Ontem, enquanto orgulhosamente anunciava a desoneração da folha de pagamentos de mais 25 setores da economia(veja mais no Confira), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi avisado de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) anunciava nova rodada de expansão de dólares no mercado.
Mantega não chegou, como há alguns meses, a protestar contra mais um acirramento da guerra cambial ou contra o tsunami monetário - tal como denunciado pela presidente Dilma no começo do ano. Mas ele foi logo avisando que o governo fará de tudo para bloquear nova enxurrada de dólares sobre o Brasil.
Ou seja, o governo Dilma identificou nesse novo afrouxamento anunciado pelo Fed, outro perigo de perda de competitividade do setor produtivo brasileiro.
As decisões anunciadas pelo presidente do Fed, Ben Bernanke (foto), estão fora do padrão mas são especialmente poderosas. O Fed gastará US$ 40 bilhões por mês em recompras de ativos lastreados em hipotecas (créditos imobiliários), não mais em títulos do Tesouro; seguirá retirando de circulação US$ 45 bilhões mensais em títulos de curto prazo e relançando títulos de prazo mais longo no lugar (Operação Twist); e avisou que os juros básicos( Fedfunds) continuarão entre zero e 0,25% ao ano até meados de 2015-não mais até o final de 2014, seu compromisso anterior.
A recompra de hipotecas no mercado secundário tem por objetivo puxar para baixo os juros no crédito hipotecário, reativar os financiamentos e dar melhores condições de consumo para as famílias americanas. O resultado esperado é o crescimento da atividade produtiva e do emprego - hoje estagnados.
O Fed já vinha operando com um balanço inchado em cerca de US$ 2,3 trilhões emitidos por suas impressoras. A nova expansão de moeda(Quantitative Easing 3 ou QE3) não tem limite explícito. O Fed seguirá comprando ativos ao volume de US$ 40 bilhões mensais, mas não prevê o final do processo. É claro que sempre há o risco da disparada dos preços com o efeito do despejo monetário. Mas até agora não há traço de inflação no horizonte. Quanto a isso, o Fed avisa o que já se esperava: vai continuar atento, pronto para intervir ao primeiro sinal de alerta.
As operações anteriores do tipo (QE1 e QE2) geraram protestos da presidente Dilma, que denunciou ao Brasil e ao mundo o tal tsunami monetário. É que certo volume dessas emissões de dólares nos Estados Unidos acaba escorrendo para cá. E mais dólares entrando no câmbio interno tendem a valorizar o real (baixa do dólar em reais). Também desta vez, algum efeito desse tipo parece inevitável.
Como aconteceu com todas as operações similares anteriores, a nova agressividade do Fed não garante por si só os resultados desejados. As famílias americanas estão excessivamente endividadas e apenas mais crédito pode não concorrer decisivamente para empurrá-las aos shopping centers. Além disso, o empresário americano parece ter aprendido a elevar sua produção sem grandes alterações de sua folha de salários.
Mas o mercado financeiro daqui e do exterior comemorou. O Fed fez mais alguma coisa e, por ora, era o que se pretendia ver.
Mantega não chegou, como há alguns meses, a protestar contra mais um acirramento da guerra cambial ou contra o tsunami monetário - tal como denunciado pela presidente Dilma no começo do ano. Mas ele foi logo avisando que o governo fará de tudo para bloquear nova enxurrada de dólares sobre o Brasil.
Ou seja, o governo Dilma identificou nesse novo afrouxamento anunciado pelo Fed, outro perigo de perda de competitividade do setor produtivo brasileiro.
As decisões anunciadas pelo presidente do Fed, Ben Bernanke (foto), estão fora do padrão mas são especialmente poderosas. O Fed gastará US$ 40 bilhões por mês em recompras de ativos lastreados em hipotecas (créditos imobiliários), não mais em títulos do Tesouro; seguirá retirando de circulação US$ 45 bilhões mensais em títulos de curto prazo e relançando títulos de prazo mais longo no lugar (Operação Twist); e avisou que os juros básicos( Fedfunds) continuarão entre zero e 0,25% ao ano até meados de 2015-não mais até o final de 2014, seu compromisso anterior.
A recompra de hipotecas no mercado secundário tem por objetivo puxar para baixo os juros no crédito hipotecário, reativar os financiamentos e dar melhores condições de consumo para as famílias americanas. O resultado esperado é o crescimento da atividade produtiva e do emprego - hoje estagnados.
O Fed já vinha operando com um balanço inchado em cerca de US$ 2,3 trilhões emitidos por suas impressoras. A nova expansão de moeda(Quantitative Easing 3 ou QE3) não tem limite explícito. O Fed seguirá comprando ativos ao volume de US$ 40 bilhões mensais, mas não prevê o final do processo. É claro que sempre há o risco da disparada dos preços com o efeito do despejo monetário. Mas até agora não há traço de inflação no horizonte. Quanto a isso, o Fed avisa o que já se esperava: vai continuar atento, pronto para intervir ao primeiro sinal de alerta.
As operações anteriores do tipo (QE1 e QE2) geraram protestos da presidente Dilma, que denunciou ao Brasil e ao mundo o tal tsunami monetário. É que certo volume dessas emissões de dólares nos Estados Unidos acaba escorrendo para cá. E mais dólares entrando no câmbio interno tendem a valorizar o real (baixa do dólar em reais). Também desta vez, algum efeito desse tipo parece inevitável.
Como aconteceu com todas as operações similares anteriores, a nova agressividade do Fed não garante por si só os resultados desejados. As famílias americanas estão excessivamente endividadas e apenas mais crédito pode não concorrer decisivamente para empurrá-las aos shopping centers. Além disso, o empresário americano parece ter aprendido a elevar sua produção sem grandes alterações de sua folha de salários.
Mas o mercado financeiro daqui e do exterior comemorou. O Fed fez mais alguma coisa e, por ora, era o que se pretendia ver.
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