FOLHA DE SP - 22/06
Indústria aguarda genérico para animais
Ainda inexistente no país, o mercado de remédios genéricos veterinários pode começar a ser criado em breve e a indústria já se movimenta.
Assim como os genéricos para humanos, os remédios para animais de produção ou domésticos passarão, após regulamentação, a ser colocados no mercado com prazo e custo menor depois da expiração de patentes de produtos de referência.
Atualmente, sem a existência do genérico definida por lei, depois que a patente de uma companhia expira, as farmacêuticas concorrentes devem submeter a molécula a um longo processo de registros de testes clínicos para comprovar eficácia e segurança, segundo Henrique Tada, da Alanac, que reúne laboratórios nacionais.
Após a aprovação do genérico, todo o processo poderá ser substituído pelo teste de bioequivalência, uma vez que a molécula inicial já passou por estudos anteriores.
"A expectativa é que ocorra o nascimento da categoria. Mas a lei tem de ser atrativa. Só vingará se empresas acharem interessante", diz Tada.
A legislação que vai liberar o assunto para ser regulamentado no Ministério da Agricultura está para ser votada nas próximas semanas no Congresso.
"Muitos criadores deixam de tratar devido aos custos", diz o autor, o senador Benedito de Lira (PP-AL).
"Há ainda um período de gargalo para que tudo seja acertado", segundo Tada.
A exigência do teste de resíduo, que verifica se foram eliminados todos os restos da substância nos animais que seguirão para o abate, é uma questão em suspense, esperada pela indústria.
"Precisamos garantir que não ficará resíduo. Isso só vai ser definido no momento da regulamentação. Pode ser necessário, além da bioequivalência", afirma Luciana Gomes, fiscal do ministério.
CONGESTIONAMENTO DE HOTÉIS
O alto número de projetos de hotéis apresentados em Belo Horizonte desde 2010, quando a prefeitura flexibilizou as regras de construção no setor, deve levar à desistência de alguns investidores.
Como os empreendimentos devem estar prontos antes da Copa de 2014 para se beneficiarem das novas regras, parte das propostas que ainda não foram aprovadas têm grandes chances de não sair do papel, segundo Marcello Faulhaber, secretário do desenvolvimento da cidade.
"Já licenciamos 45 dos 65 projetos apresentados, o que significará 15 mil novos leitos. Parte dos demais desistirá por falta de tempo ou por reavaliação do mercado, que mudou com o aumento da oferta", diz Faulhaber.
Com a nova legislação, os hotéis construídos na capital mineira até 2014 poderão ser mais altos e ocupar uma parte maior dos terrenos onde estarão localizados.
Após a Copa do Mundo, a Prefeitura de Belo Horizonte espera que o "turismo de eventos" mantenha a taxa de ocupação dos hotéis elevada.
"A cidade já apresenta essa tendência e passará a receber ainda mais congressos e seminários."
COBRE DEFICITÁRIO
A indústria do cobre voltou a registrar deficit na balança comercial durante os quatros primeiros meses de 2012, segundo o Sindicel (Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não Ferrosos do Estado de São Paulo).
As importações superaram as exportações em US$ 137,4 milhões (cerca de R$ 282 milhões) entre janeiro a abril deste ano.
O saldo negativo, porém, é 22,2% inferior ao registrado no mesmo período de 2011.
As exportações apresentaram alta e chegaram a US$ 231,7 milhões. As importações, por sua vez, se mantiveram em ritmo semelhante aos quatro primeiros meses de 2011, com US$ 369,1 milhões.
RETOMADA INTERNACIONAL
Dois anos após ter um de seus piores resultados na história, a empresa de recrutamento Hays começa a se recuperar e deve fechar 2012 com lucro operacional de 125 milhões de libras (cerca de
R$ 400 milhões).
"O lucro ainda será metade do obtido em 2008. Mas esse foi um ano de pico. Não temos como objetivo um resultado semelhante", diz o CEO do grupo, Alistair Cox.
Para Cox, a atual situação é até mais saudável, pois os riscos diminuíram com a queda do volume de crédito oferecido internacionalmente.
A entrada em novos mercados tem ajudado a recuperação da empresa.
Nos últimos quatro anos, a Hays passou a atuar em seis novos países -incluindo Índia e Rússia.
No Brasil, dois novos escritórios foram inaugurados. O país passou a ser o sexto mais importante do grupo e sua receita líquida cresceu 60% no ano passado.
"O Brasil serviu como uma experiência para entrarmos em outros países da América Latina", diz Cox.
A Ásia e a Oceania, porém, são hoje as grande fontes de lucro -68% do total de 2011.
A Inglaterra, país de origem do grupo, e a Irlanda geraram apenas 3,6%.
Chá gelado O Rei do Mate abrirá ao menos 20 unidades até dezembro e já fechou outros oito contratos para o próximo ano. A rede, que possui 320 unidades em 18 Estados no país, focará a expansão em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.
Para as férias Os empresários Eddie e Jules Trump, que investiram US$ 400 milhões em um novo empreendimento residencial de luxo na Flórida (Estados Unidos), esperam vender entre 20% e 25% das unidades no mercado brasileiro.
Do século 19 Após investir cerca de R$ 4 milhões na reforma do Grand Hotel Minas, que funciona desde 1886, a família responsável pelo empreendimento pretende iniciar no segundo semestre de 2013 a construção de uma nova área para 80 quartos.
Passagem rápida O lançamento de um sistema de franquias de hotéis da rede BHG, previsto para o início de 2013, será de categoria supereconômica, segundo o presidente da companhia, Pieter Vader. "Será só para dormir e tomar banho."
Gestão A Fundação Nacional da Qualidade firmou parceria com o Sescoop (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo) para melhorar a competitividade das cooperativas vinculadas à instituição. Um programa de excelência da gestão será implantado nas empresas.
Transporte A Log-In Logística Intermodal movimentou 19 mil TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) em cabotagem no primeiro trimestre deste ano -alta de 20% ante mesmo período de 2011.
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