FOLHA DE SÃO PAULO - 27/01/10
Ontem no "New York Times", alto da home page, "Conforme a China cresce, cresce também o conflito econômico com o Ocidente". A análise, enviada de Davos, estabelece que "a China não é mais emergente: ela emergiu -mais cedo e mais assertivamente do que se esperava antes da crise". A PwC, por exemplo, já "prevê que a China vai tomar o lugar dos EUA como maior economia do mundo em 2020".
Em Davos e pelo mundo "você ouve mais e mais pessoas falando sobre um Consenso de Pequim". Mas o que seria, "exatamente", questiona o jornal, para responder apontando "maior envolvimento estatal na gerência econômica" ou pelo menos "controle do mercado de capitais, que reaparece até em países abertos como o Brasil". Por fim, "alguns sugerem que a falta de democracia é uma vantagem para realizar mudanças necessárias, mas impopulares".
PRÓ-CHINA
Em oposição aos ataques do Google e de Hillary Clinton à China, Bill Gates, da Microsoft, falou à rede ABC que a censura on-line lá é "limitada". E "você tem que decidir se quer obedecer ou não às leis dos países onde está"
APÓS UM ANO
Também à ABC, Obama deu longa entrevista sobre um ano de governo e respondeu: "Eu preferiria ser um presidente muito bom de um só mandato do que um presidente medíocre de dois mandatos"
G20 INFORMAL
O canal financeiro CNBC registrou ontem, de Davos, que o Fórum Econômico Mundial deve falar muito em BIC (Brics, sem o R de Rússia), diante da perspectiva este ano de uma "recuperação global em duas velocidades", emergentes à frente dos ricos. No título do "Wall Street Journal", "Davos dá boas-vindas às economias emergentes no palco".
Em reportagem à parte, o "NYT" diz que o evento se transformou num "G20 informal", com "as potências em ascensão do mundo como a China, a Índia e o Brasil". Destaca, entre os líderes que devem falar esta semana, Lula e o sul-africano Jacob Zuma.
NOVA ORDEM
A Reuters Brasil destacou, do porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach, que Lula defenderá em Davos, onde recebe o título de Estadista Global na próxima sexta-feira, "a reforma do sistema financeiro, a conclusão da Rodada Doha e uma reforma abrangente da ONU". Esta última, "para mantê-la no centro da ordem mundial".
ALÉM DE DEMÔNIOS
Na home da Agência Brasil, que cobra extensivamente o Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, o economista Paul Singer, secretário de Economia Solidária, saiu em defesa do concorrente Fórum Econômico. "Davos não é uma reunião de demônios. Também tem diferenças internas. Tem muita gente boa lá no meio, inclusive da economia solidária."
E ESQUERDISTAS
Ontem, no topo das buscas de Brasil pelo Yahoo News, despachos das agências, desde Porto Alegre, com enunciados genéricos como "Ativistas do Brasil denunciam ganância das corporações" ou "No Fórum Social, esquerdistas batem no capitalismo". Associated Press e outras seguem descrevendo como mero "contraponto ao Fórum Econômico Mundial".
NO AR
José Serra surgiu no "JN" instruindo que "quem estiver numa moradia que vai desabar tem que sair dela, panra um abrigo da prefeitura, para uma casa de parentes ou aproveitando a bolsa ou o auxílio moradia para alugar uma casa". Na manchete do portal G1, também da Globo, naquele momento, "Lula dá quase R$ 1 bi a atingidos por catástrofes no Brasil e Haiti".
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