A comunicação agora é por emojis personalizados, que já são quase 3 mil
BARCELONA - No princípio, era o verbo – mas os tempos mudaram, e com eles mudaram os smartphones e a nossa forma de usá-los. Hoje pouco falamos ao telefone, e aos poucos deixamos de escrever. Cada vez mais, nos comunicamos através de imagens: estima-se que, apenas durante o ano de 2017, um trilhão de fotos foram capturadas por celulares ao redor do mundo. Um bilhão de GIFs foram compartilhados (metade deles pelos meus grupos de WhatsApp, com certeza), cinco bilhões de emojis, dez bilhões de vídeos.
As velhas abreviaturas da internet – como lol, imho, fyi – são isso mesmo, velhas, e em breve serão usadas apenas por uma geração que já começa a virar a esquina. Millenials, que em média checam os seus celulares 150 vezes a cada 24 horas, mandam uma média de 60 mensagens por dia. Esses não são números compatíveis com texto. Carinha chorando, coração, palmas, joinha: em meados do ano passado, existiam 2.666 emojis registrados no Unicode Consortium, e para os próximos meses estão previstos outros 157. As figurinhas se tornaram tão ubíquas, e tão essenciais à comunicação que, a pedido de cientistas, um mosquito foi incluído no catálogo deste ano, para ajudar na conscientização universal em relação a doenças transmitidas pelos insetos.
Não por acaso, portanto, os emojis personalizados são um dos grandes atrativos dos Galaxy S9 e S9+. Os novos topos de linha da Samsung foram apresentados no domingo passado, no Unpacked 2018, gigantesco evento que se antecipou ao Mobile World Congress, em cartaz aqui em Barcelona até o fim da semana. As figurinhas vão além dos Animojis da Apple, que escaneiam o rosto do usuário para aplicar as suas reações a figurinhas pré-existentes: os AR Emojis (de Aumented Reality, realidade aumentada) recriam a fisionomia que a câmera captura, como se fossem selfies caricaturados. Podem-se alterar detalhes como cabelo ou óculos, e gravar GIFs com até 18 diferentes expressões desses modelos tridimensionais, reconhecidos por aplicativos como WhatsApp e Messenger em qualquer marca de smartphone.
Funciona? Não muito quando se é uma avozinha acima do peso, mas isso é compreensível -- o público alvo do sistema não são baby boomers grisalhos como eu. Apesar de não ter me sentido lá muito representada pela figurinha esguia que surgiu na tela, reconheço que ela ainda é mais parecida comigo do que as bolotas amarelas com que nos contentamos até aqui. Com colegas mais jovens, e sobretudo mais magros, os resultados foram melhores e, em alguns casos, surpreendentes.
Tenho a impressão de que, para os mais antigos, o maior trunfo do S9 e do S9+, visualmente muito parecidos com a linha S8, será a câmera, que tem uma inédita lente com abertura variável entre f/2.4 e f/1.5, o que significa que praticamente “vê” no escuro: ela capta 30% a mais de luz do que a câmera do S8, que já é um prodígio na comparação com a maioria das demais. Está claro que, para a Samsung, os seus smartphones são, cada vez mais, máquinas de gerar e de tratar imagens, vocação reforçada com um super slow motion em vídeo que capta 960 quadros por segundo.
Ainda não há data de lançamento prevista para o Brasil, muito menos estimativa de preço; mas, aqui na Europa, S9 e S9+ começam a circular em março, a partir de € 849 e € 949, respectivamente..
BARCELONA - No princípio, era o verbo – mas os tempos mudaram, e com eles mudaram os smartphones e a nossa forma de usá-los. Hoje pouco falamos ao telefone, e aos poucos deixamos de escrever. Cada vez mais, nos comunicamos através de imagens: estima-se que, apenas durante o ano de 2017, um trilhão de fotos foram capturadas por celulares ao redor do mundo. Um bilhão de GIFs foram compartilhados (metade deles pelos meus grupos de WhatsApp, com certeza), cinco bilhões de emojis, dez bilhões de vídeos.
As velhas abreviaturas da internet – como lol, imho, fyi – são isso mesmo, velhas, e em breve serão usadas apenas por uma geração que já começa a virar a esquina. Millenials, que em média checam os seus celulares 150 vezes a cada 24 horas, mandam uma média de 60 mensagens por dia. Esses não são números compatíveis com texto. Carinha chorando, coração, palmas, joinha: em meados do ano passado, existiam 2.666 emojis registrados no Unicode Consortium, e para os próximos meses estão previstos outros 157. As figurinhas se tornaram tão ubíquas, e tão essenciais à comunicação que, a pedido de cientistas, um mosquito foi incluído no catálogo deste ano, para ajudar na conscientização universal em relação a doenças transmitidas pelos insetos.
Não por acaso, portanto, os emojis personalizados são um dos grandes atrativos dos Galaxy S9 e S9+. Os novos topos de linha da Samsung foram apresentados no domingo passado, no Unpacked 2018, gigantesco evento que se antecipou ao Mobile World Congress, em cartaz aqui em Barcelona até o fim da semana. As figurinhas vão além dos Animojis da Apple, que escaneiam o rosto do usuário para aplicar as suas reações a figurinhas pré-existentes: os AR Emojis (de Aumented Reality, realidade aumentada) recriam a fisionomia que a câmera captura, como se fossem selfies caricaturados. Podem-se alterar detalhes como cabelo ou óculos, e gravar GIFs com até 18 diferentes expressões desses modelos tridimensionais, reconhecidos por aplicativos como WhatsApp e Messenger em qualquer marca de smartphone.
Funciona? Não muito quando se é uma avozinha acima do peso, mas isso é compreensível -- o público alvo do sistema não são baby boomers grisalhos como eu. Apesar de não ter me sentido lá muito representada pela figurinha esguia que surgiu na tela, reconheço que ela ainda é mais parecida comigo do que as bolotas amarelas com que nos contentamos até aqui. Com colegas mais jovens, e sobretudo mais magros, os resultados foram melhores e, em alguns casos, surpreendentes.
Tenho a impressão de que, para os mais antigos, o maior trunfo do S9 e do S9+, visualmente muito parecidos com a linha S8, será a câmera, que tem uma inédita lente com abertura variável entre f/2.4 e f/1.5, o que significa que praticamente “vê” no escuro: ela capta 30% a mais de luz do que a câmera do S8, que já é um prodígio na comparação com a maioria das demais. Está claro que, para a Samsung, os seus smartphones são, cada vez mais, máquinas de gerar e de tratar imagens, vocação reforçada com um super slow motion em vídeo que capta 960 quadros por segundo.
Ainda não há data de lançamento prevista para o Brasil, muito menos estimativa de preço; mas, aqui na Europa, S9 e S9+ começam a circular em março, a partir de € 849 e € 949, respectivamente..
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