CORREIO BRAZILIENSE - 19/12
Pernambuco virou uma obsessão do PT. Ao sair do Congresso, onde participou da sessão solene de devolução simbólica do mandato presidencial do ex-presidente João Goulart, a presidente Dilma Rousseff e o deputado João Paulo Lima (PT-PE) comentaram que “marcaram o território”. Na viagem com os ex-presidentes, Fernando Henrique Cardoso perguntou a Lula: “E Pernambuco?” A resposta do petista foi “vou me mudar para lá e só saio quando derrotar Eduardo”. Referia-se ao pré-candidato a presidente da República e atual governador, Eduardo Campos.
A estratégia do PT, em manter Lula em solo pernambucano por um tempo superior ao normal, é forçar Eduardo a ficar mais tempo no estado do que gostaria. Assim, o socialista não terá tanto espaço de agenda para percorrer o país conquistando corações e mentes que votaram no Partido dos Trabalhadores nas últimas três eleições. Afinal, o PT está convencido de que a campanha de Eduardo será em cima daqueles que até aqui fizeram de Lula e de Dilma presidentes da República.
O último sair é…
O período que antecede o carnaval será longo para os ministros que planejam concorrer às eleições de 2014. É que a presidente Dilma pretende fazer a reforma ministerial a conta-gotas. “Tenho um limite à direita e outro à esquerda. Nesse intervalo vai saindo”, disse ela.
“Estamos pra lá de atrasados nessa história dos caças. Enquanto os outros estão produzindo, nós vamos comprar de outros países”
Cristovam Buarque (PDT-DF), senador
Tudo adiado
O deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR) conseguiu quase que sozinho adiar a votação do Código de Processo Civil (CPC) para o ano que vem. Tudo por causa da penhora on-line. Integrante da comissão que analisou o texto, ele defende que esse recurso seja usado com mais parcimônia para evitar que as empresas tenham o capital de giro penhorado logo na primeira instância. Essa será uma das brigas de 2014.
O tempo foi curto…
… O assunto foi ficando para depois e… Terminou que ninguém perguntou sobre o escândalo do mensalão no café com a presidente Dilma. Para alegria do PT, o tema está perdendo fôlego.
Ele faltou
Antonio Dias Toffoli, sempre apresentado como o amigo dos petistas, não compareceu ao coquetel de Natal da presidente Dilma Rousseff. Reforçou assim a sensação de que a sua relação com o Planalto já viveu dias melhores.
CURTIDAS
História de Jango/ Na saída do Congresso ontem, o secretário de Cultura do Distrito Federal, Hamilton Pereira, interrompe uma conversa do deputado Alessandro Molon (PT-RJ) com a coluna: “Estou recuperando o projeto de construção do memorial João Goulart. Foi projetado por Niemeyer e ficou estacionado porque o governo anterior não queria. Vamos lançar a pedra fundamental em 1º de maio”, contou Pereira a Molon, autor do pedido para a sessão solene de ontem, para a devolução simbólica do mandato do ex-presidente. Molon prometeu ajudar e comparecer ao evento.
Antes do jogo… / As jogadoras de futebol feminino não escondiam a ansiedade por conta do atraso da audiência ontem com a presidente Dilma Rousseff. Tudo por causa do jogo de ontem contra o Canadá, no Mané Garrincha, marcado para as 21h50. Lá pelas tantas, enquanto esperava a presidente no Planalto, a atacante Marta (foto) brincou com o técnico Márcio Oliveira: “Hoje, pelo jeito, você não vai fazer preleção antes do jogo, né? Quem vai fazer é a presidente Dilma”.
$$$/ O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) almoçou dia desses com o executivo da Ambev, Milton Seligman. Há quem diga que vem aí financiamento de campanha.
É natal, Dilma!/ Nem às vésperas do recesso, a presidente dá sossego aos assessores. No café com jornalistas, ela pediu um dado sobre o PIB. “Tenho memória visual e sei que o documento não está aqui.” Uma assessora, então, começou a procurar o papel: “Eu já lhe disse que não está aqui”, retrucou a chefe. “Está lá no meu computador. E não tem ninguém para pegar meu computador, né!?” Eis que lá vem Anderson, o secretário particular, com o laptop em mãos: “Agora não quero mais!”, respondeu, ríspida.
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