CLÁUDIO HUMBERTO

“Estamos entrando em um momento nervoso da vida eleitoral”
PRESIDENTE LULA, LOGO ANTES DE NEGAR QUE O EVENTO QUE PARTICIPAVA ERA ‘ELEITOREIRO’

TCU PÕE O PAN 2007 NO BANCO DOS RÉUS
O Tribunal de Contas da União realiza nesta quarta-feira uma sessão extraordinária, fechada ao público, com o Comitê Organizador dos Jogos Pan-americanos, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, e representantes do Ministério do Esporte. O TCU quer passar a limpo as graves denúncias de superfaturamento de inacreditáveis 1.589% no Pan 2007, realizado no Rio de Janeiro.
SUPERFATURAMENTO
Os Jogos Pan-americanos tinham orçamento inicial de R$ 386 milhões, mas no final foram gastos mais de R$ 4 bilhões.
O GOVERNO TAMBÉM
A secretaria de assessoramento ao Comitê de Ações Governamentais do Pan, do Ministério do Esporte, também participa da sessão no TCU.
DE CAMA, NA MARRA
Sentindo dor de cabeça e mal-estar, Dilma Rousseff não foi ao factóide de ontem do PAC. Recebeu ordem de ficar repousando em casa, à tarde.
REAÇÃO AO TRATAMENTO
A ministra Dilma não se sentia bem desde a última quimioterapia, há dias. Os médicos dizem que a reação é comum entre os pacientes.
FRANÇA ELOGIA MILITARES BRASILEIROS
Apesar dos disparates do ministro Nelson “Jim das Selvas” Jobim (Defesa), virou unanimidade entre os leitores dos principais jornais franceses a atuação da Marinha e da Aeronáutica do Brasil na tragédia do voo 447. São só elogios pela rapidez e seriedade de nossos militares, ironizando a lentidão nas buscas do governo francês com mais recursos e equipamento moderno. Muitos agradecem, comovidos, aos brasileiros.
MINISTRO
Nelson Jobim, o incorrigível, na pressa de antecipar notícias, anunciou que mais dez corpos haviam sido encontrados. Na verdade eram
treze.
CARNAVAL FORA DE ÉPOCA
Prefeitos de todo País prometem invadir Brasília entre 14 e 16 de julho para protestar contra a queda nas receitas municipais.
COMPETÊNCIA
A melhor maneira de acompanhar o resgate dos destroços do voo 447 da Air France é pelo sensacional site da Força Aérea: www.fab.mil.br
PAPELÃO
Autor da emenda bajulatória do terceiro mandato, o deputado Jackson Barreto (PMDB-SE) é acusado de usar nomes de parlamentares que jamais assinaram a lista de apoio, como Fernando Nascimento (PT-PE).
BRIGA DE FACÇÕES
A facção “Mensagem do Partido”, uma das 17 que compõem o PT, vai indicar o deputado José Eduardo Cardozo (SP) para suceder Ricardo Berzoini na presidência petista. Suas chances são remotas.
ALGAZARRA CONTINUA
Após fazer apologia do uso da maconha e arranjar encrencas com meio mundo, o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) resolveu cutucar outra figura exótica: o encarregado de assuntos aleatórios, Mangabeira Unger.
DIFÍCIL TAREFA
O novo embaixador americano, Thomas Shannon, terá a missão de reverter a primazia francesa na venda de caças e submarinos ao Brasil. Os EUA acusam a França de não transferir tecnologia. Eles tampouco.
AQUELE DA VARETA
O tucano Papaleo Paes (AP) referiu-se ontem no Senado a Nelson Jobim (Defesa) como “aquele ministro que, com a vareta na mão, deu explicações técnicas sobre a queda do avião”. Ridículo aqui e na França.
LIXO QUE ENCANTA
Está na reta final a licitação para o lucrativo sistema de coleta de lixo do Distrito Federal. Sob contrato emergencial há três anos, a empresa Qualix apresentou proposta R$ 15 milhões superior à concorrência.
OS LOBOS DAS QUARTAS
O ex-ministro Delfim Netto chamava de “lobos das quintas” os boatos que circulavam em Brasília ao cair da tarde daquele dia. Com a paralisia do Congresso, os “lobos” agem às quartas, único dia da semana com presença total dos políticos. E, sem boatos, só com a dura realidade.
PUNIÇÃO PARA MENOR CRIMINOSO
Enquete no site do Senado sobre a redução da maioridade penal indica, até agora, que apenas 26,55% discordam disso. Do total, 43,50% defendem a redução para menos de 16 anos; e 29,94% para 16 anos.
SEAN NO STF
O Supremo Tribunal Federal deve decidir nesta quarta-feira se o garoto Sean será mesmo devolvido ao pai, o americano David Goldman.

PODER SEM PUDOR
MÃO-DE-VACA ESPERTO
Juscelino Kubitschek, José Maria Alkmin e Odilon Behrens, muito amigos desde cedo, fizeram um trato: quem morresse primeiro levaria no caixão 500 mil réis, uma fortuna na época, rateada pelos outros dois. No enterro de Behrens, JK confidenciou a Alkmin que não tinha dinheiro vivo, só cheque.
– Não se preocupe, eu botei o dinheiro por nós dois.
JK reembolsou Alkmin com um cheque e saíram para jantar. Conhecido mão-de-vaca, Alkmin fez questão de pagar a conta. E se entregou:
– Eu coloquei um cheque no caixão, Juscelino. E descontei o seu...