“Ele ofereceu uma saída pela porta dos fundos”
Roberto Jefferson (PTB), réu do mensalão, sobre proposta de Chinaglia para blindá-lo
MENSALÃO: STF DEFINE REGRAS PARA O JULGAMENTO
O Supremo Tribunal Federal ainda não divulgou, mas já definiu regras para julgamento do mensalão, como limitar a quatro, por réu, o acesso de pessoas às sessões. Além do próprio acusado, mais três defensores terão assento no plenário e as primeiras fileiras serão reservadas aos advogados que farão sustentação oral. Se o réu faltar ao julgamento, a vaga será distribuída a outras pessoas interessadas em assisti-lo.
SEM EXCEÇÕES
O STF decidiu não abrir exceções: cada réu só será representado por três advogados. Na ausência, a vaga não será de mais um defensor.
VACINA ANTIMANOBRA
A Defensoria Pública está de sobreaviso: advogado que se ausentar para pedir nulidade do julgamento será substituído por defensor dativo.
MEU BRASIL BRASILEIRO
A Organização Internacional do Trabalho destacou redução de 36,5% da pobreza no Brasil. E pensar que inadimplência foi recorde em maio.
QUEM DÁ MAIS
O presidente do DEM, José Agripino (RN), aposta as fichas nos candidatos em Aracaju, Salvador, Macapá, Fortaleza e Recife.
DENÚNCIA DE DURVAL SOBRE DOAÇÕES FOI IGNORADA
Apesar de a Operação Caixa de Pandora ter sido lastreada na delação de Durval Barbosa, operador do esquema de corrupção no DF, revelações dele foram ignoradas, como a doação de R$ 1 milhão de empresas de informática – como a CTIS, uma das maiores do DF – à campanha de José Roberto Arruda, em troca de contratos. A prestação de contas de Arruda registra doação só de R$ 250 mil da CTIS. A polícia suspeita de que o restante teria sido “por fora”, o que caracteriza sonegação fiscal.
DOAÇÕES
Além da CTIS, segundo Durval Barbosa, as empresas Linknet, Poliedro e Politec doaram R$ 1 milhão (cada) à campanha de Arruda em 2006.
O OPERADOR
Articulador de contratos de informática superfaturados, de quase R$ 500 milhões por ano no governo Roriz, Durval distribuía as propinas.
NÃO ACABOU
O dono da CTIS, Avaldir de Oliveira, que ficou calado no depoimento à PF, ainda pode ser incluído no rol de acusados da Pandora.
DESCULPA ESFARRAPADA
O prefeito de Macapá, Roberto Góes (PDT), “declinou” do convite da CBF para chefiar delegação de futebol nas Olimpíadas de Londres após esta coluna revelar o mico. Góes alegou compromissos políticos. A CBF o substituiu por Bonfim Peixoto, da Federação Catarinense.
NA NOSSA CONTA
A Caixa vai emprestar R$ 1 bilhão ao grupo JBS, diz o Wall Street Journal. O BNDES, que emprestou R$ 1,4 bilhão em três anos ao maior frigorífico do mundo, tem 31,4% – ou seja, também somos sócios.
NÃO ABRO MÃO
O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) não abriu mão do recesso para analisar os documentos disponibilizados pela CPMI do Cachoeira.
Ele está em férias nos Estados Unidos e só retorna daqui a sete dias.
BLINDADO
Governador do Rio, Sérgio Cabral não economiza quando o assunto é sua segurança. Ele chamou atenção ao transitar com carro blindado alugado em Brasília, onde participou de reunião na segunda (16), no Planalto. A diária, incluindo motorista, é de, no mínimo, R$ 1,5 mil.
MAIS 300 KG
O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) garante ter mais 300 kg de documentação para levar à CPMI do Cachoeira. “Aqueles 68 kg de papéis foram só a ponta do iceberg. Vai ter muitas novidades”, afirma.
PARTIDA DE XADREZ
A notícia de que Cachoeira tentou se enforcar na cela da Papuda, em Brasília, é mais recado que ameaça de suicídio: farto do advogado estrelado, está difícil segurá-lo, pelo menos na cadeia, por mais tempo.
PERIGO É OUTRO
O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) duvida da possibilidade de Cachoeira tentar
suicídio: “se ele aparecer morto na Papuda, pode-se investigar o homicídio. O que é preciso é dar garantia de vida a ele”.
‘SEU’ ENCRENCA
O presidente cocalero da Bolívia, Evo Morales, adora uma encrenca: após nacionalizar ativos da Petrobras em 2006, vai pedir explicação ao embaixador do Brasil, Marcel Biato, que insiste no salvo-conduto ao senador de oposição Róger Pinto, asilado na embaixada em La Paz.
PERGUNTA NA PF
Alguém sabe o paradeiro de Geovani Pereira da Silva, o contador de Cachoeira, que fugiu da Operação Monte Carlos há cinco meses?
PODER SEM PUDOR
SANTIAGO, O MENDIGO
O célebre Santiago Dantas era candidato ao governo mineiro e, como tal, ganhou a estrada. Segundo a lenda, era uma presepada: no banco da frente do carro, o motorista fardado, usando quepe, e, ao lado, Hugo Coelho, especialista em Minas Gerais. No banco de trás, Santiago vestia sua roupa tipo safári, usando luvas e máscara contra poeira. Quando o carro se aproximava de alguma cidade, Coelho avisava: "Povo à vista!". Ele se livrava da máscara e das luvas, colocava os óculos, abria o sorriso e acenava aos pobres diabos, mendigando votos.
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