“Quem não pagasse propina, não tinha contrato na Petrobras”
Julio Camargo, da Toyo Setal, descrevendo a ‘corrupção generalizada’ na estatal
LULA PRESSIONA PARA MEIRELLES SUBSTITUIR FOSTER
O ex-presidente Lula foi quem rompeu a letargia de Dilma Rousseff, aplicando o “peteleco” final que derrubou Maria das Graças Foster da Presidência da Petrobras. Além disso, sugeriu um nome destinado a ser bem recebido pelo chamado “mercado”: o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles. Até o ministro Joaquim Levy (Fazenda) foi convocado a participar da pressão para Meirelles aceitar o convite.
SEM AUTONOMIA
Meirelles exige “total autonomia” para tentar recuperar a Petrobras. O problema é que Dilma tem tanto horror a ele quanto a “total autonomia”.
AVERSÃO
Quando Dilma escolhia o ministro da Fazenda, Lula pressionou por Meirelles, mas ela deixou clara sua aversão ao ex-presidente do BC.
DE VOLTA À PLANÍCIE
Demitida, Foster voltou ao Rio em avião de carreira. Ela chegou no aeroporto de Brasília pelas 17h20, cercada de seguranças.
DISTÂNCIA DE CRACA
No embarque, Graça Foster encontrou casualmente Sergio Machado, presidente afastado da Transpetro, mas fingiu que não o viu.
POLÍTICO INVESTIGADO INDICA CORREGEDOR DA CÂMARA
O deputado Paulinho da Força (SP) abriu mão de precioso espaço do partido Solidariedade na Mesa Diretora da Câmara, em troca de indicar o deputado Carlos Mannato (ES) para chefiar a Corregedoria-Geral, órgão que investiga parlamentares sob suspeita; como o próprio Paulinho, acusado em casos de corrupção e testemunha de defesa do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC e preso na Lava Jato.
BALCÃO DE NEGÓCIOS
Cargos na Câmara ainda são alvo de barganha no balcão de negócios, que funciona ativamente desde a campanha de Eduardo Cunha.
CRAQUE EM CAMPO
Luiz Claudio Cunha, dos mais admirados jornalistas do País, é o novo coordenador político do senador de Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).
ESTÁDIO OCUPADO
O governo do DF vai ocupar 32 salas no Estádio Mané Garrincha com algumas secretarias, economizando mais de R$2 milhões em aluguéis.
ELE SE AMA
Ministros do governo Dilma apelidaram o colega Aloizio Mercadante (Casa Civil) com uma expressão curiosa, reveladora do seu jeito, digamos, argentino de ser: “I love me”. Significa “eu me amo”.
DEZ CANDIDATOS
O PMDB de Minas e do Rio fecharam apoio a Leonardo Picciani para líder. O número de candidatos dobrou com a entrada de Lelo Coimbra (ES), José Priante (PA), Leonardo Quintão (MG) e Sérgio Souza (PR).
GRANDE ELEITOR
Ex-tucano e ex-petista, Sigmaringa Seixas não foi ministro do Supremo porque não quis, na era Lula. Mas ninguém chega lá sem passar pelo seu crivo. Ele anda papeando com o jurista carioca Gustavo Topedino.
CHORORÔ
A turma de Luiz Henrique (PMDB-SC) continua chorando as pitangas pela derrota, suspeitando que só no PDT Renan Calheiros reverteu três votos: Acir Gurgacz (RR), Zezé Perrela (MG) e Lasier Martins (RS).
POP-STAR
Aécio Neves foi na segunda ao salão “Hélio”, no Lago Sul, em Brasília, o preferido do mulherio, para aparar sua barba. Chegou às 19h e duas horas depois ainda tinha dificuldades para sair, posando para selfies.
VICIADO EM GAMES
Parte do staff de Tiririca (PR-SP) colocou o deputado federal na lista de desafetos. Metade da equipe foi cortada e, agora sem emprego e rancorosa, afirma que o deputado “passa o dia todo no vídeo game”.
COMEU MOSCA
O PDT não se conforma com a mancada do líder André Figueiredo (CE), que perdeu o prazo de inscrição e deixou o partido fora do bloco com o PT. O líder entregou as assinaturas com dois minutos de atraso.
DIÁLOGO COM BÁRBAROS
Só para lembrar: os terroristas que queimaram vivo o piloto jordaniano, ontem, são os mesmos com os quais Dilma pregou “diálogo”, após degolarem covardemente um refém indefeso, em setembro de 2014.
VAI QUE É TUA!
Quem vai primeiro procurar o Estado Islâmico para abrir o “diálogo” defendido por Dilma? Lula ou o aspone Marco Aurélio Top-Top Garcia?
PODER SEM PUDOR
BRASIL NÃO É CUBA
Os jornalistas Ivanildo Sampaio e Ernani Régis contam no livro Quincas Borba no Folclore Político a reunião de Leonel Brizola com amigos, em 1982, quando decidiu disputar o governo do Rio de Janeiro. Um jovem esquerdista insistia para que o manifesto de lançamento da candidatura propusesse reforma agrária e distribuição de renda radicais. Com a prudência curtida em anos de exílio e sofrimento, Brizola descartou:
- Meu filho, o Brasil não é Cuba nem a burguesia brasileira cabe em Miami.
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