havia cobrado agilidade nas obras.
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