Os exportadores não estão otimistas com o pacote de apoio ao setor que o governo federal deve anunciar nos próximos dias. As propostas que estão em estudo pelos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento não devem atender às necessidades do setor, segundo a Abracex (Associação Brasileira de Comércio Exterior).
"Só uma ajuda ao exportador é pouco. As medidas que virão do governo devem ser na área cambial e em alguma linha de financiamento especial, mas a necessidade é de uma política industrial", afirma Roberto Segatto, presidente da Abracex.
Segatto lembra que, no passado, o país tinha uma política industrial comandada pelo Conselho de Desenvolvimento Industrial, que mantinha o Befiex -programa de incentivo fiscal às exportações-, que foi responsável pelo crescimento da indústria brasileira, mas extinto na década de 90.
A Abracex encaminhou ao governo na segunda-feira o resultado de duas pesquisas realizadas com cerca de 300 empresários do setor.
"O levantamento deixa claro que há necessidade do reaparelhamento do parque fabril brasileiro", diz Segatto.
Os principais requisitos apontados pela pesquisa foram: redução da carga tributária sobre a produção e financiamentos especiais para a remodelação do parque industrial.
As altas taxas, como Imposto de Importação, IPI, ICMS, e problemas para a obtenção do atestado de similaridade na Abimaq (associação dos fabricantes) foram apontados como os principais entraves para a importação de equipamentos.
SPA NO SHOPPING
O Shopping Cidade Jardim inaugura na última semana de março um spa de 2.400 metros quadrados, considerado pelo consultor e médico endocrinologista Filippo Pedrinola como o maior do gênero, localizado em empreendimento residencial, comercial e de escritórios. A JHFS investiu cerca de R$ 10 milhões no spa que fica no ponto de ligação entre o shopping e a ala residencial.
Com a mesma linguagem arquitetônica do restante do empreendimento, o novo spa terá todos os serviços convencionais, com mimos especiais. Casais poderão receber massagens juntos em camas duplas.
A ênfase será em tratamentos com água -"spa" vem de "salut per acqua"- e em técnicas de controle de estresse. "O foco do spa não está em comer pouco, mas em bem-estar e alteração de hábitos", diz o médico.
"O mais difícil é sensibilizar as pessoas das escolhas que fazem em seu estilo de vida." Para frequentar o spa, é preciso desembolsar uma taxa de adesão para não condôminos, de R$ 35 mil, e de R$ 350 ao mês para quem mora nos prédios do Cidade Jardim.
HISTÓRIA FINANCEIRA
José Carlos Grubisich, presidente da ETH Bioenergia, dedica-se a ler "The Ascent of Money", de Niall Ferguson
OS TRÊS MOSQUETEIROS
Chamou a atenção o encontro de anteontem após o evento com diretores do Banco do Brasil, em São Paulo. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, chegou no final e logo se reuniu com o presidente Lula e o ministro Guido Mantega. A ministra Dilma Rousseff conversou rapidamente com eles, mas não ficou na reunião.
Mais empresas investem em tecnologia
Apesar da crise econômica, as empresas se mostram mais dispostas a investir em ciência e tecnologia.
Segundo estimativas de especialistas e entidades de classe, no ano passado, cerca de 700 companhias se habilitaram no governo para usufruir dos benefícios fiscais da chamada "Lei do Bem", que prevê que todos os gastos com inovação tecnológica sejam deduzidos da base de cálculo do IR e da CSLL.
Os números oficiais relativos a 2009 só serão divulgados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia no final deste ano; entretanto, se confirmada, a projeção significaria elevação de 58% sobre 2008.
Para que a lei funcione ao máximo como incentivo, além de disseminada, ela precisa ser melhor explicada. "É essencial que haja amplo entendimento sobre as regras vigentes. Ainda há alguns pontos que geram interpretação dúbia. Por exemplo, quando há um instituto de pesquisa terceirizado, não se sabe exatamente de quem é o direito de descontar da tributação os desembolsos", diz Susy Hoffmann, diretora da Fiesp.
Inadimplência recua em todos os bairros de São Paulo
A inadimplência caiu em todos os bairros da cidade de São Paulo no mês passado.
Segundo levantamento da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), a maior queda foi na região da Vila Maria (zona norte), onde o número de pessoas incluídas no SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) foi 11,3% menor que em fevereiro do ano passado.
A região de Pinheiros (zona oeste) é a que tem a maior dívida per capita, de R$ 3.668,62.
Na média dos bairros, a retração da inadimplência em fevereiro foi de 7,5% na cidade.
"A tendência é de queda. O resultado do mês passado foi positivo. Menos gente entrando no SCPC, com volume maior de crédito", diz Marcel Solimeo, economista-chefe da ACSP. Neste mês e em abril, porém, a inadimplência deve ter um repique na comparação com os meses anteriores, devido aos reflexos das compras de Natal, diz o economista.
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