FOLHA DE SÃO PAULO - 17/02/10
Rússia cede e se une à pressão sobre o Irã, noticia a Reuters -e o israelense "Haaretz" acrescenta que Moscou adiou a entrega de um sistema antiaéreo a Teerã. E a secretária Hillary Clinton já estava ontem na Arábia Saudita, para o país pressionar a China a fazer o mesmo. Falou em "corrida armamentista", no destaque do "New York Times".
Enquanto isso, manchete na Folha Online, o presidente Mahmoud Ahmadinejadi defendeu em coletiva a "mediação do Brasil". Segundo a Efe, ele citou "o povo e o governo do Brasil" entre os "muitos amigos interessados em ajudar e que buscam a paz". A agência espanhola registrou que o chanceler Celso Amorim confirmou a viagem de Lula, em maio.
No dia anterior, a chanceler da União Europeia, Catherine Ashton, em agências como a alemã DPA, já havia declarado que o Brasil pode representar "papel chave" na solução da disputa.
VOLCKER E A DEMOCRACIA
Em entrevista a Fareed Zakaria, autor de "O Mundo Pós Americano", o economista Paul Volcker, assessor de Obama, pouco falou de seu projeto de maior controle do sistema financeiro. "A crise que mais me preocupa é a crise de governança. Nós temos a capacidade de desenvolver e implantar programas? Isso vai determinar a confiança nos EUA e na liderança americana". Questionado se ele se referia à incapacidade do próprio "sistema democrático", respondeu: "Sim. Mas, você sabe, não tem outro país que vá liderar. Não vejo ninguém".
Na alemã "Der Spiegel", por outro lado, longo artigo confrontou as duas potências econômicas, sob o título "China tem um plano. América, não".
cnn.com/video
O ex-presidente do Fed fala ao programa "GPS"
BRASIL VS. CHINA
O "Wall Street Journal", em coluna, fez uma comparação entre Brasil e China, a partir de uma declaração do investidor Mark Mobius -de que a economia do "gigante latino-americano" seria "mais sustentável" do que a chinesa, pela autossuficiência em commodities como o petróleo. Acrescentando até dados demográficos, o "WSJ" concordou que as perspectivas são melhores para o Brasil.
CONFIANÇA
A Reuters, em sites como "NYT", divulgou pesquisa em 23 países que realizou com o Ipsos, sobre a confiança pós-crise financeira. Índia e China lideram, com 79% e 78% de confiantes, respectivamente. O Brasil aparece em sexto, com a Alemanha: 52% confiantes e 46% preocupados. Em último, o Japão.
A QUALQUER HORA
Jim O'Neill, que vislumbrou os Brics, declarou em entrevista à Bloomberg, sobre a China: "Tenho a opinião muito forte de que eles estão próximos de mudar sua taxa de câmbio. Algo está fermentando. Pode acontecer a qualquer momento". Ecoou por "Financial Times" etc.
Acrescenta O'Neill: "Eles precisam fazer algo para conter a economia e lidar com as consequências inflacionárias. Quanto mais fizerem -e mais rapidamente- melhor".
CÚPULA BRIC
A agência chinesa Xinhua entrevistou o embaixador Roberto Jaguaribe, que prepara a cúpula dos Brics para abril, no Brasil. Segundo ele, que passou nas últimas semanas por Rússia, Índia e China, o encontro priorizará, de novo, os temas financeiros.
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