FOLHA DE SP - 26/09
Empresas de máquinas para grandes obras mantêm equipamento parado
Um grupo de dez companhias que importam equipamentos para grandes obras tem hoje quase 50 máquinas paradas em seus pátios, segundo empresários do setor.
Estão entre as maiores do segmento de içamento e transportes, engenharia de fundações e geotecnia, que atende obras como construção de parques eólicos, refinarias e infraestrutura em geral.
"Essas são empresas que fazem importação definitiva de equipamentos novos. Mas estão sofrendo concorrência predatória de outras que fazem importação temporária, e, por isso, têm tributação muito inferior", afirma José Bastazini, consultor de sindicatos do setor.
A admissão temporária de máquinas que são posteriormente alugadas no país está em conformidade com a legislação, segundo Claudia Maluf, sócia do escritório Demarest e Almeida, que trabalha com a modalidade.
"Quem nacionaliza o bem definitivamente paga integralmente os tributos que incidem sobre a importação, como IPI, PIS, imposto de importação, Cofins e ICMS. Quem deixa aqui por poucos anos paga proporcional."
A importação definitiva pode sair até 110% do valor do bem adquirido, segundo Guilherme Bueno, sócio da Emit e da Eleva Brasil, que já praticou admissão temporária.
"Como a carga é muito alta no país, muitas vezes, o temporário pode solucionar. Grandes empresas que tinham a cultura de comprar, imobilizar e depreciar agora estão sofrendo", diz Bueno.
A Saraiva Equipamentos investiu em 25 máquinas na expectativa de atuar em obras do PAC, mas tem agora 40% delas disponíveis, segundo Ricardo Teixeira, diretor.
"O governo sinalizou que deveríamos nos estruturar para os projetos. Treinamos mão de obra e investimos."
Situação semelhante aconteceu no grupo Tomé, de acordo com o diretor Washington Moura.
CORTE NO TREINAMENTO
Investimentos no treinamento de funcionários devem diminuir nos próximos 18 meses, de acordo com levantamento da EIU (Economist Intelligence Unit).
Entre os CEOs entrevistados, 77% disseram que haverá corte nos gastos. Dos diretores financeiros, 49% afirmaram o mesmo. Apenas executivos de recursos humanos falaram em maiores investimentos em qualificação.
A pesquisa, no entanto, também mostra que 43% dos consultados afirmaram que a empresa onde trabalham não conseguiu, recentemente, atingir metas financeiras porque os trabalhadores não foram bem geridos.
Para 40%, a falta de uma boa coordenação dos trabalhadores por parte da direção reduziu a capacidade de inovação. Pouco mais de 35% não conseguiram iniciar um grande projeto. Foram ouvidos 300 executivos.
Nova direção A Page Personnel, empresa de recrutamento, mudará o comando de algumas de suas unidades. Danilo Castro deixa o escritório de São Paulo, que será dirigido por Roberto Picino, e passa a dedicar-se à unidade do Rio.
Destino: Oriente O Tecon Salvador, empresa do Grupo Wilson Sons, importou 82 mil toneladas de cargas em agosto -incremento de 18% em relação à média dos meses anteriores. O maior volume de compras tem origem na China.
FÁBRICA DE CHOCOLATE
A rede Chocolates Brasil Cacau, que pertence ao grupo CRM, vai fechar 2012 como o ano de maior expansão de suas lojas.
Serão 90 unidades neste ano, 60 delas nos próximos meses. Para 2013 estão previstos mais 150 pontos, segundo Renata Vichi, vice-presidente da empresa.
A maior concentração está em São Paulo e no Rio de Janeiro, de onde vem 70% do faturamento da empresa, de acordo com a executiva.
"Temos alguns quiosques, que estão recebendo interesse de franqueados. Alguns chegam a faturar mais que loja física", diz.
"O que define o faturamento não é o tamanho, mas a localização."
O grupo também é dono da marca Kopenhagen que, para este ano, projetou 20 unidades no país.
CONFIANÇA GERMÂNICA
O índice de confiança alemã apresentou ligeira elevação neste mês, de acordo com a consultoria GfK. O indicador elaborado pela empresa vai de -100 a 100 pontos.
A intenção de realizar compras na Alemanha se manteve em 33,1 pontos.
As expectativas em relação à renda, por sua vez, caíram 7,7 pontos, para 23,9.
Segundo a GfK, a pesquisa mostra que o índice não deve cair ao patamar de 2008 e 2009, quando a perspectiva sobre a economia chegou a -30 pontos.
MODA SERTANEJA
O grupo paranaense Wood's, especializado em casas noturnas sertanejas, anuncia hoje investimentos de R$ 15 milhões na abertura de cinco novas casas -três delas fora do Paraná.
A empresa, que já está em São Paulo e em Balneário Camboriú (SC), abrirá filiais em Belo Horizonte, Campo Grande (MS) e Cuiabá (MT) até o final do ano.
A nova unidade de Curitiba, que está incluída nesse pacote de investimentos, também deverá ser anunciada hoje.
Nenhum comentário:
Postar um comentário