Devemos nos agregar por quem tem real chance de vitória: Serra; é preciso que o eleitor se sinta escolhendo entre os melhores, em vez de nomes de ocasiãoA polarização que se evidencia na disputa pela prefeitura de São Paulo entre o PSDB e as forças alinhadas com o governo federal conferiu relevo e visibilidade ao processo de escolha do candidato tucano.
A fórmula de prévias escolhida pelo PSDB coloca, diante do partido, uma rara oportunidade de revitalização e engajamento da militância.
Tudo isso tem impacto no cenário político nacional, dada a condição privilegiada da capital paulista -cujo PIB é superior ao de muitos Estados brasileiros, influente no cenário global e com desafios igualmente vultosos, que afetam mais de 11 milhões de pessoas.
Pela tendência atual da grande maioria das lideranças da legenda, são grandes as chances de ser referendado o nome do ex-prefeito e do ex-governador José Serra.
Respeitando o histórico dos demais pré-candidatos, será esse o resultado que representará o fortalecimento do projeto nacional e de longo prazo do PSDB. Foi com esse entendimento que a bancada de deputados federais tucanos realizou, na semana retrasada, um manifesto ao partido pela unidade em torno de José Serra.
Esse grupo defende, como ponto central da discussão do partido, uma das pedras basilares da política: a ideia de que a agregação de forças se dá em torno de quem detém o poder ou de quem tem a expectativa do poder.
Nesse último caso reside todo o potencial da candidatura José Serra, não apenas para aglutinar a militância vislumbrando reais chances de vitória, mas também quanto à atração de outras legendas que já conhecem e chancelam o perfil de Serra como líder e como administrador. Trata-se de um nome que une.
Mas a candidatura de Serra representa um diferencial desde os aspectos mais prosaicos, como a constatação de que é a única candidatura natural nas eleições paulistas.
Trata-se de um diferencial do PSDB em um cenário político no qual se critica justamente a escassez de perfis e históricos de envergadura nas eleições, de forma que o eleitorado se sinta em uma efetiva escolha entre os melhores nomes, em vez de nomes de ocasião.
Embora o conceito de prévias implique concorrência interna, o PSDB pode e deve transformar o evento -que acontecerá no próximo dia 25- em uma demonstração nacional de força, unidade e senso estratégico.
Nada poderia significar maior revigoramento da militância do que defender um candidato com altíssimos níveis de "recall" e de aprovação, associado a valores como densidade de formulação política e propostas efetivas para a capital de São Paulo.
Em caso de vitória no pleito, Serra irá ratificar e legitimar o jeito tucano de governar naquele que provavelmente é o público mais crítico do país, o eleitorado paulistano.
Neste momento, todas as nossas maiores lideranças estão caminhando no sentido de respaldar a candidatura de José Serra. Este é o caminho para o fortalecimento do PSDB e, em última instância, da democracia brasileira.
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