O GLOBO - 11/03/12
Os ministros e secretários-executivos das pastas que têm orçamento para execução de obras e programas estão sendo chamados ao gabinete da ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais). Eles estão sendo advertidos que não serão mais toleradas decisões de liberação e empenho de recursos que não atendam aos acordos políticos firmados pela presidente Dilma com os partidos aliados e, até mesmo, com os partidos de oposição.
O relato da desobediência
No final do mês passado, a ministra Ideli Salvatti entrou no gabinete da presidente Dilma com uma listagem das emendas parlamentares empenhadas no final do ano. Numa mão ela tinha a lista política do Planalto, que previa até mesmo a liberação de 40% das emendas da oposição. Na outra, a lista do que os ministros fizeram. Os dados mostravam que apenas 60% das emendas dos aliados, avalizadas pelo Planalto, foram atendidas. Consta que a presidente Dilma reagiu com energia, na linha: Isso não pode acontecer. O que foi acertado tem que ser cumprido. Chame um a um aqui e diga que eles terão que fazer o determinado.
"O pior dos mundos é o radicalismo. O melhor é o do diálogo e o das concessões de parte a parte”
— Henrique Alves, líder do PMDB (ES) na Câmara, sobre a ameaça do governo de não votar o Código Florestal
FOGO CRUZADO. A ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente), na foto, vive situação delicada na negociação do Código Florestal. Na Câmara, os ruralistas não aceitam o texto do Senado, defendido por ela e pelo governo. Acontece que Izabella também é contestada na ala dos ambientalistas mais radicais, liderada pela ex-ministra Marina Silva. Esses verdes não consideram satisfatória nem mesmo a proposta aprovada pelos senadores.
Primeiros da lista
A presidente Dilma fará esta semana sua primeira reunião com líderes de partidos aliados. Serão chamados para aparar arestas os líderes do principal aliado, o PMDB: o senador Renan Calheiros (AL) e o deputado Henrique Alves (RN)
É diferente?
Os deputados do PMDB fazem força para se diferenciar dos senadores do partido. Um deles argumenta: os deputados lançaram um documento construtivo de alerta ao governo e os senadores derrotaram o Planalto na votação da ANTT.
Os verdes sem Marina
O PV tem conversado com o PSDB em São Paulo e sugeriu o nome do secretário municipal de Meio Ambiente, Eduardo Jorge, para vice de José Serra na disputa pela prefeitura. Mas os verdes avaliam ainda a conveniência de apoiar Fernando Haddad (PT), com o intuito de se aproximar do governo federal. Desde que a ex-senador Marina Silva saiu do PV, o partido deixou a oposição e adotou uma postura "independente".
Sinal vermelho
A Associação Brasileira de Resorts apresentou ao ministro Gastão Vieira (Turismo) relatório mostrando que está com taxa de ocupação estagnada em 50% há quatro anos. Quer revisão da carga tributária e da legislação trabalhista.
Na balança
O ministro está discutindo com a equipe econômica do governo a redução da carga tributária para o turismo. Itens como alimentos e bebidas custam mais para os resorts brasileiros em relação a outros países, como o México.
OS DEPUTADOS tucanos Otávio Leite (RJ) e Wanderley Macris (SP) batem à porta do vice da CNBB, Dom Raymundo Damasceno. Querem que a entidade entre na batalha para proibir a venda de bebidas alcóolicas nos estádios da Copa de 14.
COM A VOLTA do ex-ministro Afonso Florence para a Câmara, o deputado Sérgio Carneiro (PT-BA), que é suplente, vai para casa antes de apresentar seu relatório sobre a revisão do Código de Processo Civil.
O EX-MINISTRO Waldir Pires (PT) vai disputar uma vaga de vereador em Salvador nas eleições. Ele deixou o Ministério da Defesa em meio ao caos aéreo.
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