“Não sou mais pontífice, mas um peregrino”
Papa Bento 16 se despedindo do Vaticano
AGRONEGÓCIO: LOBBY TENTA INVIABILIZAR PEQUENOS
Grandes frigoríficos e gigantes do agronegócio, que monopolizam o comércio de produtos de origem animal, fazem lobby poderoso, em Brasília, para impedir mudanças no Sisbi, sistema de inspeção oficial. O objetivo das mudanças é ampliar a adesão de pequenas e médias agroindústrias ao sistema de inspeção, nas esferas federal, estadual ou municipal. Com seus produtos certificados, pequenas empresas podem vendê-los em todo o país e não apenas localmente, como hoje é feito.
NEM PENSAR
Com as mudanças, será possível inspecionar e fiscalizar produtos de origem animal com mais abrangência. Os gigantes detestam a ideia.
EXPERIÊNCIA PILOTO
Em Santa Catarina, a adesão de um consórcio de municípios ao Sisbi/Suasa gerou incremento de 200% na venda de produtos.
MAIS SEGURANÇA
Outro objetivo das mudanças no sistema é garantir mais segurança na qualidade do que é consumido, além de democratizar o mercado.
COMITÊ GESTOR
Membros dos ministérios da Agricultura e Desenvolvimento Agrário e Anvisa compõem o comitê gestor a ser criado. Os grandes não querem.
PROJETO PRETENDIA IMPOR ORDEM CRONOLÓGICA AO STF
Um grupo de deputados já articulava secretamente um projeto de lei obrigando o Supremo Tribunal Federal a julgar processos por ordem cronológica. Seria resposta a eventual confirmação, no STF, da liminar do ministro Luiz Fux que determinava votação cronológica de vetos presidenciais. Os deputados pretendiam criar um impasse e provocar uma apaixonante discussão sobre independência dos poderes.
CHUMBO TROCADO
Pela lógica dos deputados, se o Judiciário pode se intrometer na agenda do Congresso, o Legislativo poderia definir a pauta do STF.
BANCADA DOS ROYALTIES
Os deputados que articulavam o projeto defendem a derrubada dos vetos parciais de Dilma à lei que redistribui os royalties de petróleo.
IDEIA ARQUIVADA
A articulação secreta dos deputados perdeu sentido com a decisão do STF de reconhecer que é o Congresso que define a própria pauta.
MANOBRA
Deputados suspeitam que a eleição de cabo Patrício para corregedor da Câmara Distrital do DF foi uma manobra para se blindar de eventual cassação do mandato, caso tenham desdobramentos o escândalo das notas fiscais extraviadas e uso de R$ 4,5 milhões do Orçamento 2013.
PT É MUY AMIGO
O êxito da intervenção em empresas de ônibus gera ciúme. Entrevista ao Bom Dia DF do vice Tadeu Filippelli (PMDB), chefe da operação, foi cancelada porque a assessoria de Agnelo Queiroz (PT) disse à emissora que só o secretário dos Transportes falaria “pelo governo”.
COMBATE À VIOLÊNCIA
O ministro Eduardo Cardozo (Justiça) acertou com governador Ricardo Coutinho (PSB) de levar para a Paraíba ações do Programa Brasil Mais Seguro, aos moldes da parceria com São Paulo e Santa Catarina.
PARA DESAFOGAR
O presidente do Superior Tribunal de Justiça, Felix Fischer, pediu ao presidente da Câmara, Henrique Alves (RN), prioridade para a criação de Tribunal Regional Federal em Minas, Bahia, Paraná e Amazonas.
É DO PERU
Munido do passaporte diplomático brasileiro, o milongueiro “Luiz Favre” tenta salvar no Peru a reeleição da prefeita de Lima, Susana Villarán. Sua nova missão lhe rendeu US$ 1 milhão, diz a imprensa local.
NÃO VÁ AO TEATRO
A nova “boutade” de Lula na CUT, nova tentativa de manter o “Rosegate” fora do foco, gerou um apelo pândego no Twitter: “Procura-se John Wilkes Booth urgentemente”. Booth foi o assassino de Lincoln.
EFEITO 2014
Conhecida por sua aversão à política, a presidente Dilma Rousseff surpreendeu em jantar na quarta no Palácio do Jaburu. Conversou individualmente com parlamentares, posou para fotos e até fez elogios.
RASGAÇÃO DE SEDA
Em jantar de homenagem a José Sarney, o vice Michel Temer lembrou que foi tratado como o “homem mais importante do mundo”, quando era deputado, em sua primeira audiência com o cacique peemedebista. Sarney retribuiu: “Hoje, você é o mais importante que conheço”.
RODOPIOS
Questionado se a indicação de Gabriel Chalita a ministro dançou, Valdir Raupp (PMDB-RO) desconversa: “Ele não dança, ele é quase padre”.
PODER SEM PUDOR
GADO VACUM, SÓ UM
Os adversários de Benedicto Valadares, em Minas, eram cruéis e implacáveis, criando variadas versões sobre sua burrice. Terminaram construindo estrofes de indiscutível mau gosto, mas de muito efeito político:
O Brasil tem muitos muares,
E muito gado vacum.
Mas Benedicto Valladares
Só tem um.
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