sábado, setembro 15, 2012

CLAUDIO HUMBERTO

“...e as pessoas reagem de uma forma muitas vezes muito rude” 
Ex-ministra Ana de Hollanda (Cultura), sem confirmar se se referia à presidente Dilma


PMDB-MG APOIA PATRUS SOB GARANTIA

O deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG) já se sente ministro dos Transportes. Este foi o cargo negociado com o governo e o PT, sob inspiração de Lula, em troca do apoio do seu partido a Patrus Ananias para prefeito de Belo Horizonte. Mas faltou combinar com o eleitor: de acordo com a recente pesquisa Datafolha, o atual prefeito Márcio Lacerda (PSB), com 49%, ampliou sua vantagem sobre Ananias (31%).

QUINHÃO

O acordo em troca do ministério fez o PMDB substituir Quintão pelo ex-deputado Aloísio Vasconcelos, como vice de Ananias.

FAZENDO FILA

Como não acredita na vitória de Patrus Ananias, o PMDB-BA espera o segundo turno em Salvador para exigir... o Ministério dos Transportes.

ASSOMBRAÇÃO

PT e PSDB estão com um bode na sala da campanha: quando FHC aparece, José Serra cai; quando Lula entra, as pesquisas despencam.

É A MÃE

Um apagão deixou cinco milhões de cubanos às escuras. Eles confiam que em breve o eterno mandachuva Fidel Castro dê à luz.

GOVERNO PERSEGUE MUSEU

O Museu do Automóvel de Brasília, que encerou e preparou o Rolls-Royce que conduziu a presidente Dilma ao desfile de 7 de Setembro, já na segunda-feira seguinte (10) recebeu notificação para ser lacrado. Trata-se de ação movida pelo Ministério dos Transportes, que deseja instalar no prédio o “arquivo morto” de órgãos extintos em sua área. A ação liquida o museu, que é um dos mais representativos do País.

ACERVO DESABRIGADO

Além de veículos históricos, a biblioteca Museu do Automóvel de Brasília, de 8 mil volumes, é a mais completa da América Latina.

ALÔ, DILMA

Tentamos ouvir o Ministério dos Transportes, ontem, mas a assessoria alegou, pelas 16h, que já não havia ninguém “devido ao horário”.

ÚLTIMA CARTADA

Uma derradeira esperança do Museu do Automóvel é a ministra Marta Suplicy (Cultura), que assumiu prometendo apoiar os museus.

JÁ FOI TARDE

Houve alívio no governo com o pedido de demissão de José Eduardo Castello da presidência da estatal Valec, que constrói ferrovias. Ex- subsecretário de prefeitura na Baixada Fluminense, ele não entendia bulhufas de ferrovias, e era acusado de provocar a paralisia da Valec.

OBITUÁRIO

Faleceu a ex-secretária do deputado João Paulo Cunha (PT-SP). Silvana Japiassu tinha 47 anos e, segundo amigos, sua morte resultou de profunda depressão, que se arrastava desde que envolveram seu nome no mensalão. Foi cremada ontem à noite.

DEU CHABU

Tanto empenho para tentar absolver o advogado Rogério Tolentino tem explicação, segundo ministros que o condenaram no STF: foi ele quem tratou da compra do apartamento para a ex-mulher de José Dirceu. Se ele fosse absolvido, perderia a força da acusação contra o ex-ministro.

DE UMA VEZ SÓ

O deputado Vilson Covatti (PP-RS) articula grupo de parlamentares contrários à realização de eleições a cada dois anos. Para ele, o ideal é que eleições nacional e municipais aconteçam de cinco em cinco anos.

BOLA DIVIDIDA

Aliado do candidato a prefeito de SP José Serra (PSDB), o DEM não decidiu sobre pedir ajuda do tucano Aécio Neves (MG) em campanhas de candidatos do partido. Teme entrar em bola dividida.

JAPONÊS JEJUNO

O que fazia o ex-ministro Nelson Jobim terça à noite hospedado em São Paulo no hotel preferido pela colônia japonesa nas imediações da Avenida Paulista, saindo bem cedo da manhã seguinte? Até o japonês mais jejuno em política apostava na opção: a caminho do Instituto Lula.

PERNAS CURTAS

Esta coluna soube da internação do ex-deputado Roberto Jefferson, quarta (12), com infecção intestinal, dores abdominais e desidratação. A assessoria do hospital Samaritano, do Rio, mentiu e escondeu o fato.

OLHO VIVO

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) cumpre o papel de reguladora: em cinco dias resolveu queixa de leitora do Rio, atazanada por linha cruzada e banda larga de operadora.

EM COPAS

Ignora-se como Lula celebrou o Dia Nacional da Cachaça esta semana, aprovado no Congresso em 2009. Talvez ainda pense que é água. 


PODER SEM PUDOR

BRIZOLA E A COBRA DE AMIN

O conservador Esperidião Amin se aliou a Leonel Brizola em 1986, quando ambos sofriam com o êxito do Plano Cruzado. Ao visitar o governador no Rio, Amin contou uma fábula árabe para explicar como via o quadro:

- O urubu queria se vingar da cobra e contou seu plano à raposa: "Quando a cobra sair do buraco, dou uma bicada em cada olho e ela acaba morrendo". A raposa ponderou que havia risco e sugeriu: "Vá à cidade, roube uma joia da moça mais bonita e uma multidão vai atrás de você. Voe para o buraco da cobra, atire a joia lá dentro e a turba vai matá-la para você".

Brizola fez cara de quem nada entendeu e Amin contou a moral da história:

- Você está mais para cobra, neste momento.

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