quarta-feira, junho 13, 2012

O alívio do tucano - CAROLINA BAHIA

ZERO HORA - 13/06

Marconi Perillo saiu da CPI do Cachoeira melhor do que entrou. Firme na defesa, orador experiente, conduziu sem sobressaltos a apresentação de quase duas horas. Mas o que de fato contribuiu para o desempenho do tucano foram as perguntas fracas, até mal formuladas. Ao contrário do que ameaçava nos bastidores, o PT pegou leve. Por incompetência ou má-fé, o relator Odair Cunha (PT-MG) seguiu um insosso roteiro de questões sem avançar um milímetro nas denúncias já apresentadas na imprensa. Afinal, a venda da casa continua intrincada demais para ser uma simples transação comercial, e as relações pessoais de Perillo com o bicheiro não ficaram esclarecidas. Ao final, parlamentares diziam já sentir um perfume de acordão no ar. Desconfiado, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) deu a dica: 
- Agora, vamos ver como o PSDB vai se comportar diante do petista Agnelo Queiroz. 

Bem arranjados
Aliás, não é a primeira vez que Odair Cunha tem um desempenho pífio na CPI. Quando o bicheiro Carlinhos Cachoeira foi à sessão disposto a não falar, o petista tremia de nervoso. 
- É que ele é tímido - defendia um deputado petista. 

Bodas
À frente das negociações da aliança do petista Adão Villaverde com o PR, o deputado Paulo Ferreira (PT, foto) brinca que na próxima semana um namoro vai virar casamento. Confiante de que o acordo vai se concretizar, ele adianta que os partidos que formam a aliança se reunirão para decidir de quem será a vaga de vice. 

Dança de cadeiras
Depois da Rio+20, o ministério do governo Dilma poderá sofrer mais uma mudança, com a saída da ministra Helena Chagas da Secretaria de Comunicação. A volta de Franklin Martins para o cargo já contaria com um lobista de peso: o ex-presidente Lula. Mas ao que tudo indica, Dilma está mais inclinada para uma solução caseira. 

Ressaca
Deputados da bancada federal do PP avisam que não pretendem seguir a Senadora Ana Amélia Lemos no apoio paralelo a Manuela D"Ávila. 
- O momento agora é outro. Sou um político de partido. O importante é a unidade - alegava um parlamentar. 

PARA CONFERIR ali adiante
Rebelde
Quem resolveu também desafiar a orientação do Planalto foi o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). Em reunião com os líderes dos partidos, ele prometeu priorizar a votação dos royalties do petróleo, assim que o plenário limpar a pauta das medidas provisórias. A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) já avisou, no entanto, que royalties, só depois das eleições. 

Censura prévia
A comissão especial da MP do Código Florestal resolveu marcar para o dia 26 a participação dos ministros envolvidos no tema, quando o deputado Abelardo Lupion (DEM-PR) reclamou: 
- Como vocês querem que o Mendes venha? Ele foi proibido de falar pela presidente Dilma. 
O ministro, no entanto, confirmou presença. É que a lei do silêncio vale só até o final da Rio+20.

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