FOLHA DE SÃO PAULO - 10/06/09
BRASÍLIA - Quando Lula e outros políticos caminharam até o jardim para fumar, depois de um jantar anteontem aqui em Brasília, foi possível aferir de perto o atual poder político do presidente. Os 69% de aprovação que obteve no Datafolha exercem sobre alguns uma força de atração irresistível.
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) é um aguerrido oposicionista. Seu partido é anti-PT. Pois na conversa do jardim, o político goiano aproximou-se de Lula. Falou sobre a necessidade de união na disputa de 2010 pelo governo de seu Estado. Fez uma proposta de armistício para o presidente: "Com uma chapa forte do PT e outra nossa, podemos forçar a realização de segundo turno contra o Marconi Perillo, do PSDB".
Mas Lula, do alto de seus 69% de aprovação, não está para brincadeiras: "Nós vamos fazer uma chapa forte para ganhar já no primeiro turno". Encerrou a conversa.
Foi assim até o presidente deixar o local. Passava das 23h. O repertório de Lula foi amplo, variado. Reforma política? "Pelo jeito não se vota mais nada neste ano". Nova lei de imprensa? "Acho que precisa uma lei de responsabilidade". Entre uma opinião e outra, um político puxava o presidente de lado para falar algo em particular.
De todas as especulações para 2010, a popularidade perene de Lula parece ser a única consensual nas rodas políticas. Esse era o tom no jantar anteontem, entre políticos e jornalistas presentes, não importando se eram simpáticos ou não ao governo petista.
Se a anomalia do terceiro mandato não vingar, Lula será o segundo presidente eleito pelo voto direto que, desde 1960, passará a faixa a um sucessor escolhido da mesma forma. Fernando Henrique Cardoso foi o primeiro, mas estava com a popularidade em baixa.
O petista está inaugurando uma nova modalidade de transição. O prestígio está alto, e a oposição, perdida -às vezes, querendo aderir.
BRASÍLIA - Quando Lula e outros políticos caminharam até o jardim para fumar, depois de um jantar anteontem aqui em Brasília, foi possível aferir de perto o atual poder político do presidente. Os 69% de aprovação que obteve no Datafolha exercem sobre alguns uma força de atração irresistível.
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) é um aguerrido oposicionista. Seu partido é anti-PT. Pois na conversa do jardim, o político goiano aproximou-se de Lula. Falou sobre a necessidade de união na disputa de 2010 pelo governo de seu Estado. Fez uma proposta de armistício para o presidente: "Com uma chapa forte do PT e outra nossa, podemos forçar a realização de segundo turno contra o Marconi Perillo, do PSDB".
Mas Lula, do alto de seus 69% de aprovação, não está para brincadeiras: "Nós vamos fazer uma chapa forte para ganhar já no primeiro turno". Encerrou a conversa.
Foi assim até o presidente deixar o local. Passava das 23h. O repertório de Lula foi amplo, variado. Reforma política? "Pelo jeito não se vota mais nada neste ano". Nova lei de imprensa? "Acho que precisa uma lei de responsabilidade". Entre uma opinião e outra, um político puxava o presidente de lado para falar algo em particular.
De todas as especulações para 2010, a popularidade perene de Lula parece ser a única consensual nas rodas políticas. Esse era o tom no jantar anteontem, entre políticos e jornalistas presentes, não importando se eram simpáticos ou não ao governo petista.
Se a anomalia do terceiro mandato não vingar, Lula será o segundo presidente eleito pelo voto direto que, desde 1960, passará a faixa a um sucessor escolhido da mesma forma. Fernando Henrique Cardoso foi o primeiro, mas estava com a popularidade em baixa.
O petista está inaugurando uma nova modalidade de transição. O prestígio está alto, e a oposição, perdida -às vezes, querendo aderir.
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