FOLHA DE SP - 28/01
Grupo investirá R$ 350 mi em gasodutos em PE
A Copergás, companhia mista que tem como sócios o governo de Pernambuco, a Petrobras e a Mitsui, vai investir R$ 350 milhões para interiorizar a distribuição de gás natural no Estado.
O principal aporte será feito na expansão do gasoduto que liga a capital, Recife, a Caruaru, que hoje tem 120 quilômetros de extensão.
Serão adicionados 125 quilômetros, o que garantirá o gás canalizado até Arcoverde, no sertão pernambucano.
"O primeiro trecho será entregue até dezembro de 2015", afirma Jailson Galvão, executivo que representa a Gaspetro (subsidiária da Petrobras) na direção da Copergás.
Nessa primeira etapa, serão 50 quilômetros entre Caruaru e Belo Jardim. "A Baterias Moura, que tem fábrica em Belo Jardim e será uma das principais beneficiadas, é parceira no projeto e investirá R$ 10 milhões", diz.
Na segunda fase, a partir de 2016, os 75 quilômetros restantes serão construídos até o município de Arcoverde.
O plano de expansão, que inclui ainda a ampliação de redes em cidades já atendidas, deverá elevar em cerca de 35% o volume de gás natural distribuído no Estado.
Hoje, são 1,15 milhão de metros cúbicos por dia --80% do total vai para indústrias.
O governo de Pernambuco detém 51% da companhia. A Petrobras, por meio da Gaspetro, e a japonesa Mitsui têm 24,5% cada uma.
EM DAVOS
Ainda veloz como... Apesar da preocupação com uma desaceleração do crescimento chinês, executivos estrangeiros de grandes multinacionais se diziam ainda animados com o país, no Fórum Econômico Mundial (em Davos, na Suíça), encerrado no domingo.
...na Fórmula 1 Carlos Ghosn, presidente da Renault-Nissan, para quem 2014 será bom no Brasil, embora a expansão do setor "se limite um pouco", disse que, na China, "90% dos carros vendidos em 2013 foram para quem os comprava pela primeira vez".
Anote... Apesar da recuperação econômica nos EUA e em parte da Europa, empresários dessas regiões ainda apontam incertezas, que incluem a perspectiva de estagnação de salários em países desenvolvidos.
...a lição "Nos sentimos melhor ante 2014 do que em 2013 e 2012", disse Indra Nooyi, presidente da PepsiCo, no Fórum de Davos. Mas "estamos aprendendo a dirigir empresas que crescem de 2% a 3%".
CRISE CORPORATIVA
Problemas financeiros e questões contábeis foram os responsáveis por 28% das crises corporativas ocorridas no país no ano passado, segundo pesquisa da Imagem Corporativa. Ao todo, 1.222 situações de tensões em empresas foram analisadas.
O percentual registrado é o mais elevado desde 2007, quando a pesquisa começou a ser realizada. No ano retrasado, as crises financeiras corresponderam a 19% do total.
A indústria do petróleo, com 12%, foi a mais afetada em 2013, principalmente pela falta de cumprimento de metas de produção e pelo cancelamento de investimentos.
Em segundo lugar, com 10%, ficou o segmento de alimentos, no qual ocorreram crises decorrentes de qualidade de produtos e de relações com os consumidores.
Aviação, telecomunicações e financeiro ficaram na terceira posição, com 7% cada um.
ESTÍMULO NACIONAL
Um condomínio industrial será construído em Pindamonhangaba (SP) para abrigar empresas importadoras de máquinas interessadas em produzir componentes no Brasil.
O projeto, liderado pela Abimei (entidade que reúne importadores do setor), deve estimular também montagem e estocagem de máquinas e equipamentos localmente, além da criação de centros tecnológicos para projetos industriais.
"Algumas associadas não trabalham somente com importações e têm poucos incentivos para produzir no país. Queremos que elas fabriquem pelo menos 40% dos componentes aqui", afirma Ennio Crispino, presidente da associação.
A prefeitura do município vai conceder descontos em impostos municipais e será responsável pela infraestrutura do entorno, como água, luz e saneamento.
Os investimentos para a área comum podem chegar a R$ 80 milhões, estima Paulo Castelo Branco, vice-presiente da Abimei.
JUROS PÓS-ELEIÇÕES
A SulAmérica Investimentos projeta que a taxa básica de juros, a Selic, deverá chegar a 13% em 2015.
O dado, que constará em um relatório que será divulgado hoje, foi calculado em uma reunião do comitê de investimentos da gestora.
Com um cenário de volatilidade em 2014 e com as expectativas sobre a inflação mostrando-se desalinhadas em relação ao centro da meta, o esforço da política monetária terá de ser maior, de acordo com a empresa.
Por causa da desvalorização cambial que deverá ocorrer neste ano, segundo a gestora, a elevação da Selic até 11,25% em 2014 não será suficiente, o que levará o Banco Central a iniciar um novo ciclo de alta em 2015.
As eleições de 2014 impedirão que esse aperto maior ocorra já neste ano, ainda segundo a SulAmérica.
A última alteração da taxa básica ocorreu no dia 15 de janeiro, quando o BC elevou a Selic em 0,50 ponto percentual, para 10,5% ao ano.
MUSCULATURA ECONÔMICA
A maioria dos brasileiros (61%) entrevistados pela Ipsos acredita que a economia vai se fortalecer nos próximos seis meses. A pesquisa foi conduzida em 24 países.
O número é quase o triplo da média geral (23%) e coloca o país no topo da lista.
Nas dez primeiras posições, estão outros emergentes e latino-americanos: Índia (46%), China (44%) e Argentina (37%).
Na comparação com o mês anterior, os argentinos perderam quatro pontos e os brasileiros, um.
Os franceses ocupam o último lugar, com 5%.
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