FOLHA DE SP - 03/06
Holding da JBS compra parte de sócio na Eldorado
A J&F, holding que controla a JBS e que anunciou na sexta-feira sua desistência da compra da construtora Delta, adquiriu a parte do empresário Mário Celso Lopes na Eldorado, empresa de papel e celulose. O negócio foi fechado no dia 15 de maio.
"Mario Celso saiu da sociedade. Compramos a parte dele, de 25%", diz Joesley Batista, presidente da J&F.
"Ele estava minoritário e o histórico dele é investir numa coisa e sair."
Os fundos de pensão Funcef e Petros permanecem na sociedade, segundo Joesley.
Mário Celso confirma a venda, apesar de dizer que "só se vende quando se recebe. E ainda não recebi nada".
Pelo acordo selado entre as partes, conforme forem feitos pagamentos mensais, ações serão transferidas.
"Se eles me derem dez, vou abater mil ações", exemplifica. O empresário diz que um acordo de confidencialidade o impede de informar o valor da transação. Os pagamentos mensais, que começam no próximo dia 15, deverão se estender por dois anos. Mário Celso afirma ainda que sua saída está relacionada a planos da empresa.
"Para abrir capital, ou uma venda, fica mais fácil [com menos sócios]."
A Eldorado já pediu registro de companhia aberta à CVM, o primeiro passo para uma empresa ter suas ações negociadas na BM&FBovespa.
Mário Celso, que se tornou membro do conselho desde a reestruturação ocorrida em novembro, em razão da entrada dos fundos de pensão, diz que tem 16,72% de ações "diretas", além dos 8,28% "que cada um dos quatro sócios possui".
"Combinei tudo com o pai, José [Batista]. Joesley não estava na reunião."
Segundo Joesley, a fábrica de celulose que está sendo construída em Três Lagoas (MS) será inaugurada no dia 13 de dezembro.
Centro de remédio
O grupo Sigla, de distribuição de medicamentos, investirá cerca de R$ 30 milhões para a construção de um centro de distribuição em Contagem (MG).
A unidade, que terá 20 mil metros quadrados de área construída, deve ser inaugurada em setembro para que o grupo comece a operar em Minas Gerais um mês depois.
"Entraremos no Estado primeiramente com a RV Logística, voltada para laboratórios públicos. Em 2013, será a vez da Ímola, que atua com o setor privado", explica o proprietário do grupo, Roberto Vilela.
A partir de julho, a Ímola também iniciará o transporte aéreo de medicamentos para todo o país. "Até o final de 2012, pretendemos faturar R$ 20 milhões com essa iniciativa", afirma Vilela.
Os principais concorrentes do grupo Sigla, que faturou R$ 120 milhões no ano passado, são a Atlas Transporte e a Ativa Logística.
Peixe chileno A ProChile e a indústria de salmão chilena escolheram o Brasil para lançar a marca mundial do produto, na terça. Em 2011, as importações brasileiras do "Salmón de Chile" representaram US$ 282 milhões, valor inferior apenas aos de EUA e Japão.
Móvel novo A Giroflex investirá R$ 8 milhões até o final deste ano para renovar o port-fólio de produtos.
Obra A irlandesa Mantis Cranes fornecerá 11 gruas à construtora Rossi. O preço de cada máquina vai até R$ 300 mil.
Transporte parado
A utilização dos trechos da BR-101 e da BR-116 entre São Paulo e Curitiba supera em 245% a capacidade, segundo estudo elaborado pelas federações industriais dos Estados da região Sul.
A projeção para 2020 é de que a capacidade da BR-116 seja excedida em 470%.
O levantamento faz parte do projeto Sul Competitivo, que mapeia os gargalos de logística da região.
No modal ferroviário, o principal ponto de estrangulamento identificado é o da serra de Paranaguá (PR). O trecho utiliza 90% de sua capacidade na época de safra.
O porto da cidade também enfrenta problemas. A ocupação do berço do terminal de contêineres está em 90%. O tempo de espera para atracação chega a ser de 16 dias.
O gargalo do setor aéreo é mais acentuado em Santa Catarina. "Não temos aeroporto que faça carga internacional", diz Mario Cezar de Aguiar, da Fiesc.
Pequenos na cozinha
A Bunge Brasil abriu em São Paulo um centro de capacitação para clientes do mercado de alimentação.
O espaço, que pode atender cem pessoas por dia, tem 800 m² e quatro cozinhas profissionais para panificação, confeitaria e outros.
A meta é levar os centros a mais oito capitais até 2015. Já há uma unidade no Rio.
"O setor é grande. Só restaurantes e pizzarias são mais de 1,3 milhão", afirma Gilberto Tomazoni, vice-presidente da companhia.
A venda de máquinas de salgados, como coxinha, reflete a alta de pequenos e médios empresários, segundo Gilberto Poleto, da Abimaq. "As classes B e C fazem mais festas, em bufê ou em casa."
"Cerca de 53% dos meus clientes são pequenos fabricantes, salgadeiras e doceiras", diz Poleto, que é também presidente da Bralyx, de máquinas para alimentos.
Mulheres... Em até seis anos, o número de corretores de imóveis será dividido igualmente entre os sexos, segundo o Sistema Cofeci-Creci (conselho do setor). Em 1995, a presença feminina era de 8,3%. Em 2011 passou para 33%.
...em ação Até o momento, todas as regiões brasileiras ainda refletem a maioria masculina. Somente Norte e Nordeste apresentam participação feminina acima do percentual nacional, com cerca de 40% do total da categoria.
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