O GLOBO - 13/01
O maior problema não é a inflação de 0,92% em dezembro último ter sido a maior taxa mensal registrada desde 2003. Nem mesmo que a inflação de 2013 seja ainda maior que a de 2012. Pior é sabermos que isso aconteceu apesar de o governo ter reprimido os preços administrados sob seu controle; é não termos a certeza de que o Banco Central tem mesmo um compromisso com as metas anuais de inflação; é sabermos do descompromisso do Ministério da Fazenda com a mudança do regime fiscal, que permitiria taxas de juros mais baixas e menor sacrifício em termos de crescimento da produção e do emprego; é a presidente Dilma não perceber a importância da credibilidade das autoridades para que tenham sucesso na coordenação das expectativas que movimentam toda a engrenagem econômica.
O compromisso de uma equipe econômica com o cumprimento de metas fiscais e monetárias reduz dramaticamente a incerteza, alonga os horizontes de investimento, derruba as expectativas de inflação, projeta trajetórias futuras de juros reais declinantes. Cria em síntese um macroambiente favorável à aceleração do crescimento da economia. O mais importante não é se o superávit fiscal do ano passado foi bastante baixo sem a criatividade contábil ou próximo da meta graças às receitas não recorrentes de última hora. O que realmente importa são o compromisso das autoridades com as trajetórias futuras e a credibilidade dessas mesmas autoridades em cumprir tais compromissos.
Foi por isso que eu disse: "Ou a equipe econômica muda sua política ou a presidente muda sua equipe ou o país vai mudar de presidente".
É tempo de mudanças. Erros acontecem, o problema é insistir nos mesmos erros. A cada indicação de que vamos prosseguir com a mesma e equivocada determinação numa política fiscal frouxa e numa política monetária hesitante, contaminamos adversamente todo o processo de formação de expectativas. Sobem a taxa de câmbio, as expectativas de inflação, as taxas de juros, os pedidos de reajustes salariais, disparando mecanismos de retroalimentação ao longo da cadeia produtiva. Aumenta a incerteza, desfalecem os "animal spirits", erguendose a sombra de mais inflação e menos crescimento para 2014 e 2015. Mas não creio nessa simples extrapolação. Somos uma sociedade aberta. Haverá mudanças.
O que realmente importa é a credibilidade das autoridades quanto ao cumprimento das metas fiscais e monetárias.
O compromisso de uma equipe econômica com o cumprimento de metas fiscais e monetárias reduz dramaticamente a incerteza, alonga os horizontes de investimento, derruba as expectativas de inflação, projeta trajetórias futuras de juros reais declinantes. Cria em síntese um macroambiente favorável à aceleração do crescimento da economia. O mais importante não é se o superávit fiscal do ano passado foi bastante baixo sem a criatividade contábil ou próximo da meta graças às receitas não recorrentes de última hora. O que realmente importa são o compromisso das autoridades com as trajetórias futuras e a credibilidade dessas mesmas autoridades em cumprir tais compromissos.
Foi por isso que eu disse: "Ou a equipe econômica muda sua política ou a presidente muda sua equipe ou o país vai mudar de presidente".
É tempo de mudanças. Erros acontecem, o problema é insistir nos mesmos erros. A cada indicação de que vamos prosseguir com a mesma e equivocada determinação numa política fiscal frouxa e numa política monetária hesitante, contaminamos adversamente todo o processo de formação de expectativas. Sobem a taxa de câmbio, as expectativas de inflação, as taxas de juros, os pedidos de reajustes salariais, disparando mecanismos de retroalimentação ao longo da cadeia produtiva. Aumenta a incerteza, desfalecem os "animal spirits", erguendose a sombra de mais inflação e menos crescimento para 2014 e 2015. Mas não creio nessa simples extrapolação. Somos uma sociedade aberta. Haverá mudanças.
O que realmente importa é a credibilidade das autoridades quanto ao cumprimento das metas fiscais e monetárias.
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