No programa de TV do PSDB que vai ao ar em 30 de maio, o candidato à Presidência Aécio Neves vai defender o aprofundamento dos programas sociais massificados nos governos petistas. Ele quer evitar que colem nele a imagem de adversário dos pobres. O PSDB vai apresentá-lo ao país, e ele convidará o eleitor para dialogar sobre dramas nacionais, tais como inflação e desindustrialização.
Primeiro desafio: superar Marina
As pesquisas eleitorais do PSDB mostram a candidata Marina Silva (Rede) à frente de Aécio Neves. O Instituto Ideia ouviu cinco mil pessoas, de 27 de março a 5 de abril, para orientar o programa de TV que vai ao ar. Aécio aparece atrás da presidente Dilma e de Marina, mas está entusiasmado com seu desempenho na classe A, formadora de opinião. Nela, Dilma tem 33,8%; Aécio, 32,8%; Marina, 22,6%; e Eduardo Campos (PSB), 7,1%. Na classe C, maioria do eleitorado (57%), Aécio tem 11% (C1) e 8,4% (C2); Eduardo, 2,7% e 3,4%; Marina, 17% e 14,7%; e Dilma, 59,6% e 63,2%. Hoje, nem a presença de Campos (PSB) levaria a disputa para o segundo turno.
"A estabilidade monetária está ameaçada. As bolsas (sociais) se eternizando, e isso é sinônimo de seu fracasso. Está se esgotando o crescimento da economia. É o pilar da democracia sendo corroído"
Cristovam Buarque Senador (PDT-DF)
O conselheiro
Após ser derrotado na votação da MP dos Portos, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), recebeu ligação do vice Michel Temer, e ouviu: "Você não teve sucesso na emenda aglutinativa, não vai agora ficar confrontando o governo".
O olheiro
No início da noite de ontem, o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), telefonou para o vice Michel Temer para relatar a conduta do líder Eduardo Cunha e arrematou suas impressões dizendo: "Ele está colaborando".
Marcar pontos
Os líderes da oposição no Senado, José Agripino (DEM-RN) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), foram avisados ontem cedo, pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de que ele iria acelerar a votação da MP dos Portos tão logo a Câmara a enviasse. Explicou que não ficaria com o peso da queda de uma medida provisória.
O protesto
Depois de passar dois dias em combate, o líder do PR, Anthony Garotinho (RJ), não gostou do acordo do governo, pressionado pelo tempo, com o PMDB. "Quem fica com cara de palhaço sou eu!", bradava Garotinho no meio do plenário.
O diagnóstico
A intensa troca de acusações no plenário durante a votação da MP dos Portos fez o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) criar uma nova palavra: "Sincericídio". Chico explica seu significado: "O sincericídio é definido pela troca de acusações pesadas de uns contra outros e pela percepção incômoda de que, via de regra, todos têm razão."
Do senador Romero Jucá (PMDB-RR): "A bola (MP dos Portos) tem que chegar ao Senado. Ela pode vir quadrada, furada, mas tem que chegar aqui".
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