domingo, junho 23, 2013

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

"Os atuais partidos precisam ser abolidos"
Senador Cristovam Buarque (DF),propondo o fim até do seu próprio partido, o PDT


Dilma terá de gastar o triplo para comprar fazenda

A presidenta Dilma autorizou a compra da Fazenda Buriti, símbolo da briga entre produtores e índios no Mato Grosso do Sul, mas não dispõe no orçamento sequer de um terço do valor da propriedade de 15 mil hectares, estimada em R$ 150 milhões. Por pressão da bancada estadual, o governo incluiu no Orçamento de 2013 a dotação, insuficiente, de R$ 40 milhões para terras em “situação de conflito”.


Morte anunciada

Invadida por índios no dia 15 de maio, a fazenda Buriti foi palco de conflito que levou à morte o índio Oziel Gabriel e deixou policiais feridos.


Negociação

O governo criou comissão com produtores rurais, índios, a Funai, a AGU e o Ministério da Justiça para negociar a compra da fazenda.


Prazo máximo

Segundo o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-geral), a comissão deverá entregar proposta ao governo e ao proprietário até 5 de agosto.


A quem aproveita

Baderneiros sabem muito bem: depredação de patrimônio público combina com “licitação emergencial”, a velha jaboticaba brasileira.


Porto Alegre: Dilma compra casa vizinha ao ex

Se o futuro a Deus pertence, Dilma já garantiu o seu na cidade do coração em caso de “aposentadoria”: uma bela casa em estilo colonial português avaliada em R$ 5 milhões, no bairro Tristeza, um dos mais nobres da capital gaúcha. Será vizinha do ex-marido Carlos Araújo, pai de sua filha, com quem mantém amizade inabalável e confidente. Mineira, Dilma fez carreira política em Porto Alegre e adora a cidade.


Boa troca

Dilma declarou ao Tribunal Superior Eleitoral três outros apartamentos na capital gaúcha, mas a casa não chega aos pés, junto ao rio Guaíba.


Trilha sonora

Para político preso e povo solto: “ah, isso aqui está bom demais, quem está fora quer entrar, mas quem está dentro não sai” (Dominguinhos).


PT, nem pensar

O ex-governador do DF Joaquim Roriz não descarta aproximação com históricos adversários. "Só não me peça para me aliar ao PT", disse.


Avisa lá

Paralisado com os protestos e aparentemente sem comando, o Brasil lembra a velha piada judaica do patriarca à beira da morte, cercado por todos os parentes atentos: “E quem está tomando conta do loja?”


Custo da ignorância

O Itamaraty ainda calcula prejuízo das manifestações. Mesa, abajur e pelo menos 62 vidraças, além de pichações e paredes chamuscadas pela tentativa de incêndio devem custar mais de R$ 60 mil ao Erário.


A caminho da cesta

Os Ministérios do Planejamento e da Justiça pularam fora da discussão na Câmara, dia 11, sobre o projeto da Lei Orgânica da Advocacia-Geral da União. O ministro Luís Adams, chefe da AGU, mandou substituto.


Destinos cruzados

Enquanto o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) trata de cooperação na Venezuela, chega ao Brasil nos próximos dias o governador de Miranda e líder da oposição, Henrique Capriles.


Asa Delta

A presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Leila Mariano, suspendeu a obra da lâmina superfaturada do anexo 4. A construtora Lopes Marinho, sucessora da finada Delta, está sem receber há dois meses.


Tome tenência, 01!

Os secretários estaduais de Segurança deveriam parar com a xaropada de “vândalos infiltrados”, exigindo roteiro prévio de passeatas e identificando in loco os potenciais agressores, em geral encapuzados.


Apartidário

O PMDB nacional mandou espalhar bandeiras do partido e de outros como PT, PSDB, PCdoB e PSOL durante os protestos em Brasília para testar a reação dos manifestantes. Foram todos refutados.


Compra de votos

Os líderes do Governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do PT, José Guimarães (CE), acataram a proposta de Nilson Leitão (PSDB-MT) para acabar com a figura do cabo eleitoral, caçador de votos.


Vozes da rua

Alvo de inevitáveis piadas em meio aos protestos nas ruas, Dilma ganhou mais uma: “Se a praça é nossa, agora temos a velha surda.”

Poder sem pudor


Homem do diálogo

Ao conversar com amigos, certa vez, o então governador paranaense Roberto Requião rejeitava a crítica de que não tem conversado muito com os próprios secretários. Ele fez sua melhor expressão de seriedade e explicou:
- Antes de tomar qualquer decisão, por exemplo, eu converso com o meu secretário de Segurança Pública...
O ex-governador Requião também era secretário de Segurança do Paraná.

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