MPF segue o dinheiro e abre caixa preta do BNDES
Para abrir a “caixa preta” do BNDES e investigar minuciosamente mais de 50 contratos, metade deles no exterior, encontrando motivos para os mais de 60 pedidos de prisão de diretores e executivos do banco e de empresários beneficiados por financiamentos, procuradores do MPF (Ministério Público Federal) adotaram a antiga estratégia preconizada por investigadores de crimes financeiros: seguiram o dinheiro.
Dinheiro de graça
Com longo prazo de carência, juros irrisórios e contratos secretos, os financiamentos do BNDES no exterior são considerados irrecusáveis.
Venda casada
O MPF apura se obras com financiamento de pai para filho no exterior foram condicionadas à contratação de empreiteiras como a Odebrecht.
O crime perfeito
Obras bancadas pelo BNDES no exterior não são auditadas no Brasil, nem órgãos de controle como TCU ou MPF podem fiscalizá-las lá fora.
Alma lavada
A devassa do MPF no BNDES lava a alma dos ministros do Tribunal de Contas da União. A caixa preta do banco parecia ter algo a esconder.
Custo das bancadas é alto em qualquer partido
Deputados federais têm até R$ 45 mil por mês de verba indenizatória, valor cedido a cada parlamentar para “compensar” gastos aleatórios. Até maio deste ano, a “cota parlamentar” custou ao contribuinte R$ 46 milhões. As bancadas petista e tucana gastaram R$ 6,4 milhões e R$ 4,3 milhões, respectivamente. Sibá Machado, líder do PT, já pediu R$ 158,1 mil em ressarcimentos e o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), R$ 110,2 mil. O DEM já utilizou R$ 1,9 milhão e PCdoB, R$ 1,3 milhão.
Nos dois lados
O deputado Mendonça Filho (DEM-PE), líder dos democratas, usou R$ 82.329,18; e a líder do PCdoB, Jandira Feghali (RJ), R$ 97.596,53.
Gastos nanicos
O PEN, formado por apenas dois deputados, gastou R$ 222,6 mil, mais da metade na conta do líder, Júnior Marreca (MA): R$ 139,2 mil.
Na nossa conta
Se o ritmo de gastança da cota continuar, a Câmara vai torrar cerca de R$ 140 milhões até o fim do ano só em gastos aleatórios de deputados.
Pulando do barco
Declarações do governador Geraldo Alckmin (SP) contra o fim da reeleição expõem o desgaste entre deputados e senadores tucanos. Parlamentares começam a abandonar o barco de Aécio Neves.
Também lá
O banqueiro André Esteves enfrenta uma bronca judicial na China. Seu banco BTG Pactual é objeto de carta rogatória recebida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) do Alto Juizado de Hong Kong.
Ousadia petista
Petistas são ousados, como mostram seus escândalos. Integra agora o Conselho de Recursos da Previdência Complemenar, o “Carf” dos fundos de pensão, Gema de Jesus Ribeiro Martins, mulher de Sérgio Rosa, que presidiu a Previ, o enroladíssimo fundo do Banco do Brasil.
Tá feia coisa
Alô, Banco Central: o banco Santander deve estar com a corda no pescoço. Contratou biroscas de cobrança não para cobrar clientes em atraso, mas para atormentá-los no exato dia do vencimento de boletos.
Conta outra, BB
O Banco do Brasil desocupou um edifício de 20 andares em Brasília e alugou torre inteira em um shopping novo em São Paulo, mas nega planos de esvaziar a sede da Capital. Ninguém acredita em duendes.
Chacrete
Depois do PR lançar o fenômeno puxador de votos Tiririca e o PRB conseguir emplacar Sérgio Reis na Câmara, o PTB já tem uma celebridade para chamar de sua, Rita Cadillac se filiou ao partido.
Lista tríplice
O ex-juiz do TRE-DF Evandro Pertence, filho do ministro Sepúlveda Pertence, a advogada Daniane Maangia Furtado e o próprio ministro Admar Gonzaga, que hoje ocupa a vaga, estarão na lista tríplice para a vaga de ministro-substituto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Crime hediondo
Está na pauta do plenário, no Senado, o projeto que torna crime hediondo o assassinato de policiais e seus familiares. As penas por lesão corporal grave também serão aumentadas de um a dois terços.
Ele é o cara O escândalo do mensalão completa dez anos, e começou quase simultaneamente ao petrolão. Ambos no primeiro governo Lula
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