O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, deixou os tucanos de cabelo em pé por conta da medida provisória que destina R$ 300 milhões para situações de emergência. A MP não diz quanto o governo aplicará nos estados atingidos por calamidades, como, por exemplo, a enchente no Maranhão. E, para completar, como é recurso para emergências, pode ser usado sem licitação. O deputado Otávio Leite (PSDB-RJ) pediu ao ministério que informe tudo tim-tim por tim-tim: quais empresas serão contratadas, que obras serão feitas.
*** A corrida para aprovar logo a proposta é grande. Como a Comissão Mista de Orçamento não acelerou, o presidente do Senado, José Sarney, mandou a MP ao presidente da Câmara, Michel Temer, que, na mesma hora, enviou tudo para apreciação no plenário, sem escalas. Sinal de que, quando eles querem, tudo ali sai rapidinho.
Novo front I
Pelo visto, as mazelas do Parlamento serão atacadas agora por outro flanco: o do acúmulo de vencimentos. O Ministério Público de Sergipe obteve uma sentença judicial para que o deputado Albano Franco (PSDB-SE) e o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) deixem de receber R$ 14,5 mil mensais. O valor é a diferença entre o total que eles recebem e o teto de R$ 24,5 mil do serviço público. O MP quer que eles devolvam o extra que foi pago desde outubro, quando iniciou a ação. Hoje, ambos recebem como parlamentares e ex-governadores.
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Novo front II
Eles vão recorrer da decisão, uma vez que, quando governadores, contribuíram para a Previdência. Estão apenas esperando a publicação da sentença. Pelas informações que os advogados obtiveram, a Justiça reconhece que não houve má-fé por parte dos políticos. Em tempo: se a iniciativa do Ministério Público sergipano se estender para outros estados vai pegar uns 50 casos entre a Câmara e Senado.
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Sem ruídos
Como parte do acerto que garantiu as prévias do PSDB, os governadores José Serra e Aécio Neves definiram que as conversas sobre a condução política do processo interno serão coordenadas diretamente pelos dois, sem intermediários. Os pré-candidatos tucanos querem evitar intrigas e fofocas que venham a causar desgastes.
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De olho
Tem gente no Parlamento com as barbas de molho por causa da rasteira que o PT levou do PMDB na votação da medida provisória que trata das dívidas das prefeituras com o INSS. Há uma suspeita de que a crise entre os dois partidos não foi apenas resultado das divergências em torno do projeto em pauta. Mas que há, no pano de fundo, o começo de um movimento do PMDB no sentido de criar motivos para, mais à frente, terminar o casamento.
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Novo rumo
Prestes a encerrar os trabalhos, o grupo interministerial formado para definir a futura linha de atuação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) vai encaminhar um relatório sugerindo prioridade à vigilância de ameaças externas e não as internas. Para esse modelo, o nome do subchefe de Assuntos Estratégicos do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, embaixador José Antônio Macedo Soares, desponta como favorito para comandar a agência.
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No cafezinho
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Agaciel de boa/ O ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia (foto) jura que não tem o que reclamar da sua vida fora do epicentro do poder. Ele está agora responsável pela elaboração do dicionário biográfico do Senado. São seis volumes com as biografias dos 1.308 senadores que já passaram pela Casa. O primeiro volume sai em maio.
Ascensão/ Mais novo ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o advogado Joelson Dias representou o ex-senador José Maranhão (PMDB-PB) no processo de cassação do ex-governador da Paraíba Cássio Cunha Lima (PSDB). Próximo ao PT, Dias foi escolhido pelo presidente Lula na lista tríplice da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Ufa/ O deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) não esconde o alívio com o cancelamento de sua ida ao México para um seminário. A viagem deveria ter acontecido há um mês, época em que os primeiros casos da gripe suína começaram a ser mapeados. “Minha sorte foi que tudo deu errado. Senão, teria ido quando nem haviam identificado a doença”, relata.
Ato falho/ O deputado Paulo Henrique Lustosa comentava dia desses com amigos que a base aliada ao governo tem que ter dois candidatos e coisa e tal: “Vai que a Lula não decola… Ô, quer dizer, a Dilma!” Sinal de que, entre os governistas, a ministra da Casa Civil e o presidente são vistos como quase a mesma pessoa. É…
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