“Estou concorrendo para ganhar”
Gabriel Chalita (PMDB), candidato a prefeito de São Paulo, negando papel de figurante
Partidos aliados ameaçam até devolver cargos
Os partidos aliados resolveram se unir contra o avanço do PT no aparelhamento do governo Dilma Rousseff, segundo acordo fechado informalmente pelos respectivos líderes de bancada, no Senado e na Câmara. Também combinaram devolver, em bloco, os cargos que lhes restam no governo, caso a situação não se altere em curtíssimo prazo. A rejeição ao diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) “foi apenas um aviso”, adverte um deputado do PMDB.
Ânimos acirrados
Na derrubada do diretor-geral da ANTT, senadores da base celebraram o feito, como Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Ele tremia de raiva.
Partidos da boquinha
O PT superou há muito tempo a ganância do PMDB por espaço no governo. Apresenta candidatos a qualquer vacância de cargo.
Caso único
Ao contrário de todos os outros, Marcelo Crivella (Pesca) foi o primeiro ministro de outro partido assumindo um cargo que era de um petista.
Mamãe eu quero
A insatisfação do PMDB, traduzida no manifesto “Mamãe eu quero”, acabou aglutinando toda a base aliada.
PT agora ambiciona o cargo de líder do governo
O PT se mobiliza para tentar derrubar o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), um dos cargos que o partido mais ambiciona. Os petistas tentam convencer a presidente Dilma de que a bancada do PMDB está “fora de controle” e que Jucá não teria condições de continuar conduzindo os interesses do governo. E culpam Jucá pela rejeição de Bernardo Figueiredo para o cargo de diretor-geral da ANTT.
Enigma
O senador Lindberg Faria (PT-RJ) ataca a atuação de Romero Jucá. Neófito, não entende por que todos o querem como líder do governo.
Passado tucano
Outro argumento petista é o histórico do líder: Romero Jucá já foi do PSDB e chegou a ocupar a vice-liderança do ex-presidente FHC.
Nó em pingo d’água
Político profissional, Romero Jucá aprecia vitórias apertadas no plenário, por dois ou três votos. Dá a impressão de que o mérito é dele.
Salvador da pátria
Petistas estão aliviados: convidado, o criminalista e ex-ministro Márcio Thomaz Bastos ainda reluta em assumir a defesa de Carlos Cachoeira, empresário de jogatina. Ele pode alegar dez milhões de motivos para recusar, mas terá outros dezoito milhões de argumentos para aceitar.
Passos na ANTT
Quem disse que Dilma não joga xadrez político? Ela pode fazer uma limonada da derrota no Senado, indicando o ministro dos Transportes, seu amigo Paulo Passos, para a diretoria-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Com isso, liquidaria a crise com o PR.
Torre de Babel
A prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, e o governador do Ceará, Cid Gomes, consideram a cada dia mais distante uma aliança PT-PSB para as eleições a prefeito de Fortaleza. Eles não se entendem.
Refresco sírio
A agência oficial de notícias síria Sana elogiou a insistência do Brasil no “diálogo”, destacando o papel da deputada Manuela d’Ávila (PCdoB-RS) na Câmara. A lindinha só vê o que quer: ela não culpa o tirano Bashar Al-Assad pela matança, e sim “forças externas” e “terrorismo”.
Seguro pirata na TV
A Superintendência de Seguros Privados investiga uma empresa que oferece Mega Proteção Veicular em canais a cabo esportivos da Globo, que foi informada da ilegalidade. Seria apenas uma “associação sem fins lucrativos”, com site e telefone.
Esforço circense
Na posse de Sérgio Gabrielli em seu secretariado, ontem, o governador da Bahia, Jacques Wagner, exibiu talento artístico para não desagradar os pré-candidatos à sua sucessão, jurando não ter favoritos. Mas tem.
Pinta de candidato
A facção petista majoritária Construindo um Novo Brasil, liderada por Lula e da qual fazem parte Wagner e José Dirceu (que foi à festa), já definiu: Sérgio Gabrielli será o candidato do PT ao governo da Bahia.
Também quero
Querem disputar o governo da Bahia, com aval de Wagner, o chefe da Casa Civil, Rui Costa, os prefeitos Luiz Caetano (Camaçari) e Moema Gramacho (Lauro de Freitas) e a senadora Lídice da Mata (PCdoB-BA).
Pergunta na arquibancada
Se em vez de “chute no traseiro”, o chefão francês da Fifa tivesse dito vada a bordo, cazzo, a reação do Brasil seria a mesma?
PODER SEM PUDOR
Rara sinceridade
Adhemar de Barros era governador de São Paulo e foi obrigado – por razões protocolares – a receber o então presidente do Senegal, Leopold Senghor, que visitava a cidade. Ele teve de acompanhar o dirigente africano em passeios intermináveis. No dia seguinte, ao chegar no aeroporto para a despedida, o governador disse a jornalistas, com estonteante sinceridade:
– Não sei o que ele veio fazer aqui. Comprar o quê? Assinar o quê? Nem sei onde fica o Senegal – disse, exagerando.
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