O GLOBO - 10/03
Agrande crise contemporânea seria um testemunho econômico contra as modernas democracias liberais? O ininterrupto crescimento econômico chinês seria uma evidência a favor da ditadura do partido único? As questões são examinadas em matéria especial da revista The Economist , intitulada O que deu errado com a democracia? .
A crise atual é um sintoma dos excessos dos ocidentais contra seu formidável capital institucional, de um lado, e do desesperado mergulho de 3,5 bilhões de eurasianos nos mercados globais, de outro. Financistas anglo-saxões quebraram os bancos, e a social-democracia europeia quebrou os governos, tentando escapar às exigências de adaptação à nova ordem global. A interpretação correta dos males que experimentamos é que são, na verdade, os sintomas dos abusos cometidos contra o bom funcionamento da moderna síntese ocidental - democracia, mercados e políticas públicas de bem-estar social.
Os eurasianos, ao contrário, praticam exigências da nova ordem. Sua alavanca de inclusão social é uma busca de integração competitiva aos fluxos de comércio mundial. Investem maciçamente em educação e infraestrutura, e suas práticas de livre comércio fariam enrubescer Adam Smith. A China deve mais ao capitalismo selvagem com que inundou o mundo com produtos de sua mão de obra barata do que ao capitalismo de Estado .
Pois bem, o que ocorre na América Latina é um testemunho econômico contra os experimentos de hegemonia de partido único. As democracias no cinturão do Pacífico - Chile, Peru, Colômbia e México - aprofundam reformas de modernização, mergulham suas economias na integração competitiva global e sustentam elevadas taxas de crescimento. Enquanto isso, Venezuela, Bolívia, Equador e Argentina seguem práticas degenerativas, como o culto à personalidade (símbolo do atraso político), a concentração de poder em partido único, a estatização da economia e o controle da mídia. São sintomas clássicos de um obsoleto e desastroso nacional-socialismo bolivariano. A pobreza de Cuba, a violência na Venezuela, o empobrecimento da Argentina indicam que se afastar da democracia em busca do capitalismo de Estado não é o caminho para a prosperidade. Se suprimir a democracia e praticar o capitalismo de Estado fosse solução, o regime militar brasileiro estaria agora celebrando 50 anos.
A crise atual é um sintoma dos excessos dos ocidentais contra seu formidável capital institucional, de um lado, e do desesperado mergulho de 3,5 bilhões de eurasianos nos mercados globais, de outro. Financistas anglo-saxões quebraram os bancos, e a social-democracia europeia quebrou os governos, tentando escapar às exigências de adaptação à nova ordem global. A interpretação correta dos males que experimentamos é que são, na verdade, os sintomas dos abusos cometidos contra o bom funcionamento da moderna síntese ocidental - democracia, mercados e políticas públicas de bem-estar social.
Os eurasianos, ao contrário, praticam exigências da nova ordem. Sua alavanca de inclusão social é uma busca de integração competitiva aos fluxos de comércio mundial. Investem maciçamente em educação e infraestrutura, e suas práticas de livre comércio fariam enrubescer Adam Smith. A China deve mais ao capitalismo selvagem com que inundou o mundo com produtos de sua mão de obra barata do que ao capitalismo de Estado .
Pois bem, o que ocorre na América Latina é um testemunho econômico contra os experimentos de hegemonia de partido único. As democracias no cinturão do Pacífico - Chile, Peru, Colômbia e México - aprofundam reformas de modernização, mergulham suas economias na integração competitiva global e sustentam elevadas taxas de crescimento. Enquanto isso, Venezuela, Bolívia, Equador e Argentina seguem práticas degenerativas, como o culto à personalidade (símbolo do atraso político), a concentração de poder em partido único, a estatização da economia e o controle da mídia. São sintomas clássicos de um obsoleto e desastroso nacional-socialismo bolivariano. A pobreza de Cuba, a violência na Venezuela, o empobrecimento da Argentina indicam que se afastar da democracia em busca do capitalismo de Estado não é o caminho para a prosperidade. Se suprimir a democracia e praticar o capitalismo de Estado fosse solução, o regime militar brasileiro estaria agora celebrando 50 anos.
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