"Se os fatos estão contra mim, pior para os fatos” ironia da espirituosa sa-frade Nelson Rodrigues, dela se apropriou o presidente do PT, Rui Falcão, para contestar, aesta altura, a existência do mensalão, que o Supremo Tribunal Federal conta em capítulos semanais como história real, com começo, meio e fim.
A obstinação em desmentir a realidade para manter de pé o insustentável discurso da moralidade, de cuja prática o partido há muito se apartou, leva Falcão a agir como a personagem Brancaleone, do filme de mesmo nome, que julgara ter cumprido nobre missão ao entregar ao rei, ainda virgem, a jovem Matelda, deflorada na viagem pelo bando sob seu comando, bem debaixo de seu nariz.
O presidente do PT apenas age como a personagem de Vitório Gassmann, que realmente confiara na pureza de Matelda, porque ao contrário daquele, há muito sabe que não carrega um partido virgem, mas já emprenhado pelos vícios do Poder.
Até aqui seria apenas fingir virtude que não tem, mas Falcão reafirmou não haver limites para a negação do crime, exibindo total desprezo pelas instituições, ao incluir a Suprema Corte na ficção do golpe político articulado por uma “elite suja”.
Afora a injúria, que clama por acrescentá-lo como mais um réu, põe o partido na contramão de uma das premissas do day after do julgamento, que é a responsabilização das cúpulas partidárias pelo comportamento de seus filiados e dos danos causados à sociedade.
O presidente do PT, e seu partido, choram como a Matelda arrependida da cruzada medieval, após constatado que ambos vestiam a fantasia da virtude.
“Os atos foram até generosos”
Ministro Joaquim Barbosa, relator do mensalão rebatendo críticas a suposto rigor do tribunal
Empenho minoritário
Inconformado com o congelamento dos trabalhos da CPI do Cachoeira, um grupo de parlamentares decidiu levar, pessoalmente, as provas produzidas pela comissão ao Ministério Público Federal em Goiás, que deflagrou a Operação Monte Carlo. Os senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) vão a Goiânia, pedir aos procuradores que avancem na investigação, das em-presas-fantasmas, que recebiam repasses da empreiteira Delta -uma linha de trabalho que um acor-dão entre PT, PMDB e PSDB inviabiliza.
Desculpa esfarrapada
O presidente da CPI do Cachoeira, senador Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB), defende nova lei geral das comissões de inquérito, para substituir a atual, sexagenária. Quer priorizar provas técnicas em relação às testemunhais, para evitar o que chama de As CPIs do Silêncio”. Com todo o respeito, a que preside não deixou de fazer isso por causa da lei vigente.
Na mira
Aumentou a insegurança do governo em relação ao PDT depois da performance oposicionista do líder na Câmara, André Figueiredo (CE), na última semana, contra a ampliação do Regime Diferenciado de Contratações (RDC) para as obras da rede pública de ensino, e ao liderar movimento para apressar a votação do Plano Nacional de Educação (PNE), que o governo cozinha para evitar a ampliação de 7% para 10% dos recursos do PIB para o setor.
PT light
Se vai mal na Capital, o PT mineiro lidera a disputa em Uberlândia, a segunda maior cidade de Minas, onde o deputado Gilmar Machado tem 53% das intenções de voto. O candidato do PSDB, Luiz Humberto - apoiado por Aécio Neves, tem 19%. O presidente do PSDB mineiro, Marcus Pestana, provoca: “ele é um “PT light” e há 43% de indecisos ainda”.
A obstinação em desmentir a realidade para manter de pé o insustentável discurso da moralidade, de cuja prática o partido há muito se apartou, leva Falcão a agir como a personagem Brancaleone, do filme de mesmo nome, que julgara ter cumprido nobre missão ao entregar ao rei, ainda virgem, a jovem Matelda, deflorada na viagem pelo bando sob seu comando, bem debaixo de seu nariz.
O presidente do PT apenas age como a personagem de Vitório Gassmann, que realmente confiara na pureza de Matelda, porque ao contrário daquele, há muito sabe que não carrega um partido virgem, mas já emprenhado pelos vícios do Poder.
Até aqui seria apenas fingir virtude que não tem, mas Falcão reafirmou não haver limites para a negação do crime, exibindo total desprezo pelas instituições, ao incluir a Suprema Corte na ficção do golpe político articulado por uma “elite suja”.
Afora a injúria, que clama por acrescentá-lo como mais um réu, põe o partido na contramão de uma das premissas do day after do julgamento, que é a responsabilização das cúpulas partidárias pelo comportamento de seus filiados e dos danos causados à sociedade.
O presidente do PT, e seu partido, choram como a Matelda arrependida da cruzada medieval, após constatado que ambos vestiam a fantasia da virtude.
“Os atos foram até generosos”
Ministro Joaquim Barbosa, relator do mensalão rebatendo críticas a suposto rigor do tribunal
Empenho minoritário
Inconformado com o congelamento dos trabalhos da CPI do Cachoeira, um grupo de parlamentares decidiu levar, pessoalmente, as provas produzidas pela comissão ao Ministério Público Federal em Goiás, que deflagrou a Operação Monte Carlo. Os senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) vão a Goiânia, pedir aos procuradores que avancem na investigação, das em-presas-fantasmas, que recebiam repasses da empreiteira Delta -uma linha de trabalho que um acor-dão entre PT, PMDB e PSDB inviabiliza.
Desculpa esfarrapada
O presidente da CPI do Cachoeira, senador Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB), defende nova lei geral das comissões de inquérito, para substituir a atual, sexagenária. Quer priorizar provas técnicas em relação às testemunhais, para evitar o que chama de As CPIs do Silêncio”. Com todo o respeito, a que preside não deixou de fazer isso por causa da lei vigente.
Na mira
Aumentou a insegurança do governo em relação ao PDT depois da performance oposicionista do líder na Câmara, André Figueiredo (CE), na última semana, contra a ampliação do Regime Diferenciado de Contratações (RDC) para as obras da rede pública de ensino, e ao liderar movimento para apressar a votação do Plano Nacional de Educação (PNE), que o governo cozinha para evitar a ampliação de 7% para 10% dos recursos do PIB para o setor.
PT light
Se vai mal na Capital, o PT mineiro lidera a disputa em Uberlândia, a segunda maior cidade de Minas, onde o deputado Gilmar Machado tem 53% das intenções de voto. O candidato do PSDB, Luiz Humberto - apoiado por Aécio Neves, tem 19%. O presidente do PSDB mineiro, Marcus Pestana, provoca: “ele é um “PT light” e há 43% de indecisos ainda”.
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