sábado, fevereiro 06, 2010

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Sucroalcooleiro contrata presidentes no Brasil

FOLHA DE SÃO PAULO - 06/02/10


A internacionalização do setor sucroenergético brasileiro provocou uma acirrada disputa por presidentes e diretores no país nos últimos meses.
Empresas de recrutamento para altos cargos têm sido procuradas por fundos e companhias estrangeiras do agronegócio, em busca de executivos aptos a colaborar em fusões e aquisições.
O fenômeno é comum em setores em que há empresas familiares e que passam por um rápido processo de internacionalização, segundo especialistas. A procura parte de empresas estrangeiras e brasileiras associadas a estrangeiras que chegaram recentemente ao país ou de grandes fundos de investimento interessados em distribuição internacional, segundo Luiz Carlos Cabrera, sócio da Amrop Panelli Motta Cabrera, especializada no setor.
O candidato a presidente ideal deve ser brasileiro e conhecer, além da cultura de gestão no país, o sistema de distribuição na Europa e nos EUA. Há ainda demanda por um diretor de logística internacional, segundo Cabrera, que atualmente está finalizando a contratação de um profissional para esse cargo.
Nos últimos três meses, a Michael Page começou seis projetos para contratação de presidentes e diretores no setor, diz Fernando Andraus, da Michael Page no Brasil. "Não se traz um americano para tocar uma usina de álcool no Brasil porque a tecnologia e as práticas de gestão são diferentes", afirma. A Robert Half deve fechar em breve a contratação de um presidente para uma empresa que atua no setor.

LUCRO NA MESA
De olho no filão corporativo, um restaurante no Rio tem uma nova receita para o velho almoço de negócios.
Quando o empresário Felipe Gilaberte resolveu abrir uma casa na cidade, pensou em tudo que poderia ajudar executivos a ter sucesso no fechamento de negócios durante as refeições.
Ele e seus três sócios investiram R$ 1,5 milhão no restaurante La Fiducia, em Copacabana, para oferecer diversos mimos à clientela formada por executivos.
"A casa que quiser entrar nesse nicho de mercado deve ter alguns pré-requisitos essenciais", afirma Gilaberte, que tem experiência de 18 anos em hotelaria.
Para o empresário, um bom almoço de negócios tem de ser em uma mesa redonda, para que os executivos se vejam, olho no olho, e com uma distância mínima de 80 centímetros entre uma mesa e outra.
Além disso, é indispensável uma boa acústica, para evitar que se fale alto, internet Wi-Fi de alta velocidade, tomadas perto das mesas e ambiente exclusivo e privativo. Cortinas também são recomendadas, para que os clientes não sejam vistos da rua, na opinião de Gilaberte.
Os donos não esquecem do fundamental em um restaurante de prestígio. "Uma boa comida e um bom vinho também ajudam", diz o empresário.

CARBONO
A Nossa Caixa Desenvolvimento vai lançar nos próximos meses uma linha de financiamento para as empresas reduzirem suas emissões de carbono. Será voltada para pequenas e médias companhias. O valor da linha supera R$ 500 milhões.

EM OBRAS
Até junho, a Construtora Serpal, do Grupo Advento, deve entregar 17 empreendimentos no país, além da fábrica do laboratório Cristália.

NO SAMBA
Mais de 50 empresários e investidores estrangeiros de 20 países irão visitar o parque industrial brasileiro durante o Carnaval. O grupo vai conhecer fábricas, lojas e polos produtivos de vários setores, como têxtil, de tecnologia da informação, vinhos, produção publicitária, franquias e cosméticos. Cinco Estados brasileiros estão previstos no programa organizado pela Apex-Brasil: Rio, São Paulo, Minas, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

PERNAS, PRA QUE TE QUERO

Meia fina. Sim ou não?


Meias trabalhadas, que aparecem em algumas coleções, ajudam a compor o figurino da executiva. "É um adereço que dá conforto ao usar sapatos e fica elegante com uma saia na altura dos joelhos", diz Rosângela Lyra, da Dior. "Não deve ser cheia de detalhes. O foco tem de estar no trabalho, não nas pernas." Os crus, as cores claras são próprias para o verão; no inverno, variações do cinza. A mulher brasileira costuma seguir a moda a qualquer custo, segundo Lyra. "Recomendo vestir apenas o que a favorecer", afirma. A grife suíça Fogal criou um modelo de fios que facilitam a passagem do ar, desenvolvido para os dias mais quentes, e uma versão superfina, antiderrapante, para ser usada com sandálias, em cores que variam do champanhe ao preto. Uma peça custa cerca de R$ 120.

com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK

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