NELSON DE SÁ
FOLHA DE SÃO PAULO - 31/08/09
Na manchete global, nos sites do "Asahi Shimbun" ao "Financial Times", do "China Daily" ao "New York Times", a vitória por "avalanche" da oposição no Japão, abrindo uma "nova era".
O Partido Democrático, de "centro-esquerda" segundo "FT" e "CD", "coalizão de socialistas e dissidentes" segundo o "NYT", promete independência dos EUA e proximidade dos vizinhos asiáticos. "Inclusive China", notou o jornal chinês.
Entre outras mudanças, avisa o "NYT", pode levar à realocação da base dos EUA em Okinawa e ao fim do abastecimento japonês dos navios americanos no Oriente Médio. Para Daniel Sneider, da Universidade Stanford, "é o que acontece quando se tem um governo que precisa responder à opinião pública".
O "Asahi Shimbun" diz que o futuro primeiro-ministro já deve comparecer ao G20 no fim de setembro.
ASCENSÃO E QUEDA DO DÓLAR
Paul Kennedy, professor de Yale e autor de "Ascensão e Queda das Grandes Potências", escreveu no "NYT" sobre "O destino do dólar" e o "debate tão interessante" que foi detonado pelo G20 e pelo encontro dos Brics, "uma coalizão de Estados em ascensão".
Cita argumentos favoráveis e contrários às alternativas cambiais, para fechar citando o italiano Antonio Mosconi, que avalia a crise como "o último espasmo do papel internacional do dólar". Com ironia, Kennedy anuncia a diversificação de seu portfólio de investimentos, por segurança.
BRIC ACELERADO
A estatal alemã Deutsche Welle deu longa reportagem, destacada no UOL, dizendo que a "Crise acelera a predominância dos Brics".
Em suma, "Brasil, Rússia, Índia e China, os emergentes reunidos sob a sigla Bric, podem se tornar a locomotiva de novos impulsos para a economia mundial" e, segundo economistas de corporações alemãs, "a crise parece acelerar ainda mais o processo".
CRISE EXAGERADA
Armínio Fraga, hoje na Bovespa, diz à Dow Jones que "o Brasil pode ficar orgulhoso do modo como conduziu a saída do aperto no crédito".
Por outro lado, reportagem especial, no alto do UOL, destacou que a "Indústria ganha fôlego e pode ter exagerado nas demissões", cortando 580 mil de novembro a março. Pior, "Após demissões, Embraer e Vale têm lucro, mas ainda não contratam".
CABO-DE-GUERRA
Ontem à tarde na manchete do G1, "Medida provisória está descartada para pré-sal". E da estatal Agência Brasil, "Marco regulatório do pré-sal terá pedido de urgência". Eram informações protocolares do ministro de Energia, com detalhes sobre o anúncio de hoje.
Já noite adentro, na manchete da Folha Online, "Lula discute os royalties do pré-sal com os governadores do Sudeste". E no mesmo G1, "Lula e governadores iniciam reunião sobre royalties do pré-sal". Até o fechamento, nada de novo, por sites, blogs, Twitter.
Antes do jantar, José Serra, segundo Kennedy Alencar na Folha Online, afirmava poder mudar a lei novamente -e por medida provisória- se eleito presidente.
Na agência Associated Press, no topo das buscas de notícias do Brasil, "O presidente brasileiro deve propor uma nova legislação para dar à estatal de petróleo maior controle sobre as novas descobertas, mas as medidas já têm a oposição de três governadores-chave".
"CRAZY"
Da Unasul, no "Washington Post", "Líderes sul-americanos atacam acesso a bases colombianas", com foto de protesto. No "NYT", "Líderes criticam Colômbia sobre pacto militar". No espanhol "El País", único com enviado à Argentina, "Brasil freia o choque entre Caracas e Bogotá" e "teve que ser o presidente Lula, inspirador da Unasul, a dar um soco na mesa". A "Foreign Policy" se perguntou depois, em blog, "Por que as cúpulas latinas são tão malucas?"
"CHILD"
Em perfil no sábado, o "NYT" saudou como a "Filha da Amazônia balança a política de um país". Ouviu ONGs americanas e destacou que "sua história pode servir de inspiração aos brasileiros em busca de um presidente para o lugar de Lula"
O PRÓXIMO
O "WSJ" destacou que Steve Jobs desenvolve "tablet" para reunir celular e laptop -com vistas também a livros e jornais. Imagens já se espalham por blogs tipo Gizmodo, citando protótipos na China
Na manchete global, nos sites do "Asahi Shimbun" ao "Financial Times", do "China Daily" ao "New York Times", a vitória por "avalanche" da oposição no Japão, abrindo uma "nova era".
O Partido Democrático, de "centro-esquerda" segundo "FT" e "CD", "coalizão de socialistas e dissidentes" segundo o "NYT", promete independência dos EUA e proximidade dos vizinhos asiáticos. "Inclusive China", notou o jornal chinês.
Entre outras mudanças, avisa o "NYT", pode levar à realocação da base dos EUA em Okinawa e ao fim do abastecimento japonês dos navios americanos no Oriente Médio. Para Daniel Sneider, da Universidade Stanford, "é o que acontece quando se tem um governo que precisa responder à opinião pública".
O "Asahi Shimbun" diz que o futuro primeiro-ministro já deve comparecer ao G20 no fim de setembro.
ASCENSÃO E QUEDA DO DÓLAR
Paul Kennedy, professor de Yale e autor de "Ascensão e Queda das Grandes Potências", escreveu no "NYT" sobre "O destino do dólar" e o "debate tão interessante" que foi detonado pelo G20 e pelo encontro dos Brics, "uma coalizão de Estados em ascensão".
Cita argumentos favoráveis e contrários às alternativas cambiais, para fechar citando o italiano Antonio Mosconi, que avalia a crise como "o último espasmo do papel internacional do dólar". Com ironia, Kennedy anuncia a diversificação de seu portfólio de investimentos, por segurança.
BRIC ACELERADO
A estatal alemã Deutsche Welle deu longa reportagem, destacada no UOL, dizendo que a "Crise acelera a predominância dos Brics".
Em suma, "Brasil, Rússia, Índia e China, os emergentes reunidos sob a sigla Bric, podem se tornar a locomotiva de novos impulsos para a economia mundial" e, segundo economistas de corporações alemãs, "a crise parece acelerar ainda mais o processo".
CRISE EXAGERADA
Armínio Fraga, hoje na Bovespa, diz à Dow Jones que "o Brasil pode ficar orgulhoso do modo como conduziu a saída do aperto no crédito".
Por outro lado, reportagem especial, no alto do UOL, destacou que a "Indústria ganha fôlego e pode ter exagerado nas demissões", cortando 580 mil de novembro a março. Pior, "Após demissões, Embraer e Vale têm lucro, mas ainda não contratam".
CABO-DE-GUERRA
Ontem à tarde na manchete do G1, "Medida provisória está descartada para pré-sal". E da estatal Agência Brasil, "Marco regulatório do pré-sal terá pedido de urgência". Eram informações protocolares do ministro de Energia, com detalhes sobre o anúncio de hoje.
Já noite adentro, na manchete da Folha Online, "Lula discute os royalties do pré-sal com os governadores do Sudeste". E no mesmo G1, "Lula e governadores iniciam reunião sobre royalties do pré-sal". Até o fechamento, nada de novo, por sites, blogs, Twitter.
Antes do jantar, José Serra, segundo Kennedy Alencar na Folha Online, afirmava poder mudar a lei novamente -e por medida provisória- se eleito presidente.
Na agência Associated Press, no topo das buscas de notícias do Brasil, "O presidente brasileiro deve propor uma nova legislação para dar à estatal de petróleo maior controle sobre as novas descobertas, mas as medidas já têm a oposição de três governadores-chave".
"CRAZY"
Da Unasul, no "Washington Post", "Líderes sul-americanos atacam acesso a bases colombianas", com foto de protesto. No "NYT", "Líderes criticam Colômbia sobre pacto militar". No espanhol "El País", único com enviado à Argentina, "Brasil freia o choque entre Caracas e Bogotá" e "teve que ser o presidente Lula, inspirador da Unasul, a dar um soco na mesa". A "Foreign Policy" se perguntou depois, em blog, "Por que as cúpulas latinas são tão malucas?"
"CHILD"
Em perfil no sábado, o "NYT" saudou como a "Filha da Amazônia balança a política de um país". Ouviu ONGs americanas e destacou que "sua história pode servir de inspiração aos brasileiros em busca de um presidente para o lugar de Lula"
O PRÓXIMO
O "WSJ" destacou que Steve Jobs desenvolve "tablet" para reunir celular e laptop -com vistas também a livros e jornais. Imagens já se espalham por blogs tipo Gizmodo, citando protótipos na China
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