Alguns eleitores mais antigos do certame da Mala do Ano andam estranhando a sigla Trem para o Tribunal Regional Eleitoral da Mala. Eles se lembram que o mesmo órgão já foi conhecido como Trema. É verdade. Mas já faz dois anos que a sigla mudou. Com a reforma ortográfica e o sumiço do trema, a sigla antiga perdeu o sentido. Portanto, voltamos a ser Trem, como nos primórdios do concurso. Pois o Trem tem o prazer de anunciar sua nova pesquisa eleitoral. Como sempre, por ordem do juiz presidente, nomes não são divulgados para não influenciar os eleitores que ainda não se manifestaram. Mas os resultados da pesquisa podem adiantar que os ministros — ou sinistros, como preferem alguns eleitores — do STF continuam estourando a boca do balão. Bem, há muitos verões ninguém estoura a boca do balão, mas o juiz, um magistrado do século passado, ainda não se adaptou às novas gírias registradas pela Revista O GLOBO. Sendo assim, é isso aí, bicho!
Mas o mensalão não trouxe apenas candidatos juízes para nossa eleição. Alguns réus têm sido lembrados também. “Mala intransigente”, justificam os eleitores dos juízes. “É mala desde os tempos de Ibiúna”, dizem os que votam em réus.
Outros candidatos têm se mostrado fortes nem que seja para alcançar um posto no Top 10. Um cantor de muita popularidade está estreando na lista. “Esse mala sou eu!”, comentam os que não suportam mais ouvir sua canção. A área da música brasileira está proporcionando também uma disputa que pode ser definida como a guerra do axé. Duas cantoras brigando para ver quem é mais pesada para carregar.
Para encerrar, vale registrar a aparição de duas novas candidatas (o time feminino está forte em 2012). Uma delas é... o que é que ela é? Modelo? Atriz? Celebridade? Bem, uma delas alcançou fama posando nos destroços de Nova York logo após a passagem do Furacão Sandy. A outra já perdeu duas eleições este ano: para a Câmara dos Vereadores e para um clube de futebol. Mas para A Mala do Ano ela promete não repetir as derrotas. Falou e disse!
Quantas vezes você é capaz de assistir a “2 filhos de Francisco”? Houve um tempo em que uma lei obrigava todos os cinemas a passarem, antes do filme de longa-metragem programado, um curta brasileiro. Era uma lei bem intencionada. Mas não deu certo. Os donos de cinemapassaram a produzir curtas para pôr a mão no percentual de bilheteria que cabia aos produtores dos filminhos. E o espectador de cinema no Brasil passou a ser obrigado a assistir aos mais tediosos documentários de toda a História.
Havia exceções. Os cinemas de arte não aderiram a este golpe e passavam curtas do mercado. Resultado: quando não assistia aos mais tediosos documentários de toda a História, os espectadores eram obrigados a ver documentários sobre o Nordeste de todos os pontos de vista. A gente, então, começou a chegar atrasada às sessões. Se o anúncio dizia que a sessão era às 16h, a gente chegava às 16h20m. E, se por acaso o curta ainda não tinha passado, quando ele começava, era recebido com vaias. A lei acabou caindo em desuso e, mesmo sem exibição obrigatória, nossos curtas melhoraram de qualidade. Ainda não tenho opinião formada sobre esta determinação do Ancine de obrigar as emissoras de TV a cabo a exibirem, no horário nobre, 30% de programação brasileira. Lembra-me a Lei do Curta. E não tenho muita certeza de que fará bem à produção nacional. No mês de novembro, para cumprir a lei, “2 filhos de Francisco” foi exibido 19 vezes na TV a cabo. Volto à pergunta inicial: quantas vezes você é capaz de assistir a “2 filhos de Francisco”?
Aos 19 anos, Juliana Paiva não é exatamente uma iniciante. Já participou de outras novelas na Globo (“Cama de gato” e “Ti-Ti-Ti”), já fez cinema (“Desenrola”), mas certamente está enfrentando em “Malhação” seu papel mais difícil. E está se saindo bem. No meio daquele conto de fadas que costuma ser “Malhação”, ela vive um personagem complexo. Fatinha é a periguete da escola. Banca a experiente, mas é imatura. Tem que ser sensual, mas não consegue esconder que ainda é uma criança. Ela não participa da trama principal, mas “Malhação” fica sempre mais atraente quando a ação se vira para as trapalhadas de Fatinha. Além disso, a atriz é linda. Uma protagonista para o futuro.
Ouvi, na “Voz do Brasil”... Tá bem, esta é a hora de você perguntar por que eu ouço a “Voz do Brasil”. Não é uma escolha afetiva. Sempre ouço rádio quando passo roupa. E, às vezes, o horário de passar roupa coincide com o da “Voz do Brasil”. Como a lei não me dá outra opção, vai tu mesmo. Antes que você se espante com o fato de eu passar roupa, prometo que, qualquer dia desses, explico melhor essa história. Voltando ao assunto, ouvi na “Voz do Brasil” que uma deputada federal quer criar um ministério para o Ministério Público. Isso mesmo, um Ministério do Ministério. Soube, pelo mesmo programa, que um deputado ocupou a tribuna para cumprimentar o time de futebol Ajax, da Zona Leste paulistana, pelos bons resultados que ele vem obtendo. Aí eu desliguei o rádio. E o ferro.
Vem cá, a única coisa que o Alex Atala tinha para fazer no sorteio das chaves da Copa das Confederações era pegar uma bolinha num pote. Só tinha dois potes para ele cumprir sua tarefa: o A e o B. Era só prestar atenção no que solicitava o secretário-geral da Fifa, Jérome Valcke , e pegar a bolinha. A ação exigia um exercício intelectual tão insignificante que não precisava nem ensaiar. Mesmo assim, prevenida, a Fifa organizou dois ensaios. E, na Hora H, o sujeito errou? Imagina na Copa!
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