O ESTADO DE SÃO PAULO - 17/02/10
Estava tudo organizado para a chegada de José Serra ao camarote de Sérgio Cabral na Sapucaí quando chegou a notícia: ele não iria mais. "Disseram que está com sinusite", explicou uma assessora. Entre os convidados, todos dilmistas roxos, ninguém pareceu frustrado - e alguns começaram a treinar o debate dos palanques.
Carlos Minc, por exemplo: "Acho que ele nem foi chamado e meio que se insinuou para aparecer aqui. Faria falta se fosse um grande sambista. Não é o caso."
Cabral confirmou que esperava o colega paulista, mas evitou comentar. Quem engrossou a onda foi seu vice, Luiz Pezão, com mais ironias: "Aquela animação toda, sem dúvida, vai fazer muita falta na Sapucaí."
Sem tango
Sem divas ou notáveis da noite anterior, o destaque da segunda, no camarote de Cabral, foi o "mangueirense de carteirinha" Daniel Scioli, governador de... Buenos Aires. "Torço pela Mangueira. É onde está a mulher do Cabral."
Bons amigos?
Que Paola Oliveira, que Rita Guedes, que nada. Gerard Butler, o "barbudo" que teve de cancelar propaganda para a Gilette, saiu da Sapucaí, na segunda, na maior das discrições.
Com uma morena anônima.
Recuerdos
Duas noites na Sapucaí, festa com performance no píer Mauá, e Paris Hilton foi embora bem-humorada.
No Twitter, resumiu: teve no Rio "the best of the times".
Balada + pedalada
Da Sapucaí, Robinho mandou aviso à CBF, a torcedores e jornalistas: quer a seleção, sim, mas não pretende mudar sua rotina festeira.
"Isso não atrapalha meu desempenho", garantiu.
De passagem
Paulo Octávio mereceu cartaz poético de um bloco de Brasília: "Que seja interino enquanto dure".
Joãosinho do DF
Na barulheira geral da Sapucaí, aguardando diminuir o tumulto para ir ao camarote da Grande Rio, Joãosinho Trinta contou seus planos: está morando e trabalhando em Brasília. "Lá eu já sou cidadão honorário, sabia? Agora o que quero é trabalhar para o carnaval do Distrito Federal."
Não esconde que está "muito sentido" pelo modo como foi excluído da Beija-Flor, no ano passado. Mas não se diz magoado com a escola, para a qual ajudou a obter verbas junto ao governador José Roberto Arruda - que corre risco de impeachment e viu o carnaval de sua cela na Polícia Federal, em Brasília.
"Eu só tentei ajudar", defendeu-se. "Mas fui excluído daquele jeito... A comissão me afastou do meu próprio projeto de trabalho."
Vovó viu a uva
Mistério que sobrou do carnaval do Anhembi: havia um jogador a mais - doze, no total - no carro da Gaviões em que cada um representava uma letra da palavra "Corinthians".
Mano Menezes foi para o banco, sem saber quem, no comando, escalou errado.
"Tento acreditar que sou deus"
Na ausência de estrelas internacionais, sobrou para Jesus Luz o papel de grande atração da segunda à noite, no camarote da Brahma na Sapucaí. Quando começou a discotecar na festa, todos pararam de dançar... e se puseram a fotografar. Depois do show, o namorado de Madonna recebeu a coluna em seu camarim.
O que acha que a Madonna viu em você? Ninguém melhor que ela para responder. Mas você quer saber minha melhor qualidade, é isso? Acho que a minha transparência.
Qual seu maior aprendizado ao viver com ela? Vamos mudar um pouco de assunto.
Como reage quando dizem que foi lançado na mídia por ser namorado dela? Se as forças do universo conspiraram a meu favor para eu estar aqui ou ali, a gente não tem que discutir. Cada um conquista o que pode. Não entro nessa de "isso é maior que eu e eu não poderia estar aqui". A gente pode estar em qualquer lugar.
Não se deslumbra com nada? Quando estou no palco e todos gritam meu nome, eu me sinto grande. Mas sei que não é bom. É um constante treinamento para manter a cabeça no lugar.
E como lida com as críticas? Ignoro tudo e foco apenas no meu trabalho. Se eu me basear nelas, deixo de ser eu mesmo.
Imagens suas com Mercy, filha da Madonna, no colo já correram mundo. Você se dá bem com a menina?Sim, muito. Ajudei a criar meus irmãos mais novos. Quando for o momento próprio vou querer ter filhos. Por mim, adotaria vááários bebês.
Madonna já levantou no Brasil US$ 12 milhões para a ONG SKF. Os empresários daqui lhe parecem generosos? É maravilhoso. Eu já esperava isso. O povo brasileiro tem o coração generoso e é muito open-minded.
Pretende, no futuro, engajar-se em causas sociais? Sim. Já toquei em SP em prol do Haiti, fiz desfile de caridade em NY. Quero construir algo com meu próprio dinheiro.
Mais do que dançar, hoje as pessoas queriam te fotografar. Como é isso? Ah, eu gosto de foto, de dar atenção ao público. É uma maneira de retribuir o carinho que têm por mim.
Estuda a cabala? Estudo de tudo, mas não sou nem cabalista, budista, cristão, nem macumbeiro. Não tenho religião. O que vier de conhecimento eu tento absorver.
Como define sua relação com Deus? Natural. Tento acreditar que eu sou Deus e que Deus sou eu.
E como é ser Jesus? Não sou puro nem santo. Tenho os defeitos comuns. Mas todos temos que lutar contra nossas trevas. Meu maior defeito é ser muito ansioso.
E essa marquinha na bochecha? Eu e uma tia três anos mais velha vivíamos brigando muito quando crianças. Um dia ela me arranhou e a marca ficou para sempre.
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