terça-feira, junho 19, 2012

CLAUDIO HUMBERTO

“As marcas da tortura sou eu. Fazem parte de mim”
Presidente Dilma, sobre as torturas que sofreu nos porões do regime militar

DILMA VETOU 21 COMERCIAIS DA RIO+20

O estilo centralizador da presidente Dilma está afetando sua política de comunicação. Ela nada entende de propaganda, mas comerciais do seu governo, para qualquer tipo de veículo, só podem ser publicados ou divulgados após sua aprovação pessoal. Ela dá palpites, refaz textos, títulos, altera imagens, muda atores e atrizes. Por isso vetou 21 campanhas criadas pelas agências oficiais sobre a Rio+20, atrasando a difusão da conferência da ONU.

NO LIXO

Com agenda apertada, própria do cargo, Dilma não tem tempo de examinar comerciais. Por isso, campanhas importantes são canceladas.

CANSEI

O estilo centralizador e áspero de Dilma está na origem do pedido de demissão de Yole Mendonça da Secom, na presidência da República.

DE QUALQUER JEITO

Ex-diretor do DNIT, Luiz Antonio Pagot, garantiu a integrantes da CPI de Cachoeira que passa a semana em Brasília disposto a contar tudo.

AVISO PRÉVIO

Até parece que o PSB é o dono da caneta: negou que o filiado Luiz Otávio Neves, secretário de Turismo do DF, vá ser demitido. Mas será.

GOVERNO PRIORIZA ALMOÇO COM HOLLANDE, NO RIO

Dilma mudou a programação da abertura da cúpula de chefes de Estado na Rio+20, que aconteceria na manhã desta quarta-feira. Após participar de reunião do G-20 no México, a presidente irá direto para o hotel, na Barra, onde almoçará com o novo presidente da França, o socialista François Hollande. Só então Dilma seguirá para a cerimônia no Riocentro, por volta das 14h.

DIPLOMACIA

Em maio, Dilma telefonou ao presidente François Hollande para parabenizar por sua vitória e convidá-lo a participar da Rio+20.

JÁ GANHOU

A PM do Rio terá 2 mil espingardas .12, Benelli, modelo M3TS90, da representante no Brasil. O resultado da licitação sai em novembro.

MANCHA VERDE

Amanhã tem protesto de um bando de ignorantes, na Embaixada do Brasil em Berlim, contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte.

AS ‘QUENTINHAS’ DE MALUF

Preso em 2005 por suposto crime financeiro, Paulo Maluf reclamou na Band das “quentinhas” da PF, “que não daria nem a um cachorro”. Em 2003, retirou processo no STF contra o candidato Lula, para quem “Maluf deveria ser condenado à prisão perpétua”.

ALMA PENADA

É arriscado levar Paulo Maluf a tiracolo. Sairá em breve a decisão da Justiça de Jersey (Grã Bretanha) sobre a acusação de lavagem de dinheiro que pesa contra ele.

ALTO ESCALÃO

O Congresso lançará hoje a Frente Parlamentar para o Fortalecimento da Gestão Pública. Presidida por Luiz Pitiman (PMDB-DF), a frente terá como vice Aécio Neves (PSDB-MG), Ricardo Berzoini (PT-SP), Kátia Abreu (PSD-TO), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Hugo Leal (PSD-RJ).

MAIS UM

Passeata em Paris, sábado, cobrou da polícia o esclarecimento da tortura e assassinato do francês Fernand Mathieu, 69, e dos cachorros dele, perto de casa, em Salvador, há dois meses. A imprensa francesa suspeita de vingança da mulher brasileira.

DEFESA IGNORADA

O próprio relator Humberto Costa (PT-PE) pode ter oferecido o pretexto para o Supremo Tribunal Federal postergar a votação do caso: “Estou satisfeito”, disse, antes de conhecer a defesa de Demóstenes Torres.

DIREITO NATURAL

O advogado de Demóstenes Torres, Antonio Carlos de Almeida Castro, citou ontem o Padre Antonio Vieira: “É direito natural que ninguém possa ser julgado sem lhe dar a defesa e o tempo necessário para ela.”

SINALIZAÇÃO

Para o senador Humberto Costa, o quórum de ontem no Conselho de Ética sinalizou o desejo de definir a cassação de Demóstenes antes do recesso parlamentar, que começa em 17 de julho.

SANCIONOU, DANÇOU

O som alto no aniversário do Varjão (DF) deixou centenas de pessoas acordadas no Lago Norte, na madrugada de domingo. A PM explicava que nada podia fazer porque a festa era “sancionada pelo governo”.

SAIA DE CASA SEM ELE

Campanha eleitoral do PT em São Paulo: R$ 30 milhões. Tempo extra do petista Haddad na TV: 1m35s. Ver Maluf com Lula: não tem preço.


PODER SEM PUDOR

UMA LIÇÃO DE PAZ

O episódio está no livro que a deputada Juliana Brizola (PDT-RS) escreve sobre o avô: durante a “guerra” no início dos anos 1990 entre Leonel Brizola e a Rede Globo, ela estudava na mesma sala do neto do empresário Roberto Marinho, Paulo, numa escola da Zona Sul do Rio de Janeiro. Colocados no mesmo grupo numa feira de ciências, a dupla saiu-se mal. Mas para não frustrar o esforço dos dois, o professor se saiu com esta:

– Não ficou muito bom, mas só por ver um Brizola e um Marinho trabalhando juntos, a nota de vocês é dez.

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